O El Ateneo é uma cadeia de livrarias de Buenos Aires, entre as lojas, encontra-se a mais famosa livraria da cidade, e uma das dez mais belas do mundo, o El Ateneo Grand Splendid. A livraria ocupa o prédio de um antigo teatro - posteriormente transformado em cinema - na Avenida Sta Fé. Por fora ela não é tão interessante, mas depois de passar pela entrada e subir alguns degraus, você se depara com os balcões ornamentados e a abóbada com suas pinturas e o efeito é realmente muito bonito. Há três andares: literatura e generalidades no piso térreo, livros de áreas mais específicas no segundo e dvds no terceiro (se não me engano). O antigo palco foi transformado em um café com várias mesas.
Passei um bom tempo vendo os títulos de romances argentinos e latinos, mas achei que havia pouca coisa e os preços dos livros novos não eram muito atraentes. Dá para encontrar preços melhores nos sebos que existem espalhados pela cidade.
Estava saindo quando passei pelos displays com os lançamentos perto da entrada e topei com o livro da Beatriz Sarlo chamado Tiempo Presente. Tinha lido algo sobre a autora no jornal na semana anterior à viagem e já estava com vontade de ler algo dela.
Beatriz Sarlo é crítica cultural e literária e professora universitária. Pensei que seria uma leitura apropriada para a ocasião. Aquela era a segunda edição de um livro publicado em 2001, período de crise brava no país. No livro, a autora escreve sobre como os argentinos empobreceram, sobre o aumento da percepção da violência e do sentimento de insegurança do povo.
Há muitas referências a personagens e fatos que talvez somente alguém que viveu algum tempo no país possa compreender, mas é um livro interessante. Foi por meio dele que descobri que o Shopping Abasto era o prédio de um antigo mercado comprado pelo George Soros, algo que ela comenta quando escreve que há shoppings sobredimensionados na cidade e que a ideia de proteger um patrimônio parece ser sinônimo de transformá-lo em templo de consumo, como ocorreu com o prédio do Abasto e das Galerias Pacífico. (E como o prédio desta livraria...)
Fui lendo trechos do livro no hotel e dentro do avião, muita coisa mudou de 2001 para cá, o país conseguiu atingir um certo nível de estabilidade, mas também dá para ver que alguns problemas persistem, como a pobreza e o sentimento de insegurança em relação às instituições sociais.
Que livraria linda!! E eu nem vi. Da próxima vez que eu for pra Buenos Aires, vou passar de novo pelo seu blog e anotar tudo. Menos aquele chá caríssimo! Haha!
ResponderExcluirBeeijo!
É o chá eu também não recomendo... rs
ResponderExcluirque deprê...
ResponderExcluireu não fui na livraria, fui numa filial na florida, que eu já achei bem xuxu.
é que a gente passou pela santa fé sem nem se dar conta que esse troção bonito era lá. e depoir rolou uma pregui básica de voltar.
não vai ter jeito, Karen... vou TER que voltar pra Buenos Aires. AAAAAHHHHH, QUE RUIM!
;)
beijo
Quéroul, tô morrendo de pena de te ver obrigada a fazer isso... :))
ResponderExcluirrealmente a construção do prédio da El Ateneo deve ser imponente. E pelo que tá dando pra ver são bem espaçosas. O que tá rolando no palco? mesas pra um cafezinho? Entretanto, com a amplidão de tudo, de espaço e de livros, não me atraem as megalivrarias.
ResponderExcluirabraços
madoka
Madoka, sim, há mesas para um "cafezinho" no palco. Como livraria mesmo, eu não achei o Ateneo assim tão interessante, é mais pela arquitetura e história do prédio mesmo.
ResponderExcluirBeijos!
Estive lá há um mês e fiquei fascinada, completamente encantada. Hoje, procurando a história do Atheneo,achei seu blog. Muito bom, amei suas fotos. As minhas não ficam fantásticas, agora vejo melhor, inclusive a abóbada! Há um teto ou parede (que não vi!!!) pintada pelo Chagall. Acho q vc também não! De qq forma, parabéns pelo blog. Abç. Leila
ResponderExcluirLeila, parede? Que parede? Não vi mesmo... :))
ResponderExcluirAbraços!