16.9.06

Fortaleza 2 - O hotel

Av. Beira Mar de frente para hotel


Idem


Ficamos hospedados em um hotel chamado Olympo, na praia do Meireles, a localização é ótima, pois fica na praia logo na frente da Av. Beira Mar, onde há um calçadão que vive cheio de gente fazendo caminhadas e correndo de um lado para o outro. A opção não foi nossa, como há um convênio entre o hotel e a universidade, não tivemos opção. O primeiro quarto em que entramos, ficava no terceiro andar voltado para um outro prédio e para o exaustor da cozinha e, além do barulho, havia o cheiro de comida sendo feita (peixe frito naquele momento). Pedimos para mudar e fomos encaminhados para um quarto no primeiro andar, ele parecia não ter sido reformado como o anterior, mas ficava voltado para o mar e não havia (tanto) barulho, não gostei do guarda-roupas, parecia que alguém havia deixado roupas molhadas na prateleira superior e o cobertor que estava por lá cheirava à coisa molhada que não havia secado direito, apesar disso, não pedimos para mudar de quarto, sabe-se lá onde iríamos parar. Acho que não recomendaria o hotel para ninguém, talvez haja quartos melhores, mas tenho minhas dúvidas. No último dia, eu saí cedo para assistir à uma conferência e quando voltei pouco antes do almoço, havia uma bandeja com meio hambúrguer e algumas fritas em uma bandeja no chão do corredor, alguém devia ter pedido o prato para o serviço de quarto e deixado do lado de fora para ser retirado depois, vocês acreditam que ele continuava por lá até às 17:00hs? Já havia uma mosca rondando, foi quando O foi avisar a recepção que logo algumas baratas iam passar e levar tudo. A internet lá era um roubo: R$ 5,00/15min, andando 5 min havia um internet café que cobrava R$6,00/hora, vi por menores preços perto da universidade, mas aí ficava fora de mão. O uso do cofre também era cobrado, ele ainda funcionava com o uso do "trancão" e não de modo automático, eu tinha que andar com a chave de um lado para o outro e se a perdesse ainda pagaria R$100,00. Pouco prático.

Recebemos "vales" da universidade para comermos no hotel, mas só o usamos no primeiro dia, assim que chegamos, sem almoço e cansados. O pediu um prato de peixe ao molho de manga com arroz e batatas no menu à la carte. Não minto se disser que o peixe não tinha gosto nenhum! Estava lamentável, decidimos não voltar mais lá, pois, se o menu à la carte era assim, imaginamos que o bufê do almoço e do jantar não deveria ser melhor. Devolvemos os "vales" e ficamos comendo aqui e ali. Acho que foi a melhor coisa que fizemos. Um outro dia, quando voltávamos do nosso almoço, encontramos outros professores comendo no restaurante do hotel e o prato de penne que dois deles pediram parecia o macarrão que serviam na merenda escolar da minha época de primário, uma massa corada com extrato de tomate, não havia molho em lugar algum. Um professor português que tinha se aposentado em Portugal e estava dando aulas como convidado em uma universidade da Paraíba olhava para aquilo e dizia, com aquele sotaque maravilhoso, "vocês não vão conseguir chegar à metade do prato! Está horroroso!" e, olhando para seu próprio prato de salmão com batatas e arroz, dizia resignado "Está horrível, no primeiro dia ainda estava bom, mas hoje, está horrível!" (Ele falava sério, não gostaria de convidá-lo para uma refeição, pois ele dizia exatamente o que pensava, sem dó nem piedade! rs) Quando fomos comer em outro restaurante, ele pediu um prato de bacalhau a Gomes de Sá e disse que devolveria o prato se não estivesse bom. Acho que nós ainda nos sentimos meio constrangidos em agir dessa forma, mas ele está certo, não está? Se pagamos, se nos garantiram que o que pedimos vai estar ótimo e se o prato nos desaponta, temos que reclamar! Felizmente o bacalhau estava bom e não precisamos ver o simpático garçom levar o bacalhau de volta. 
O café da manhã do hotel, entretanto, era muito bom. Havia uma mulher preparando tapiocas na hora e cada um podia escolher o recheio: queijo, presunto, manteiga, leite condensado... Havia bolos de batata-doce (não gostei), milho, fofo e macaxeira, e ainda pão de queijo e arroz doce. Encontrei até um sapoti entre as frutas e tratei de experimentá-lo. Ele lembra um kiwi sem os pelinhos e mais arredondado na forma, por dentro, ele é meio marrom-alaranjado com sementes achatadas, compridas e pretas. Sua consistência lembra um pouco a do caqui maduro um pouco mais granulosa. Seu sabor é suave, mas não consegui lembrar de nada com que pudesse compará-lo.
Minha opinião: acho que há hotéis mais interessantes nos arredores.

*Escrevo mais sobre Fortaleza também no blog coletivo Nos quatro cantos do mundo.

7 comentários:

  1. Nossa, que saudade de sapoti.Cresci comendo isto no Pará. Tapioca ..cara da minha mãe.Que pena isto da comida,não?!? Fico realmente decepcionada.Imagino mesmo a frustraçãp do professor português. Em Portugal se come tão bem.

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  2. É uma pena que vocês tiveram estes probleminhas com comida de hotel. Mas creio que mesmo em hotéis melhorzinhos tanto almoço quanto jantar, eles não capricham mesmo, pois a maioria passa o dia fora, passeando aqui e ali e acaba comendo em outros restaurantes. Ainda bem que vocês resolveram comer em outros lugares. Fico com pena dos professores que não tiveram ou não puderam ter essa opção. Tapioca é tão gostoso e feito na hora, então... hummmm! Nunca comi sapoti, na aparência lembra um ameixa. Estou na hora do café da manhã e já me deu água na boca! rsss Tenha um ótimo domingo!

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  3. Que bom que está de volta. Quanto a comida que pena o ocorrido. Tapioca é tudo de bom. E a vista é linda de viver!

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  4. Valentina, eu também o entendo. Foi uma pena mesmo.

    Akemi, nós tínhamos muito tempo para sair, a universidade ficava um pouco afastada e e não dava para escolher muito onde comer. Em outra situação, acho que teríamos aproveitado mais. Concordo com você sobre as refeições dos hotéis.

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  5. Comida de hotel é sempre uma grande incógnita.E isso de cobrar para usar o cofre eu acho um absurdo. Normalmente, as diárias já são uma pequena fortuna.

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  6. Renata, comida de hotel é sempre uma surpresa...

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  7. O local perece realmente encantador... :-)

    Bem vinda de volta!

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