31.5.10

Dentro do ônibus III

Nenhum ônibus me preparou para aquele que teria que encarar depois de vir habitar o castelo (?) de meu príncipe encantado. Ele passa por aqui quatro vezes por dia em horários esquisitíssimos. Primeiro ouço seu som longíquo, depois vejo o pó que sua carroceria levanta e, finalmente, ele surge na curva da estrada.

Nos bons tempos eu levava um lenço para limpar os bancos cobertos de poeira, mas hoje em dia eu me limito a usar uma roupa que possa sujar sem dramas. Ele transforma os 8km que me separam da civilização em uma hora de viagem. Uma hora sacolejando por várias estradas de terra, percorrendo fazendas, atravessando canaviais, bambuzais, engolindo poeira vermelha.

Eis o elo vital que liga a área rural a aquilo que poderia ser chamado de minha cidade, mas que eu considero apenas um ponto de passagem para algum outro lugar, um outro lugar muito desejado, porém ainda indefinido.


6 comentários:

  1. Nossa, você mora na roça... não consigo imaginar uma vida assim, já que sempre morei em cidade.
    Qualidade de vida, não?

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  2. Karen, fiz sua receita de bolo de beterraba com chocolate. Postei no www.drikacuriosa.blogspot.com
    Ficou ótimo.
    Um abraço,

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  3. Oi Aline! Eu sempre morei em bairros pequenos, mas nunca tão longe de tudo. Há vantagens e desvantagens, a parte boa é que dá para dormir muito bem! :)

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  4. Karen, sonho diariamente em viver num lugar assim, longe de tudo. Morar em SP não é vida, só durmo bem usando protetores de ouvido :(
    bjs

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  5. Tatiane, eu também não consigo dormir quando vou a SP. A cidade é muito estressante. Espero que seu sonho se concretize!

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