27.10.10

El estrebe - Buenos Aires


O jantar do domingo foi em um restaurante que servia parrillas, o nome dado à "churrascaria" local, na mesma rua do hotel, chamado El Estrebe. Fiz a consulta pelo Guia Óleo e ele aparecia em terceiro lugar entre as parillas com comentários bastante favoráveis. Andamos algumas quadras cobrindo os pescoços com as blusas porque o vento estava gelado. Eram oito horas e éramos praticamente os primeiros fregueses da noite. Os horários argentinos são diferentes dos nossos. A vida começa às 10hs da manhã, quando o comércio e os museus abrem, e termina às 20hs, quando tudo fecha. Já os restaurantes começam a servir o almoço às 12hs e o jantar às 20hs, mas praticamente ninguém faz refeições na primeira meia hora após a abertura dos estabelecimentos. Tinha feito reserva, mas era algo desnecessário.

O restaurante tem uma decoração "pitoresca", com selas, cabeças de cavalos e bois moldados em plástico pendurados nas paredes, acho que a ideia é mesmo representar um "estábulo". A decoração atrapalha em algumas mesas. O. acabou batendo a cabeça no "focinho" de um cavalo e não gostou muito da experiência.

Pedimos o tradicional "bife de chorizo" e "papas fritas" como guarnição. Podíamos escolher a guarnição que quiséssemos, a lista era enorme, mas turistas ficam com neurônios preguiçosos e acabávamos sempre pedindo o mais conhecido. A carne estava muito macia, mas só comi alguns pedaços, estava sem muita fome. Belisquei algumas batatas fritas e um pouco dos pães. Bebemos um bom vinho chamado Mora Negra (Malbec/Bonarda) que O. queria provar.

O couvert era bem simples, pães e coisinhas para espalhar neles, nada demais. O garçom também nos serviu uma dose de uma bebida amarelada em pequenos copos. Não lembro qual era seu nome, mas pelo o que entendi, era uma mistura de vinho branco e algo mais forte com gosto de anis. Era meio adocicado, provei um pouco mas foi tudo.

Tirando o vinho, a conta saiu bem razoável. Os pratos eram grandes e dividimos tudo. Devemos ter pago cerca de R$ 50-60 reais só pela comida. Os portenhos costumam deixar a gorjeta em dinheiro (10%) sobre a mesa depois de pagar, não é como aqui onde ela já vem incluída no valor total, mas o curioso do El estrebe foi que o garçom tirou uma nota onde lia-se claramente "gorjeta". Devia ser uma conta específica para brasileiros, porque "gorjeta" em espanhol é "proprina". Pagamos com o cartão e os 10% aparecem lá claramente. Foi o único lugar onde isso ocorreu, nos demais, costumávamos deixar a gorjeta em dinheiro antes de irmos embora. De qualquer forma, acho que pagamos mais em dinheiro do que com cartão nos restaurantes.

Algo que não deve espantar os brasileiros é o fato de que o sistema de "chip" dos cartões parece não funcionar na Argentina, mesmo digitando a senha do cartão, sempre nos pediam para que assinássemos o recibo e escrevêssemos o número do RG ou do passaporte.



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Tinha feito uma lista dos restaurantes onde pretendia comer, mas como escrevi acima, turistas ficam com neurônios preguiçosos e desisti de vários planos depois do segundo dia. Acabamos retornando ao El estrebe e pedimos o almoço executivo de $ 38,00 (cerca de R$ 16,00)  que incluía bebida (pedimos água, não sei quais eram as outras opções), entrada, principal e sobremesa. Ambos pedimos empanadas de entrada. Estavam muito boas, elas eram fritas e pareciam pastéis bem sequinhos recheados com carne e ovos.


Havia carne, peito de frango e massa de principal. Ficamos com a carne que era um tipo de espeto com pimentões e cebola. Como guarnição, pedi salada e o O. foi de "papas fritas" outra vez. Até agora fico espantada com nossa falta de criatividade com as guarnições! E de fome também, tenho que admitir que senti pouca fome durante toda a nossa estadia. Não sei qual era a carne, mas ela estava boa e a salada era bem fresca. As batatas fritas estavam sequinhas.



As sobremesas já eram meio sem graça. O. foi de flan e eu fui de "budín", que descobri ser um pudim de pão daqueles que nossas mães faziam para acabar com pães amanhecidos, sem leite condensando e coisas do gênero. Ele era bem durinho, gosto de pudim de pão, mesmo os mais simples, mas não comi tudo.

Achei a refeição boa pelo preço e qualidade dos produtos. Era quase como comer na casa de alguém, pratos bem cotidianos. Pagamos em dinheiro e, desta vez, a gorjeta não estava incluída na conta, deixamos os 10% sobre a mesa antes de irmos embora.

4 comentários:

  1. eu tenho saudades de bife de chorizo e de empanadas.
    e toda vez que eu olho o álbum de um amigo que esteve em BsAs semanas atrás e vejo ele tão feliz abraçado com tigres e leões, me dá invejinha de não ter lembrado do Zoo deles...

    quero BsAs de novo, viu.
    :/

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  2. Eu também não visitei o Zoo, isso fica para a próxima. Sinto saudades também cada vez que escrevo um post. Essa é uma boa forma de "digerir" uma viagem... Beijos!

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  3. Ahhhhh, eu já não curto lugares como "El Estrebe", com decoração de cabeças de animais, acho meio de mal gosto! E lembrei agora que um amigo disse que aqui em São Paulo tem um motel com uma decoração similar ("country", com cabeças de gado e berrantes nas paredes, tapete de couro, etc) - eu dei risada e provavelmente não conseguiria fazer mais nada se fosse parar num lugar desses!! HAHAHA!

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  4. Eu também acharia um quarto assim "brochante" e cairia num riso histérico! rs

    Tirando a decoração, a comida do restaurante era boa!

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