Descobri a escritora alemã Judith Hermann quando estava assistindo a um programa na Deutsche Welle (o canal alemão) e mencionaram um filme que estreou no final do ano passado baseado no seu último livro, Nichts als Gespenster (Nada além de fantasmas seria uma boa tradução), que trata de várias histórias sobre pessoas na faixa dos trintas anos meio perdidas no mundo e que vêem a vida passar por elas. Pensei, "mas é meio como me sinto...", e fui ver o que ela tinha escrito. Descobri que ela publicou apenas dois livros de contos, o último, no qual o filme foi baseado é de 2003, e o primeiro, que a transformou em uma das novas promessas da literatura alemã, Sommerhaus, später , algo como Casa de veraneio, mais tarde, é de 1998. Namorei os livros durante um bom tempo na Amazon alemã, li os comentários dos leitores e finalmente comprei os dois. Como são contos, achei que não seria muito penoso lê-los na língua original e poderia melhorar meu vocabulário.
Sommerhaus é escrito de uma forma simples, fluida (quatro anos pagando o curso parece ter adiantado algo, mesmo assim, usei bastante o dicionário). O livro é constituído de nove contos. As histórias são variadas, mas o que não varia é a impressão de que os personagens estão dentro de um aquário olhando as coisas se moverem ao redor. As frases que se repetem sempre são "ele/ela acendeu um cigarro" e "observava as partículas de poeira no ar". Eu concordo com as pessoas que comentaram que as histórias são bonitas, mas que nada acontece nelas. Falta algo, os personagens sofrem de uma paralisia de sentimentos e de vontade. Não há tensão, alguém escreveu que a autora escreve contos "blasé", acho que é isso mesmo. Fiquei um pouco decepcionada, mas fiquei feliz por conseguir ler algo na língua.
Próxima parada, Nichts als Gespenster .
Sommerhaus é escrito de uma forma simples, fluida (quatro anos pagando o curso parece ter adiantado algo, mesmo assim, usei bastante o dicionário). O livro é constituído de nove contos. As histórias são variadas, mas o que não varia é a impressão de que os personagens estão dentro de um aquário olhando as coisas se moverem ao redor. As frases que se repetem sempre são "ele/ela acendeu um cigarro" e "observava as partículas de poeira no ar". Eu concordo com as pessoas que comentaram que as histórias são bonitas, mas que nada acontece nelas. Falta algo, os personagens sofrem de uma paralisia de sentimentos e de vontade. Não há tensão, alguém escreveu que a autora escreve contos "blasé", acho que é isso mesmo. Fiquei um pouco decepcionada, mas fiquei feliz por conseguir ler algo na língua.
Próxima parada, Nichts als Gespenster .
Nunca li nada dessa escritora, fiquei com vontade.
ResponderExcluirBeijocas e bom fim de semana
Se tivesse um Oscar dos blogs vc venceria na categoria: Blogueira Globalizada, rsrs
ResponderExcluirsempre com novidades neh? vc é autodidata ou faz aulas?
é que adoro linguas e aprendi ingles sozinha (apesar de ser um idioma muito facil e familiar), mas alemão, aí já é muito, precisa ter dom mesmo!
To lutando com o japones há cerca de 1 ano, rsrs
Marizé, há traduções para o inglês também. Eu particularmente não gostei muito dos contos, mas há muita gente que gostou.
ResponderExcluirSheila, eu adoro aprender línguas! É uma das poucas coisas de que não deixei de gostar ao longo dos anos. Eu sempre fiz cursos, estudo alemão há quatro anos e agora acho deu para estabelecer um vocabulário suficiente para ler sem penar muito. Língua para falar direito acho que só passando um tempo no país, mas para ter vocabulário é preciso ler mesmo.
Eu estudei alguns anos de japonês, um pouco na Unicamp e depois com uma professora particular, mas nos últimos quatro anos eu tenho estudado sozinha, já dá para ler "literatura", mas a questão do vocabulário é sempre fundamental, ele vai sendo construído aos poucos.
Eu não sei se teria aprendido inglês sozinha, rs, fiz cursos quando era adolescente, mas sem muita aplicação, acho que foi depois de entrar na faculdade que comecei a usar a língua para valer, pois tinha que ler muita coisa em inglês. Parabéns pelo seu feito!
bem, eu leio literatura nas latinas (espanhol, francês e italiano), além do português e do inglês, que são básicas.
ResponderExcluiragora, eu tenho mesmo é inveja de ti, Karen. alemão é essencial pra quem gosta de ler boa literatura no original (pq muitos dos principais romancistas - pra não falar dos filósofos - foram/são de língua alemã).
aliás, acabei de expressar minha inveja no meu blog. saca lá.