Voltamos a Santiago após dois anos. Outro bairro. Lugares novos e outros já conhecidos.
Estava com uma preguiça imensa de andar com a máquina fotográfica, por isso, tirei fotos apenas de nosso corrido tour por Viña del Mar e Valparaíso. Faltou ver o Pacífico da última vez, fizemos isso agora. Viña tem um quê de Punta del Este; Valparaíso, um quê de Ouro Preto com suas ladeiras, casas e casarões coloridos.
Santiago. Gosto de Santiago apesar de achar a cidade movimentada e barulhenta. Cidade de casais de namorados sentados sobre a grama nas praças e na margem do rio. Como em Buenos Aires, os carros esperam os pedestres atravessarem a rua, isso não devia me impressionar, mas sempre me impressiona. E há bicicletas e gente saudável. E cães, muitos. Lindos e fofos. Um pouco de todo mundo como os gatos da Itália. Se fotografasse todos os que vi, daria um livro.
Buenos Aires é uma senhora que procura manter sua dignidade apesar dos tempos bicudos. Montevideo, um senhor simpático que gosta de passear com seu cão. Santiago é uma jovem boêmia (com uma preferência por tons de cinza).
Estávamos no metrô quando, de repente, um bando de jovens, cada um carregando um instrumento musical, se reuniu no centro do vagão e tocou jazz. Tocavam bem e foi algo bonito.
Vamos ao cinema apenas quando viajamos. A última vez foi em Buenos Aires, há três ou quatro anos atrás, quando vimos Meia-Noite em Paris do Woody Allen. Tentamos assistir a Guardiões da Galáxia em Montevideo, mas não conseguimos. Na primeira tentativa, os ingressos estavam esgotados; na segunda, não havia sessão naquele dia da semana. Em Santiago, vimos Interstelar e Jogos Vorazes (Juegos del Hambre - Sinsajo, em espanhol). Não gostei de nenhum dos dois. Interstelar me pareceu um dramalhão sci-fi e meus personagens preferidos são os dois robôs e a menina, nessa ordem. Ao menos o primeiro Jogos Vorazes tinha alguma ação. Cansei de ver a Jennifer Lawrence chorar desta vez.
O preço dos livros poderia ser melhor no Chile. Eles são bem mais caros do que aqui. Pena. Há autores chilenos muito bons. Não sei explicar, mas tenho essa impressão de que os escritores dos países de língua espanhola são sempre profundos.
Também experimentei o mote con huesillo, a sobremesa/bebida feita com trigo cozido e calda de pêssego desidratado. E gostei. E comprei cerejas a R$ 15,00 o quilo na rua. E caixinhas de framboesas e blueberries. E achei o iogurte delicioso, mesmo o mais vagabundo. E andei, andei e andei. Quase sempre pelas mesmas ruas, é verdade, para me saturar mesmo. Foi bom.
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As alpacas da vinícola Emiliana |
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O "mato" chileno é muito bonito |
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Relógio de flores em Viña. Impressionante como todos tiram selfies aqui |
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A disputada foto na frente do moai (original trazido da Ilha de Páscoa) na frente do museu Fonck em Viña del Mar |
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Apartamentos em degrau em Viña |
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Vista da casa do Neruda em Valparaíso, não entrei (e confesso que Neruda não é um de meus favoritos) |
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A casa de cinco andares de Neruda, a Sebastiana |
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Valparaíso é colorida |
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Há desenhos em todos os lugares |
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O funicular (o estado de conservação deixa a desejar) |
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Valparaíso também "roubou" o mar, no passado, a água chegava até a metade da Praça Sotomayor |
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Antigo e novo, edifício Grace |
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Pobre Arturo Prat, virou poleiro de gaivotas |
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