Retorno depois de uma blitztrip.
Foi minha primeira vez em Buenos Aires. O. já conhecia a cidade. Fizemos tudo por conta e apesar de alguns contratempos com a Tam, deu tudo certo. Compramos as passagens com uns três meses de antecedência e a ideia era ir e voltar por Viracopos. Devia ser um voo com conexão em Porto Alegre. Um mês antes da viagem, fui checar se estava tudo certo com as passagens pela internet e vi que o aeroporto de chegada passou do aeroporto internacional de Ezeiza para o Aeroparque de BsAs. Fiquei até contente porque ele fica mais próximo da cidade e pagaríamos menos pelo táxi até o hotel. Confirmei a alteração e, alguns dias depois, outra mudança. A volta também seria pelo Aeroparque. Confirmei e relaxei.
Na semana do embarque, entrei novamente no site e havia uma nova alteração que impossibilitava que fizéssemos a conexão em Porto Alegre no retorno, pegamos justamente a semana da passagem para o horário de verão e tudo mudou. Acabamos trocando as passagens e indo por Guarulhos, chegando e voltando por Ezeiza, cancelamos o estacionamento que havíamos reservado e encontramos um hotel que oferecia traslado para o aeroporto e estacionamento em Guarulhos. Um hotel bem terrivelzinho na beira da Dutra, mas o que interessava era mesmo o serviço que ele oferecia, o carro ficava no estacionamento e podíamos levar as chaves. Vários hotéis da área oferecem um serviço similar. O que me deixou doida nesse episódio todo foi o fato da Tam não avisar sobre nenhuma dessas alterações. No final, tivemos que ir até a loja de Viracopos para validar a mudança de itinerário porque isso não podia ser feito pelo telefone.
O voo foi tranquilo, chegamos um pouco atrasados, mas meu nome estava no balcão do Táxi Ezeiza, que tinha reservado pela internet, troquei alguns reais no Banco de La Nación (R$ 1,00 = $ 2,34 ) , paguei o o táxi e fomos para o hotel. Foram cerca de quarenta minutos do aeroporto de Ezeiza até a Recoleta. Apesar de termos levado um susto quando o comandante do voo anunciou que a temperatura em BsAs era de 10 C, apenas o vento estava meio frio. Fez foi muito frio à noite, felizmente, foi esquentando durante a semana. Céu azul todos os dias.
Do pouco que vi, posso dizer que Bs.As. é uma cidade interessante, cada bairro tem uma personalidade própria. Há algumas observações inevitáveis, muitas pessoas vivendo nas ruas e dormindo na frente dos prédios, por exemplo. Pegamos uma greve dos lixeiros que durou três dias e os sacos de lixo iam se acumulando nas esquinas. Via sacos rasgados e estranhava, achava que eram os cães que faziam aquilo, mas uma tarde vi que eram pessoas que retiravam plásticos e outras coisas para reciclar de dentro deles.
Fui algumas vezes a um supermercado perto do hotel para comprar algo e trocar dinheiro para os táxis, pegava a fila rápida, só que de rápida ela não tinha nada. Ela era lerdíssima. Acho que era a fila dos aposentados e pessoas que recebem algum tipo de auxílio governamental. Um dia havia uma senhora com duas crianças e uma mulher com meia abóbora na minha frente, a senhora apresentou um tipo de caderneta bastante surrada para a caixa que fez algumas anotações em uma lista. Depois de passar toda a compra, a senhora foi retirando vários itens porque o que teria que pagar estava acima do que devia ter imaginado.
Enquanto isso, as lojas estão cheias de brasileiros fazendo compras. O. queria comprar algumas coisas e não achou nada, os vendedores disseram que os produtos que ele queria tinham se esgotado no nosso feriado do dia 12 de outubro.
Minha bagagem de mão na volta era minha bolsa com documentos e um chocolate comprado no Duty Free de Ezeiza para acabar com os poucos pesos que sobraram, mas os outros passageiros compraram de tudo e faltou espaço nos bagageiros. Logo me veio à mente aquela representação de ônibus latino dos filmes americanos nos quais as pessoas carregam várias caixas, sacolas e até animais. O povo da executiva abriu e deixou caixas de ipads e outros produtos eletrônicos no avião. Estava logo atrás e vi quando fecharam os bagageiros com as caixas lá dentro e saíram faceiros.
No mais, comemos relativamente bem e não tivemos nenhuma surpresa desagradável. Os dias passaram rápido. Seria necessário muito mais tempo para fazer explorações e programas mais longos. Esses ficam para a próxima.
No mais, comemos relativamente bem e não tivemos nenhuma surpresa desagradável. Os dias passaram rápido. Seria necessário muito mais tempo para fazer explorações e programas mais longos. Esses ficam para a próxima.
A continuar...
(Há relatos bem frescos sobre a cidade no blog da Quéroul e do Emil).
eee, bem vinda de volta!
ResponderExcluirespero que, apesar dos contratempinhos que sempre nos atacam, sua semana tenha sido muito boa!
já amei o texto que vai continuar. e obrigada pela linkada... :)
agora vá lá desarrumar as malas, vá.
(nem te conto que ainda tem coisa dentro da minha, hahaha).
beijo
Quéroul, eu sou totalmente obsessiva compulsiva e já guardei tudo, inclusive as malas. Estou terminando de lavar a roupa.
ResponderExcluirViagens não me relaxam, têm o efeito contrário, fico mais agitada!
Beijos!
o bom da viagem é voltar pra casa não é?
ResponderExcluirSou louca por conhecer nossos irmanos. estou na expectativa das suas fotos e mais novidades.
beijinhos
madoka
Madoka, acho que isso é mais verdadeiro para o O., gosto de estar em outros lugares. Não tirei tantas fotos, mas haverá outros posts!
ResponderExcluirBeijos!
Ola Karen,
ResponderExcluirQue giro ler o teu relato sobre Buenos Aires. As coisas que contas (lixo na rua, fila no super) sao alguns dos factores que contribuiram para me fartar completamente da vida portenha. Nao obstante, vou em Novembro e estou ansiosa (sobretudo de ver os amigos...).
Beijinhos!
Oi Billy,
ResponderExcluirPensei em você, acabamos nos desencontrando, não é mesmo? :)
Beijos!
Bem vindos de volta, e muito obrigado pelo link!
ResponderExcluirLembrei disto aqui:
http://verbeat.org/blogs/manualdominotauro/assets_c/2010/10/LAERTE-21,22,23-09-7559.html
É um prazer, Emil! Quadrinho triste, mas verdadeiro. :(
ResponderExcluirOhhhhhh! Você foi pra Buenos Aires! Que maravilha. E não sabia que o câmbio estava tão favorável. Quando eu fui (acho que em 2002, 2003?), estava quase R$ 1 = P$ 1.
ResponderExcluirQue nostalgia agora... é que essa viagem fiz com uma pessoa que eu amava muito na época e essa viagem seria a lembrança que eu escolheria para levar, se a morte fosse igual no "Além da vida" :).
Depois posta mais fotos!!