Estava sentada dentro do ônibus em movimento e verificava minha lista mental de coisas a fazer : jogar na megasena (faço isso há anos), passar no banco e uma consulta médica. Quase tudo feito. No assento da frente estava um rapaz com cabelos cortados bem curtos. Sabe quando o barbeiro passa a máquina e os cabelos começam a crescer outra vez? Eram assim. Deixei minha lista mental de lado e fiquei olhando, mesmerizada, para aqueles fiozinhos curtos em pé. Senti uma vontade enorme de passar a mão sobre eles. Claro que resisti, mas sempre tive curiosidade em saber qual a sensação de se fazer isso. É quase como minha vontade de tocar um daqueles fios das cercas elétricas, bastaria encostar a ponta de um dedo para comprovar se a descarga é grande mesmo. Ouvi dizer que alguns agricultores as usam para proteger os pomares no Japão, mas há macacos que preferem levar choques a abrir mão das frutas. Se um macaco aguenta, por que eu não aguentaria?
Mas do desejo ao ato, há um longo caminho. Muitos homens resistem a tocar os glúteos femininos que passam pela sua frente, como a maioria deles, contentei-me em utilizar os olhos.
Mas do desejo ao ato, há um longo caminho. Muitos homens resistem a tocar os glúteos femininos que passam pela sua frente, como a maioria deles, contentei-me em utilizar os olhos.
Se o rapaz lesse pensamentos, teria se levantado e descido do ônibus.
adoooro suas 'viagens' de onibus, Karen.
ResponderExcluirabraco,
Kalina
Kalina, quem lê deve pensar que sou doida! rs
ResponderExcluirdoida coisissima nenhuma, mas sim observadora, distraida e ligada ao mesmo tempo. na 'viagem', e seus textos estao ficando cada vez melhores, porque voce tem se deixado mais expressar o que observa e sente. vamos em frente e nao perca o onibus, nao, garota.
ResponderExcluirabraco
kalina
Obrigada, Kalina! :)
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