18.2.07

Pousada Cerejeiras - Monte Verde (MG)

Escolhemos a Pousada Cerejeiras pelo site da associação de hoteis e pousadas de Monte Verde (há hotéis e pousadas para todos os gostos). É meio arriscado fazer isso, pois não é possível saber o que vamos encontrar, mas O se decidiu pelo lugar por causa de um pequeno detalhe: um ofurô com teto de vidro (fotos abaixo). Fizemos a reserva por telefone, nossa viagem deveria ter ocorrido em janeiro, mas com toda a chuva que caiu na época, decidimos mudar a data para fevereiro, foi uma boa decisão, com exceção do dia em que chegamos, o tempo foi muito bom.

A pousada é simples, com doze chalés e fica a 1700m da Av. Monte Verde em um local alto. Ela pertence a um casal de japoneses que mora no local, para quem acha que japoneses preferem ir a lugares administrados por japoneses, juro que foi pura coincidência, só descobri que a Dona Luiza e seu marido eram orientais quando cheguei lá. Ambos foram muito simpáticos e nos receberam muito bem. Nós e mais um casal éramos os únicos hóspedes, mas a pousada ficaria cheia no Carnaval.


Nosso chalé era simples, mas estava limpo e bem cuidado. Só achei que as janelas de madeira deixavam o vento passar e senti um pouco de frio durante a noite. Também fui despertada algumas vezes por um alarme que teimava em tocar no meio da noite, não sei de onde era. Também fui despertada por algum animal que fazia barulho sobre o forro de madeira do teto. Além disso, havia o vento... Eu chamava meu colégio ao lado da rodovia Anhangüera de "morro dos ventos uivantes", mas acho que o nosso chalé ganhou o título. Na primeira noite choveu e ventou horrores e parecia que o chalé voaria pelos ares.


Fizemos o check-in na tarde de domingo, deixamos nossas coisas no chalé e saímos para uma volta de reconhecimento na cidade, quando voltamos, a luz havia acabado, não ligamos, achamos que ela voltaria logo, desfiz as malas e saímos outra vez para jantar. A luz não havia voltado quando retornamos, a chuva foi ficando forte. Liguei para a casa da Dona Luiza e ela me disse que seu marido havia ligado para a companhia de luz e falou para usarmos a vela de "emergência" sobre a lareira. Acendi a vela, mas ela era um toquinho de 5cm que não duraria nada e iluminava menos do que a tela do celular. Foi quando o "grande fazedor de fogo" se ofereceu para acender a lareira. Ele usou os dois acendedores (aquele álcool em forma de gelatina) e não conseguiu fazer a lenha pegar fogo. Conclusão, ficamos sem fogo, sem luz, com a maior chuva do lado de fora e a vela em seus extertores. Liguei outra vez para a Dona Luiza e expliquei nossa situação e o senhor Masaru, marido da Dona Luiza, veio nos salvar. Ele chegou com um guarda-chuvas, trouxe mais tocos de velas, acendedores e fez o fogo pegar. (Nossa vela apagou na hora em que ele chegou). O luz voltou meia hora depois. Nos dias seguintes, eu acendi a lareira. Minha infância e adolescência acendendo fogueiras para preparar comidinhas e assar batatas doces valeu algo. Já O se justificou dizendo que não conseguiu fazer fogo porque não conseguia ver nada...


Felizmente não vivemos mais situações dramáticas. O café da manhã da pousada era frugal, mas bom. Havia uma cafeteira que moía e fazia um expresso na hora, gostei da idéia, estou cansada de cafés aguados nos hotéis.


O que me deixou meio preocupada na pousada foi o fato de não haver ninguém na portaria durante à noite, mas a maioria dos estabelecimentos funciona dessa forma. Necessidade de segurança deve ser uma neura de paulista. Quando o alarme misterioso disparava, ficava sempre me perguntando se não era o do nosso carro estacionado mais abaixo.


Vista panorâmica do deck da piscina, na verdade, seria preciso cortar algumas árvores para vermos algo


Ladeira, o café era servido lá embaixo


Nuvens baixas e garoa no dia em que chegamos

Manhã seguinte, céu azul


lareira acesa pelo Sr. Masaru


Fotos do banheiro com ofurô e teto de vidro


Estava nublado quando chegamos

Nosso cão de guarda, ele sempre vinha nos receber quando íamos tomar café


Notas: não há cofre no quarto, mas a Dona Luiza garantiu que era seguro levar o laptop, pois a mulher que trabalhava para ela era conhecida e ela garantia a segurança. O Sr Masaru disse que poderíamos usar a conexão WiFi da pousada, mas, por alguma razão, não conseguimos estabelecer uma conexão.
O celular da Vivo tem momentos de lucidez, mas em regra, não funciona na cidade.

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Mais sobre Monte Verde no blog que mantenho com outras foodbloggers o Nos quatro cantos do mundo.

8 comentários:

  1. Karen, que delícia de lugar. Adoro situacoes meteorológicas um pouco extremas - com exceçao é claro de furacões, tufões e semelhantes.Parece que se querias descansar conseguistes. E que bom que a conexao nao foi estabelecida pois cortaria um pouco o barato do descanso,nao?!

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  2. Karen
    Quando vcs voltarem para Monte Verde, vou te dar o endereço de uma Pousada, que me inspirou a colocar o nome no meu blog de Cantos e Encantos.
    A Pousada chama-se Cantos e Contos, de um casal maravilhoso...se não me engano, pois sou difícil de guardar nomes:Sueli e João...dele eu tenho certeza...nos hospedamos duas vzs lá...são chalés com lareira...mas é muito lindo...o café da manhã então sem comentários...vale a pena conhecer...
    beijos...

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  3. Karen, apesar da situação dramática na chegada à pousada, não pude deixar de rir com a "janela uivante" e o "fazedor de fogo" que não conseguiu acender a lareira! rsss
    Ao menos o tempo estava propício para um banho de ofurô e lareira acesa!

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  4. Valentina, foi um bom descanso, apesar do tempo curto!

    Sonia, essa dica vai ficar guardada para a próxima vez!

    Akemi, pois é, depois até rimos!

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  5. É maravilhosa esta pousada né? Fomos para lá no final de junho... amamos!!!

    E daqui a pouco vou fuçar seu blog para me inspirar!!!

    beijos

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  6. Yumi, o pessoal da pousada é muito simpático, saí com uma impressão muito boa!

    Espero que encontre coisas úteis no blog!

    beijos!

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  7. Ola Karen, depois de amanhã estaremos lá conhecendo monte verde e esta pousada, espero que seja igual a fotos da internet rsss... estamos no mesmo drama que vc. Agora esta sua historia de aventuras, frio, vento, animais no teto foi de rachar o bico, espero não passar pela mesma coisa.
    Em que chale vc ficou? Manacá? É este que vou ficar sabe se pe bom?
    Me mande noticias no vania.itape@ig.com.br


    Abrs,
    Silvania

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  8. Oi, estamos nesse momento nessa Pousada. Estamos adorando.. Eu particularmente amei o banheiro. Vista para a Mata Atlântica.

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