Fui ver a apresentação de Fuerza Bruta no Centro Cultural da Recoleta, ficava a um pulo do hotel e depois almoçar no Tea Connection e desfazer as malas, fui até lá para ver se poderia comprar os ingressos para a sessão das cinco. O Centro fica ao lado do cemitério, mas já estava em cima da hora e nem sabia se conseguiria entradas para o mesmo dia então não quis perder tempo. Isso foi o mais próximo do cemitério que cheguei, ele parace um presídio de segurança máxima, cercado por um muro altíssimo. Para ser sincera, visitar o cemitério da Recoleta e ver um show de tango eram coisas que nunca fizeram parte de meus planos.
Como era domingo, havia uma feirinha de artesanato na frente do Centro Cultural, passei por ela sem me deter, perguntei onde podia comprar as entradas no balcão de informações e me dirigi para a bilheteria no final de um corredor. Ali o preço daquela sessão era de $ 55, apresentei uma nota de 100, o vendedor perguntou se eu não tinha trocado, respondi que não, tinha apenas uma nota de 50 e ele me vendeu a entrada por aquele valor. Bacana.
Fui sozinha, depois de explicar mais ou menos qual era o conceito do espétaculo, O. preferiu descansar da viagem. "Fuerza Bruta" é uma mistura de perfomance, meio "rave", com efeitos visuais e sonoros. O público entra em um galpão escuro e a apresentação começa, todos ficam de pé mesmo e os "atores" e o cenário se movimentam entre as pessoas. A música é techno. Nunca fui em uma "rave" e minha opinião sobre a música techno nunca foi das melhores, mas os sons realmente "vibram" no seu peito, é fácil entender porque os jovens gostam desse tipo de coisa, é meio contagiante. O público daquele horário era bem variado, havia muitos jovens, mas também pessoas mais velhas e famílias com algumas crianças, as menores tinham que ser levantadas pelos pais para poderem acompanhar tudo.
Foi uma experiência interessante, os rapazes e as moças que fazem o Fuerza Bruta precisam ter fôlego para manter o ritmo da perfomance, há momentos em que os efeitos são bonitos, poéticos até, só achei que depois de algum tempo algumas coisas tornam-se meio repetitivas. Como tinha ouvido falar que o público também era "participante", resolvi ficar esperta para evitar alguma surpresa.
Li que aquelas eram as últimas apresentações em Buenos Aires, sei que o espetáculo está lá desde março, mas não sei exatamente quando sairá de cartaz. O grupo já se apresentou em Nova Iorque e, quem sabe, talvez venha para o Brasil algum dia. Por isso, paro as descrições por aqui.
Ainda estava claro quando sai. Peguei a única apresentação diurna, as demais começam à noite e, às sextas, o espetáculo é emendado com o show de um DJ. Era possível usar a câmera sem o flash, mas sai de mãos vazias porque não queria carregar nada durante a apresentação.
Dei uma volta pela feirinha do lado de fora, havia artigos de couro e lã, não vi preços, e voltei para o hotel.
hahahaha, eu gosto do seu texto.
ResponderExcluirolha, a entrada é na rua do cemitério mesmo, aquele cemitério lindo!
é, se eu soubesse antes, acho que teria ido nesse 'show' também. eu imagino que seja um pouco como foi com Stomp pra mim, bem legal, barulhento, e um pouquinho repetitivo no final, mas muito lindo anyway!
=***
Quéroul, algumas pessoas comentaram que Stomp é melhor! :)
ResponderExcluirHehehehe, me identifiquei com você, neste post. Por curiosidade eu também iria a show desses, mas lá eu me sentiria meio alienígina, rsrs.
ResponderExcluirMarly, foi engraçado, havia outras pessoas escondidas nos cantos para fugir das "surpresas". rs
ResponderExcluirAhhhhhhh, se vier pro Brasil, quero ver!! =D Adoro essas coisas "diferentes"! Mas não gosto de ser exposta - quando chamam pra participar no palco, por exemplo, e todo mundo fica olhando.
ResponderExcluirAcho que você iria gostar, não é todo mundo que acaba "participando"
ResponderExcluirmesmo, dá para fugir... rs