Ficamos hospedados em uma pequena pousada, a Laços de Minas, em uma rua bem estreita e tranquila. Os três últimos balcões da foto acima eram os do nosso quarto. Ele não era grande, mas era arrumadinho, com móveis de madeira maciça e um banheiro com chuveiro gostoso. Não havia ar ou ventilador, mas a temperatura da cidade é bem agradável, fazia até um friozinho pela manhã e à noite. Acho que o mais legal era poder abrir a janela e sentir que fazia parte da vida de Ouro Preto. As janelas da casa em frente ficavam abertas e às vezes via seus moradores jantando ou um rapaz estudando. Era sem querer, nada voyeur, bem entendido. Às 17h havia uma pequena "merenda" com algum bolo, café e uma garrafinha de cachaça. O café da manhã era simples, mas bom. No último dia a mesa estava mais fornida, talvez por haver mais hóspedes, talvez porque chegamos mais tarde e a copeira teve tempo de colocar tudo sobre a mesa. Sabe como é, somos do tipo "dormem cedo e comem cedo".
Mesa do café da manhã, o bolo de fubá era delicioso |
A única coisa um pouco incômoda era ter que subir ladeiras para jantar. Mas a cidade é bem tranquila e o rapaz da recepção, o Pacelli, disse que não havia problemas de segurança. Almoçamos duas vezes no restaurante Conto de Réis, recomendado por ele, uma vez no sitema de bufê e outra à la carte. Havia bastante variedade de pratos mineiros, todos bem honestos, mas ainda achei o temperinho da Venda do Chico melhor. No dia em que pedimos à la carte, o O. foi de tutu à mineira e eu comi uma porção de pastel de angu, um pastelzinho recheado com frango/carne e catupiry cuja massa é feita à base de farinha de milho. Muito bom, especialmente com uma pimentinha picante.
Jantamos uma vez no Bené da Flauta, ele serve uma comida meio mineira, meio italiana, tem um salão amplo e agradável. O. foi de "menina do sobrado", um prato que consiste em um purê de abóbora com cubos de carne de sol e uma travessinha de arroz puxado no alho. Eu fui de canja de galinha. (Sempre que posso, transformo uma entrada em prato principal). O. disse que o prato dele estava bom, mas sem mas. Eu gostei da canja apesar de ela não ser tão inocente, deveria ser puxada em torresmo ou ter um toque de bacon, pois senti um gostinho diferente.
O último jantar foi no O Passo, um misto de cantina/pizzaria que fica no segundo andar de um sobrado. Havia bastante gente. Ouvi dizer que as pizzas eram muito boas, mas O. foi de espaguete com molho de tomates e azeitonas e eu pedi uma porção de bruschettas com tomates cereja. O espaguete estava gostoso, bem feito, eu já não gostei das minhas bruschettas, elas eram temperadas com uma redução de vinagre balsâmico que estava meio ácida. Apenas tomates, sal e um bom azeite seriam suficientes. Bebemos mojitos, muito bons.
Balcão da cafeteria com lustre lindos |
Um lugar onde gostávamos de parar era na cafeteria no térreo da Fiemig/Sesi em uma esquina da Praça Tiradentes. O lugar é muito agradável, há objetos de arte e artesanato à venda. O frapê de café estava ótimo e eles servem chás Gschwendner. Nunca fui à loja de SP e acabei provando os chás dessa marca em Ouro Preto, quem diria? Recomendo o gunpowder com óleo de hortelã.
Também dentro da cafeteria |
Estou gostando dos posts da série Ouro Preto. Nunca fui, tenho vontade de conhecer. Fui uma vez para Tiradentes, achei uma graça a cidade, mas o tempo de estrada me desanima um pouco a visitar qualquer lugar (de carro) há mais de 200km de distância.
ResponderExcluirA primeira foto ficou belíssima, como disseram, digna de cartão-postal :)
Também comprei um pilão de pedra semanas atrás, lindo e pesado. Tenho vontade de deixá-lo na sala, como enfeite, mas certeza que virará porta-treco em casa...
Tatiane, queria muito ter dividido a viagem entre Ouro Preto e Tiradentes com direito a paradas em outras cidades históricas, mas não deu tempo. Ainda bem que Tiradentes fica mais perto, pois ir até Ouro Preto de carro é muito cansativo, melhor ir de avião até BH e alugar um carro.
ResponderExcluirEspero usar o pilão para triturar uns temperos, o Jamie Oliver faz isso parecer tão terapêutico! rs
Oi, Karen,
ResponderExcluirEstou gostando desta série, você está oferecendo o serviço completo, rsrs.
Nós comemos lá num restaurante que ficava num subsolo, um espaço que um dia deve ter sido uma grande cave ou uma masmorra (sabe lá Deus! rsrs). A comida era saborosíssima, o que foi para mim uma grande surpresa, rsrs. Mas eu não me recordo do nome do restaurante e ele talvez já não mais exista, rsrs.
O que me encanta em Ouro Preto e nas demais cidades históricas de MG (mas principalmente em Ouro Preto) é a sensação que eu sempre tenho de estar entrando na história. Dentro de uma daquelas igrejas eu quase posso ouvir os frufrus das saias das sinhás do passado, rsrs.
Um beijo e boa tarde!
Marly, vi vários restaurantes em subsolo, especialmente na tal da R. Direita, onde ficam as lojinhas. Vai ver que foi em algum deles que você comeu. O Conto de Réis fica em uma antiga senzala. Eu já não me sinto muito bem em lugares assim. Sai correndo de um museu em outra senzala onde havia instrumentos de tortura expostos. Acho tão bárbaro...
ResponderExcluirmega me interessei-me a mim mesma por essa pousada. é na cidade mesmo, ou fica afastada? (do tipo precisar do carro, e ou muita perna pra chegar no centrinho).
ResponderExcluirvontade de ir pra esses lados mineiros, Emi não conhece... eu e meu bichinho viajante, já tô querendo ir pra lá. :)
Quéroul, ela fica perto da Igreja N. S. da Conceição, é subir uma ladeira e chegar na Praça Tiradentes.
ResponderExcluirMinas é um chuchu, a música da fala, a comida boa. Leve o Emil, sim!