Outra vez foi o Milan Kundera quem me conduziu até um autor, agora, Hermann Broch, filho de judeus austríacos que foi educado para administrar a indústria têxtil da família, mas que no final deixou tudo para estudar filosofia e matemática e viver como escritor, e um grande escritor, diga-se de passagem. Comecei pelo seu livro mais fino (não que esse fosse o critério para a escolha) para ter uma idéia de seu estilo. Também tenho a versão em alemão que peguei no ano passado quando a escola doou alguns livros. A idéia era ler o original e comparar com a versão em inglês, mas a história estava tão interessante e o método era tão lento que acabei desistindo e lendo em alemão mesmo.
Como o autor explica, o livro foi baseado em alguns contos que ele havia escrito e aos quais foram juntados outros para criar uma única história. Ela narra o encontro e o relacionamento de algumas pessoas na Europa antes da segunda Guerra. Segundo Hermann Broch, sua intenção era mostrar como a indiferença de personagens como Andréas, seu protagonista, foi um dos fatores que agravou a situação da Alemanha. Os “inocentes” do título são aqueles que se negaram a assumir a culpa pela deterioração dos valores na Europa e limitaram-se a viver de forma indolente na esfera de seu universo particular. Entretanto, todos os personagens - a velha baronesa, sua filha, Zerline, a empregada e o próprio Andréas - pagam preços altos por sua indiferença, todos vivem, ironicamente, carregando o fardo de suas ações.
Como o autor explica, o livro foi baseado em alguns contos que ele havia escrito e aos quais foram juntados outros para criar uma única história. Ela narra o encontro e o relacionamento de algumas pessoas na Europa antes da segunda Guerra. Segundo Hermann Broch, sua intenção era mostrar como a indiferença de personagens como Andréas, seu protagonista, foi um dos fatores que agravou a situação da Alemanha. Os “inocentes” do título são aqueles que se negaram a assumir a culpa pela deterioração dos valores na Europa e limitaram-se a viver de forma indolente na esfera de seu universo particular. Entretanto, todos os personagens - a velha baronesa, sua filha, Zerline, a empregada e o próprio Andréas - pagam preços altos por sua indiferença, todos vivem, ironicamente, carregando o fardo de suas ações.
Este é um trecho da confissão de culpa feita por Andréas quase no final do livro:
“Indiferente ao sofrimento alheio, indiferente ao nosso destino, indiferente ao Eu no homem, à sua alma. Conseqüentemente, torna-se uma questão de indiferença quem é arrastado para o local de execução primeiro. Você hoje, eu amanhã.”
Terrível, não?
lembro mesmo de ter lido maravilhas desse autor em um livro do Kundera. está na minha lista de leituras para este ano.
ResponderExcluirabs.
Olá Karen,
ResponderExcluirEste Natal li um livro que também fala desse tema (no meio de outros, claro está). Chama-se "A Sétima Porta", de Richard Zimmler. É um escritor americano que vive no Porto. Escreve em inglês, mas a tradução para português é excelente (imagino que deve ser porque ele trabalha directamente com a tradutora). Não sei se já foi ou vai ser editado no Brasil, mas nas livrarias online portuguesas pode ser encontrado. Recomendo muito!
Beijinhos!
Karen, passei aqui só para te dizer que estou completamente fascinada pelo Kafka à beira-mar. Beijos, Lara
ResponderExcluirDaniel, ele é mesmo um grande autor, terminei "Os sonâmbulos" do Broch e recomendo!
ResponderExcluirBilly, não conheço o Richard Zimmler, obrigada pela dica!
Lara, é fascinante, não é mesmo? Senti um vazio quando quando terminei o livro, como se tivesse me despedido de uma amigo...
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