Por algum acaso acabamos parando ao lado das Galerías Pacífico e entramos para ver como era aquele templo de consumo tão adorado pelos turistas locais. Para mim, é um shopping com preços dos Jardins (bairro de SP) localizado em um ambiente de centrão. Achei tudo caro lá dentro, mas a questão dos preços é relativa, depende do tipo de consumidor no qual cada um se enquadra. Se você não vive sem Chanel, Dior, Samsonite, Lancôme e produtos do gênero, talvez ache tudo uma pechincha.
Deixando as vitrines de lado, o prédio é bastante interessante e as pinturas da abóbada são muito bonitas. Demos uma volta lá dentro, andamos um pouco pela Calle San Martin e decidimos zarpar dali. Muita gente, trânsito, difícil parar na calçada com calma para apreciar as construções. Passamos pela frente do Obelisco de táxi, ele fica em uma avenida enorme e muito movimentada, não sentimos vontade de caminhar pela área.
À pergunta que todos fazem: "E há algo barato na Argentina?", respondo outra vez que depende do perfil do consumidor. Nós não compramos nada (o O. até tentou, mas não achou o que procurava), mas os vinhos argentinos obviamente estão com preços muito melhores do que no Brasil. São mais baratos nas lojas da cidade do que no Duty Free de Ezeiza, mas os preços deste último ainda são melhores do que as da Grand Cru brasileira, por exemplo.
Achei que as bolsas de couro estavam com preços mais acessíveis, mas o que está realmente mais barato são aqueles cremes importados vendidos em farmácia. La Roche-Posay, Avène, Vichy, etc., custam metade do que custam aqui. De novo, não comprei nada porque, para começar, não costumo usar esses produtos e mesmo que comprasse algumas caixas, não manteria o hábito aqui, pois os preços são extorsivos; depois, acho que alimentação e estilo de vida influenciam mais do que cremes e, por fim, não há creme que vença os efeitos do tempo.
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Um outro passeio que fiz depois de um almoço foi até o Museu de arte Latinoamericano de Bs. As., o Malba. Saí andando do hotel na direção da Av. Figueroa Alcorta, chegando lá, fiquei tão mesmerizada com uma construção enorme que atravessei a avenida sem parar no Museu de Bellas Artes e só descobri que aquele prédio monumental era a faculdade de direito quando pus os pés lá dentro. Acabei não vendo o Museu de Bellas Artes por esse motivo. Bem que a Quéroul e o Emil escreveram que o prédio da tal faculdade era imponente.
(Faculdade de direito)
Passei por aquele monumento com forma de flor e estilo de antena parabólica (também enorme), a Floralis Genérica, e segui para o Malba. Andei, andei, andei e fiquei encafifada com o fato de eu ser praticamente a única pessoa andando pela avenida. Fiquei me perguntando se aquilo era algo incomum.
(Interior do Malba)
Cheguei no museu e paguei a entrada ($ 8 / R$ 3,5). Havia algumas exposições temporárias e uma instalação com um video mostrando um enxame de abelhas. Queria mesmo era ver o Abapuru e o quadro da Frida Kahlo. Já aviso que o acervo é muito pequeno e quem espera algo nos moldes do Masp ou da Pinacoteca, vai se decepcionar muito. Eu me arrependi de não ter ido ver o Museu de Bellas Artes de que a Quéroul gostou.
12 comentários:
" acho que alimentação e estilo de vida influenciam mais do que cremes e, por fim, não há creme que vença os efeitos do tempo." Assino embaixo Karen. Porque né, eu também não sou de ficar comprando muitos cremes.Sou básica pra essas coisas, rs. Tanto que marido as vezes dá de presente: baton, perfume e cremes, rs..
madoka
e eu leio seu passeio em BsAs e penso 'mas qual Buenos Aires eu conheci'? hahaha. tirando a parte do Malba, da Floralis e da avenidona que só tem mesmo a gente andando, eu não vi NADA do que vc viu.
aí eu vejo que meu post foi um sucesso: vc CORREU das experiências esdrúxulas, hahahaha.
ah, o de Bellas Artes é muito mais fofo. ele e o Histórico foram os museus que eu mais gostei.
cê tentou comer algo no Malba? naquele restôzinho com preços assustadores?
beijo
Como a Quéroul, também não fiz (ou não me lembro) nada disso que você fez! Haha!
Lembro de ter ido àquele bairro famoso entre turistas, com fachadas coloridas, esqueci o nome! Que foi uma das coisas mais legais que vi por lá...
Um pena não sabia que tu ias antes, tinha a melhor dica custo benefício de Baires, um restauras com culinária do Norte da Argentina, simplesmente fantástico e MEGA barato
e alémd e tudo foge do convencional Aires
Beijos
Julia
* meu roteiro baires é mega diferente, VIVA as trocas
Madoka, eu tenho uma preguiça imensa de me besuntar com cremes. Uso um hidratante baratinho de vez em quando e olhe lá. Acho que os maridos gostariam de ter "bonecas" em casa, não é mesmo?
Quéroul, que engraçado isso, né? Eu queria ter descido até S. Telmo, mas não deu...
Não entrei no restaurante, já tinha almoçado e você me alertou sobre os preços. ;)
Aline, acho que você foi até a Boca, mas a Quéroul não recomenda o lugar, parece que ele anda em baixa ultimamente.
Julia, até fugi de algumas coisas muito "turísticas", mas acho que em uma primeira visita, a gente precisa passar pelos pontos mais "batidos" mesmo. :)
La Boca é um bairro decadente, meio feio, mas pode ser bacana dependendo do olhar; é lá que fica O Caminito, que é o beco que Aline comentou.
meus amigos foram acho que na mesma semana que você foi, e eles disseram que não conseguiram ir na Boca/Caminito porque nem os ônibus tavam indo pra lá (imagino que os ônibus de turista, porque os de linha funcionam normalmente).
eles me disseram que tava tendo bastante assalto naqueles dias e que recomendaram fortemente que eles evitassem o passeio.
eu fui uma semana antes, e andei tudo aquilo a pé e não vi NADA de terrível. mas vai saber o que acontece de vez em quando, né?
Eu li que há muitos casos de furto por lá e preferi evitar o bairro. Para falar a verdade, fui para a Argentina com algum receio em relação à segurança, felizmente, foi tudo tranquilo, mas evitei lugares muito movimentados e fiquei de olho nas minhas coisas.
Noossa, gente, nunca tinha ouvido falar que La Boca era perigoso - se bem que fui há muitos anos, talvez de uns anos pra cá tenha ficado feia a coisa por lá... mas, mesmo assim, se eu voltasse pra Buenos Aires ia querer passar por lá de novo (com um trocado e passaporte no bolso e só!).
Aline, acho que não bobeando, não há problema. :)
Olá Karen!
Eu nunca tive problemas nenhuns em Buenos Aires e andava a pé e de autocarro público para todos os lados. Agora, jamais com o passaporte na carteira!!!
Eu adoro o Malba de paixão, mas mais pelo espaço e pelas exposições temporárias que eles têm, que costumam ser fantásticas. A colecção permanente é ok, com algumas peças mesmo muito boas (ou melhor, com peças de que gosto muito!).
O Museu de Belas Artes é onde eu tinha aulas de pintura! Às vezes batem-me umas saudades... o museu, em si, é grande, extenso, e um pouco desordenado em termos de coerência expositiva, já que cada sala é recheada com uma colecção doada. Então há impressionismo aqui e ali, depois mais um quadro noutra sala, depois outro ainda noutra... enfim, isso para mim não é muito bom, enquanto visitante. Mas que tem coisas muito boas (outra vez, de que gosto muito), tem. E também alguns quadros famosos.
Mais uma vez, também neste museu ganham as exposições temporárias.
Não conheço o Due Resto mas já está na calha para a próxima visita! :) Obrigada pela recomendação.
Beijinhos!
Billy, que chique ter aulas no próprio museu!
Das exposições temporárias que vi no Malba, gostei apenas de uma, não devo ter dado sorte... rs
Acho que o alerta é para os turistas, as pessoas relaxam quando estão passeando em outro país. O consulado brasileiro na Argentina recebe muitas queixas de furtos.
Espero que goste do restaurante se for até lá no futuro!
Beijos!
David, é possível comprar vinhos na própria Grand Cru e na rede Wine.
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