Roberto Bolaño não é um autor "fácil", você precisa querer ser conquistado por sua escrita (ao menos comigo é assim). Detetives Selvagens foi o primeiro livro dele que li e, depois de passar pelas cinquenta primeiras páginas, fui conquistada. No fim, foi um dos melhores romances deste ano.
Nocturno de Chile é outro tipo de besta, é uma história curta, quase conto, narrado por Irrutia Lacroix, um padre em seu leito de morte. De forma quase delirante, surreal, ele relembra alguns momentos de sua vida que se cruzam com a história do Chile: seu encontro com um crítico literário que admira e também com Neruda; seus próprios passos no mundo literário chileno, como crítico e poeta; sua ida à Europa; o golpe militar que derruba Allende e as aulas de marxismo que dá para Pinochet e a junta militar; as noites passadas em uma casa com outros membros da elite artística em cujo sotão são torturados opositores do regime.
Não há julgamentos, mas as imagens da América Latina que Bolaño nos apresenta são lúcidas e eloquentes.
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Karen, nunca li nada de Bolano.
ResponderExcluirQuem sabe numa ida à Portugal ou ao Brasil, vou dar uma procurada.
Vc já leu As Brasas de Marai Sandor?
Ele é um dos maiores escritores da língua hungara e ele é um dos meus autores favoritos pela forca da escrita que ele tem.
Boa semana
Bjao
Georgia, não conheço o Marai Sandor. Vou procurar.
ResponderExcluirAi, ai... Tantos livros, tão pouco tempo! rs
é verdade tantos livros, filmes e tão pouco tempo. Vou anotar este livro que vc cita do Bolano, que faz tempo está na minha lista, mas com outros títulos. Infelizmente importar livros sai caríssimo pra nós. Na Amazon.jp os títulos em português são do Paulo Coelho, Crepúsculo (?), nessa linha.
ResponderExcluirMadoka
Madoka, e eu com inveja de você ter acesso aos livros japoneses sem ter que pagar o frete da Amazon... Nada é perfeito!
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