4.12.06

Minha querida Sputnik - Haruki Murakami

É difícil não gostar do escritor japonês Haruki Murakami. É tão fácil gostar de seus personagens! São pessoas comuns, procurando compreender suas vidas e lidar com a solidão. Acho as histórias meio tristes. "Minha querida Sputnik" é triste. É sobre o amor platônico que Sumirê sente por Miu, uma mulher mais velha e misteriosa e sobre a paixão do narrador por Sumirê. Algumas das marcas registradas de Murakami surgem nesta obra: os gatos, mediadores entre a realidade e um outro mundo, as mulheres que desaparecem e as histórias que ocorrem em universos paralelos, como o mundo do outro lado do espelho de "Alice no País das Maravilhas".

É dificil não gostar de Murakami, suas obras deixam transparecer seu bom gosto musical, sua paixão pela Europa, seu interesse pela culinária e pelos bons vinhos, como não gostar dele?

Eis um trecho do livro:

“Então me ocorreu que, apesar de sermos companheiras de viagem maravilhosas, no fundo, não passávamos de duas massas solitárias de metal em suas próprias órbitas separadas. À distância, parecem belas estrelas cadentes, mas, na realidade, não passam de prisões, em que cada uma de nós está trancada, sozinha, indo a lugar nenhum. Quando as órbitas desses dois satélites se cruzam, acidentalmente, podemos estar juntas. Talvez, até mesmo, abrir nossos corações uma à outra. Mas só por um breve momento. No instante seguinte, estaremos na solidão absoluta. Até nos queimarmos completamente e nos tornarmos nada.”

P.S. Obrigada Miki!

29.11.06

Hermit in Paris - Italo Calvino

Italo Calvino nasceu em Havana, Cuba, filho de um pesquisador de agronomia e de uma pesquisadora de botânica, e cresceu em San Remo, na Italia, terra natal de seus pais. Os textos autobiográficos de Calvino repetem mais ou menos isso: eles contam como foi crescer em San Remo, falam sobre seu engajamento no partido comunista, sua luta contra o fascismo e sua entrada no mundo das letras. Apenas seu primeiro texto, sob a forma de cartas, é um pouco diferente, ele conta sua estadia em Nova York, patrocionada por uma bolsa da Fundação Ford.

Li o livro em inglês, mas ele já foi traduzido para o português pela Cia das Letras. Ele é feito de uma série de pequenos textos escritos por Calvino, quase pequenas notas. Minha opinião sobre o autor é um pouco ambígua, acho seu livro, "As cidades invisíveis", maravilhoso, de uma beleza onírica, mas nunca consegui continuar lendo suas outras obras após uma ou duas páginas. Deve ser minha falha. Mas se não gosto tanto assim do autor, por que li seus textos autobiográficos? Devo andar em uma fase em que acho as vidas das pessoas mais ricas do que as ficções, talvez até mais interessantes, porque são reais. Preciso de um pouco de realidade agora. Deve ser isso...

Esta é a resposta dada por Calvino ao New York Time Books Review quando lhe perguntaram qual personagem de um romance ou obra de não ficção ele desejaria ser:

"Eu gostaria de ser Mercúcio. Entre suas virtudes, admiro, acima de tudo, a sua leveza em um mundo cheio de brutalidade, sua imaginação sonhadora - como o poeta da Rainha Mab - e, ao mesmo tempo, sua sabedoria, como a voz da razão em meio ao ódio fanático dos Capuletos e Montagues. Ele se mantém fiel aos velhos códigos de cavalheirismo ao preço de sua vida talvez apenas em nome do estilo, mas ainda é um homem moderno, cético e irônico: um Dom Quixote que sabe muito bem o que são os sonhos e o que é a realidade, e vive ambos com os olhos abertos."

25.11.06

Cookies de aveia e coco

Estes cookies são do Bakingsheet, eles ficam muito crocantes e bem gostosos. Eles se espalham muito enquanto assam, modelei os cookies como bolinhas e depois eu as achatei, tinha deixado um bom espaço entre eles, mas quase ficaram grudados uns nos outros. No dia seguinte eles pareciam menos crocantes e mais duros, mas ainda estavam muito bons!


Cookies de aveia e coco

2 x de farinha (usei 1 x de farinha normal + 1 x de farinha integral)
1 c chá de bicarbonato de soda
1/2 c chá de fermento
1/2 c chá de sal
1/2 c chá de canela
1/2 x (100g) de manteiga amolecida
1/2 c chá de extrato de baunilha
1 c sopa de leite
1 x bem cheia de açúcar mascavo ou demerara (foi o que usei)
1/2 x de açúcar refinado
2 ovos grandes
1 x de aveia
1 x de coco ralado

Preaqueça o forno a 180C.
Peneire a farinha, o bicarbonato, o fermento, sal e a canela em uma tigela média. Bata a manteiga e os dois tipos de açúcar em uma outra tigela até que fiquem bem homogêneos. Adicione a baunilha, o leite e os ovos até que fique leve, cerca de dois minutos. Adicione a mistura de farinha, a aveia e o coco ralado. (A minha massa ficou bem firme, deu para modelar com as mãos, talvez os ovos fosse pequenos ou a farinha integral tenha mudado sua consistência). Coloque colheradas da massa em uma assadeira forrada com papel manteiga ou alúmino. Asse por 11 min ou até que dourem. Deixe esfriar por alguns minutos antes de remover da assadeira.


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These cookies are from the Bakingsheet, they are very good. They spread a lot on the bakingsheet while baking. On the following day, they seemed harder and not so crisp but were still nice.

23.11.06

Creme de banana com leite de coco (Kue Talam Kepala)

Esta é uma receita de sobremesa indonésia que O me passou. Pelo o que pude observar, os países do sudeste asiático usam muito leite de coco em suas receitas. Foi a primeira vez que provei a combinação de leite de coco com bananas, é boa! O que achei mais curioso foi o uso do harussame (aquele macarrão transparente feito com uma espécie de feijão, foto abaixo). A receita leva pouco açúcar e um pouco de sal, tornando os sabores bem interessantes, algo meio doce-salgadinho. (Fiz metade da receita usando dois ovos, o que pode ter tornado o creme mais firme).


Creme de banana e leite de coco

3 ovos
400ml leite de coco light
5 c sopa de água
3 c sopa de açúcar
30g de harussame, colocados de molho em água morna por 5 min
4 bananas nanicas maduras, descascadas e picadas
1 c chá de sal

Bata os ovos, adicione o leite de coco, a áuga e o açúcar. Mexa para misturar bem. Coloque essa mistura em uma assadeira ou repiciente com capacidade para 500ml.
Escorra o harussame e corte em pedaços pequenos.
Adicione o harussame, as bananas e o sal à mistura de ovos e mexa.
Cubra a assadeira com papel alumínio e coloque em um panela para cozinhar no vapor por 1 hora. Se você não tiver uma panela própria para fazer isso. Faça como eu, cubra com a folha de alumínio e coloque tudo em uma assadeira grande com um dedo de água quente e asse à 180C por 45-60 min. Como se fizesse um pudim. O creme está pronto quando uma faca inserida no meio saía limpa.
Sirva quente ou fria com sorvete de creme ou frozen yogurt.



Clique na foto para ampliar


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This is an indonesian dessert recipe. Banana and coconut milk is quite a pleasant combination . The most curious thing though is the use of cellophane noodles (picture above) and the slightly salty flavour of the custard.


Steamed coconut custard

3 eggs
400ml reduced fat cocounut milk
5 tbsp water
3 tbsp sugar
30g cellophane noodles, soaked in warm water for 5 min
4 ripe bananas, peeled and chopped
1 tsp salt

In a medium bowl, beat eggs. Add coconut milk, water, and sugar. Stir to combine.

Pour egg mixure into a 2-quart casserole dish.
Drain cellophane noodles and chop into small pieces.
Add noodles, bananas and salt to the egg mixture and mix well.
Cover the casserole dish with aluminum foil and place in a steamer for about 1 hour. If you do not have a steamer, fill a large rectangular cake pan with 1/2 inch of water. Place the casserole pan in the center of the cake pan and cover the entire thing with foil. Place in a preheated oven to 180C and bake for 45 min to 1 hour. The custard is done when a knife inserted in the center comes out clean.
Serve hot or cold with vanilla ice cream or frozen yogurt if you wish.


15.11.06

Amarettis

Receita de amarettis (em francês) da Estelle do Le hamburger et le croissant. Fiquei pensando no que levar para a Sonia Novaes, não podia ser bolo pois ia passar a manhã na faculdade e não teria onde deixá-lo, por isso escolhi essa receita. Meus amarettis viraram suspiros feitos com farinha de amêndoa, ficaram bem crocantes e derretiam na boca. Eles não ficaram muito perfumados porque não tinha a essência de amêndoa, uma pena, mas estavam bons. Os da Estelle ficaram mais arredondados, meu merengue ficou firme demais e depois de colocar a farinha de amêndoa, a massa ficou ainda mais pesada, fui colocando sobre o papel alumínio às colheradas e esperava que mudassem de forma enquanto assavam, eles cresceram e ficaram mais uniformes, mas não iguais aos originais. Gostoso junto com um cafezinho...

Amarettis

2 claras
150g de açúcar
175 g de amêndoas em pó (eu bati as minhas no liquidificador após retirar as cascas, mas acho que nem é preciso descascá-las, pois os biscoitos da Estelle pareciam mais escuros, tentei usar o processador de alimentos para moer as amêndoas, mas achei que o liquificador dava uma farinha mais fina, só é preciso ficar dando algumas chacoalhadas nele)
1 c café de extrato de amêndoas
um pouco de açúcar de confeiteiro para polvilhar

Preaqueça o forno à 200C. Bata as claras até que elas comecem a ficar brancas (bati até virar um suspiro firme, talvez seja melhor fazer isso, pois a Akemi me disse que não conseguiu obter um merengue mais firme depois de adicionar o açúcar), adicione o açúcar aos poucos (em três vezes, coloque o açúcar e bata, como se fizesse suspiro), a Estelle escreve que o suspiro não deve ficar muito firme, mas acho melhor esquecer essa recomendação! (O meu merengue ficou muito firme mesmo após adicionar a farinha de amêndoas). Com a ajuda de uma espátula de silicone, incorpore a farinha de amêndoas e o extrato de amêndoas.
Forre uma assadeira com papel alumínio e coloque pequenas porções da massa com a ajuda de uma colher deixando um espaço de cerca de 1 cm entre elas. (Um saco de confeitar ajudaria muito...) Polvilhe com açúcar de confeiteiro e asse por 10 min ou até que os amarettis fiquem dourados.

Obs. A Estelle escreve que os biscoitos se conservam crocantes em um recipiente hermeticamente fechado e se tornam um pouco mais macios em uma caixa de papelão, entretanto, como eu "errei" na hora de bater o merengue, acho que os meus amarettis ficaram mais firmes e perdem a "crocância" mais devagar.



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Recipe found on Estelle's blog (in French). My amarettis weren't as perfumed or beautiful as Estelle's, because I didn't have the almond extract and i beat the egg whites too stiff, but they were great! Yummy with a cup of coffee...


Amarettis

 
2 egg whites
150 g granulated sugar
175 g almond meal
1/4 tsp almod extract
confectioner's sugar

Preheat oven to 200C. Line a baking sheet with aluminium foil.
Beat the egg whites until foamy. Carefully add the sugar 50g at a time and beat until you have a not too stiff meringue. Fold in the almond meal and the almond extract.
Drop batter by teaspoonfuls 1 inch apart on the baking sheets. Sprinkle evenly with the confectioner's sugar. Bake for 10 minutes or until edges of cookies are golden brown. Cool completely on pans; carefully remove cookies from foil.

14.11.06

Almoço com a Miki!

Miki e o Haku

Fiquei dois dias em SP (de domingo até terça), O participou de um evento na Usp e ficamos hospedados em um hotel na Rebouças, o Lorena Hotel Internacional. O serviço é bom e os funcionários são atenciosos, mas ele é bem caidinho, com pinta de hotel que conheceu tempos melhores (há algumas décadas), mas como ele mantém um convênio com a universidade, não tivemos muita opção.


Comecei mal a minha estadia na cidade, chegamos na tarde de domingo morrendo de fome e fomos jantar cedo, escolhemos a Cantina do Piero, eu me arrumei, coloquei uma saia e botas de cano alto, estava me sentindo muito chique. Quando estávamos na calçada caminhando em direção a um táxi na frente do hotel, eu me estatelei no chão. Não tive tempo de pensar em nada, o mais surpreendente foi a rapidez com que me levantei! O nem teve tempo de me dar a mão, deve ter sido o vexame e o susto! Voltamos para o quarto, eu joguei fora a meia calça rasgada e coloquei um band-aid no joelho ralado (sempre ando com band-aids, por que será?). Vesti uma calça e calcei uma sapatilha e fomos novamente procurar um táxi. Felizmente, cheguei no restaurante inteira. A Cantina do Piero é decorada com bandeiras de times de futebol e de outros países e as paredes estão forradas com fotos da Itália e de pessoas conhecidas que passaram por lá, como várias cantinas típicas. A comida é bem farta e tem um preço bom. Pedimos uma salada mista enorme que serviria umas 4 pessoas (na salada: erva-doce, vários tipos de alface, chicória, rúcula, agrião, palmito e tomate temperados com um molho com bastante azeite). A salada e o couvert (pão italiano, azeitonas, sardela, berinjela e manteiga) já tinham saciado a nossa fome, mas eu ainda fui de canja (fazia frio na cidade!), que não achei tão suculenta, e O de pescada frita. Tudo regado com um Chardonnay da Finca Flichman, um vinho argentino que pode ser encontrado à venda também em supermercados. Boa e honesta comida.


No dia seguinte, fui até a Liberdade comprar algumas coisinhas logo cedo, estava à procura de algo que, em inglês, é chamado de "shrimp paste", na Marukai, um vendedor me deu um pote de molho Hoisin dizendo que aquela era a tal "pasta de camarão", fiquei desconfiada, mas achei que poderia usá-lo em outros pratos se não fosse aquilo e o comprei.


Voltando para o hotel, liguei para a Miki, do Cabeça Gorda (entre outros muitos blogs), e ela veio me buscar para conhecer seu apartamento e seus lindos, lindos, lindos, yorks! Ela tem um casal de yorkshire terriers e a fêmea, a Kiki, recentemente teve três filhotes, eles estão com menos de dois meses agora e são umas coisas fofíssimas! O macho, o Haku, é muito "saidinho" e ficou pulando no meu colo e trazendo uma bolinha para eu brincar com ele. Não sei como não o sequestrei antes de ir embora!


Parece que conheço a Miki há anos, foi tão normal ligar para ela do hotel e perguntar se ela viria me buscar sem nunca tê-la visto ou ouvido sua voz antes, mistérios das amizades feitas pela net! Conversamos bastante sobre várias coisas, ficamos vendo os cães se divertirem pela sala e almoçamos juntas. No cardápio um filé de frango com molho de mostarda de cassis, receita da Akemi que, de certa forma, também estava lá conosco, bem como a Sonia Novaes, pois levei uma lembrancinha adquirida na casa dela para a Miki. O frango estava delicioso, na verdade, estava tudo muuuito bom, uma comida caseira para ninguém botar defeito! Provei seu gâteau de batata e alho poró e a receita está aprovadíssima! Aliás, tudo está mais do que aprovado! De sobremesa, pêras cozidas com vinho, sorvete e iogurte caseiro. Tudo regado com um espumante Salton aberto para comemorar nosso encontro, não podia pedir mais nada, né? (Fiquei com dó do O que comeu muito mal na Usp e estava se sentindo meio enjoado à tarde, quando voltamos a nos encontrar no hotel).


Enquanto a Miki cozinhava eu folheava seus livros de cozinha, foi por meio de um deles, um livro de culinária chinesa, que descobri que o molho Hoisin não é o "shrimp paste", até que fiquei aliviada com o meu engano, pois a descrição da pasta de camarão não era das mais encorajadoras: "pasta feita com molho de soja e camarão fermentado, deve ser usada com moderação". Para não dizer que eu não dei nenhuma mãozinha à Miki enquanto ela cozinhava, eu posso dizer que ajudei a lavar alguma louça, só espero não ter deixado nenhuma sujeirinha nos pratos e talheres...


Foi mais um encontro gratificante e caloroso! Adorei ter conhecido a Miki, sua casa, seus trabalhos, suas bonecas, seu ateliê... Ela é uma pessoa de muito alto astral, criativa e energética! Espero que voltemos a nos encontrar muitas e muitas vezes! (Além disso, não sei se consigo ficar muito tempo longe do Haku!).

O pote de biscoitos (receita aqui) que a Miki me deu (Miki, dá para ver que os biscoitos sofreram uma pequena redução de um dia para o outro, não dá? Oops, O acabou de me avisar que pegou outro!)



Clique nas fotos para ampliar

Broche feito pela Miki, eu não resisti e comprei! Essas mulheres prendadas acabam com as minhas finanças!

12.11.06

Bolo de pêssego e gengibre

Como prometi, aqui está a receita de meu "bolo de aniversário" retirada de um blog canadense escrito em francês. Vocês já devem conhecer minha inclinação pelo exótico, portanto, não irão se surpreender se eu disser que o bolo é feito com farinha de arroz. Comprei um pacote imenso para fazer a receita de Bibingka (aliás, deliciosa!) e ainda tinha muito para usar, a receita pedia farinha de arroz escura (acho que basta tostar a farinha de arroz branca para obtê-la, mas não tenho certeza), mas usei a branca mesmo. Ficou bom! A massa cresceu muito, quando coloquei no forno era uma camada bem fina, fiquei até lamentando não ter uma forma menor (usei uma de 23cm). Se não me engano, o bolo pode ser consumido por celíacos.

Bolo de pêssego e gengibre

2 ovos
4 c sopa de azeite
4 c sopa de açúcar mascavo (ou demerara ou normal)
1/2 x de farinha de arroz escura (usei a branca mesmo)
1/2 x de maisena
2 c chá de gengibre em pó
1 c sopa de gengibre cristalizado picado (usei limão cristalizado, não encontrei o gengibre, mas recomendo que você use alguma fruta, pois ela dá uma "quê" a mais ao bolo)
2 c chá de fermento
1 1/2 x de pêssegos em fatias finas (usei muito mais!)

Preaqueça o forno à 180C.
Bata os ovos com o açúcar até que fique mais fofo. Incorpore o azeite e misture.
Em outro recipiente, misture a farinha, a maisena, o gengibre em pó, o gengibre cristalizado (ou outra fruta cristalizada) e o fermento. Junte a mistura de ovos e a metade dos pêssegos. Misture.
Coloque em uma assadeira untada e enfarinhada, cubra com o resto dos pêssegos e asse por 25 à 30 min, dependendo do tamanho da forma (a minha tinha 23cm).


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This was my "birthday cake", i saw the recipe on this blog (in French). You already know that i have a flair for the "exotic", so you won't be surprised if if i tell that this cake is made with rice flour. I had a lot of rice flour left after preparing the Bibingka recipe and wanted to use it. The recipe asks for brown rice flour but i used the white rice flour. It was good! The cake really rose high and was very tasty.

Ginger and peach cake

2 eggs
4 tbsp olive oil
4 tbsp dark brown sugar
1/2 c brown rice flour (used the white rice flour)
1/2 c cornstarch
2 tsp ground ginger
1 tbsp chopped candied ginger (i used candied lemon peel)
2 tsp baking powder
1 1/2 c peaches, cored and thinly sliced (I used so much more!)

Preheat ovent to 180C.
Beat eggs and sugar until foamy. Stir in the olive oil.
In another bowl, combine rice flour, cornstarch, ground ginger, candied ginger and baking powder. Add the egg mixture and stir well. Stir in half the peaches slices.
Pour the mixture into a greased baking dish, top with the remaining peaches slices and bake for 25- 30 min. (I used a 23cm baking dish)


10.11.06

Hoje eu conheci a Sonia Novaes!

Antes de postar a receita do bolo abaixo, eu preciso contar que hoje fiz uma visita à Sonia Novaes, do Cantos e Encantos, ela mora tão perto da Unicamp e estou por lá todas as semanas... Tinha que visitar a contadora de histórias oficial do Fórum do Cybercook ! Além de ver todas as "mineirices" que ela traz de suas andanças.

Cheguei às 14:00h e saí de lá as 16:00h e, ainda assim, porque meu marido veio me buscar! A culpa foi minha, tinha dito que voltaria para a universidade às 15:30h, mas a conversa estava tão boa... E a Sonia fez um cafezinho e um chá de frutas perfumado com frutas cítricas e canela (tomei várias xicarazinhas!)... Serviu biscoitos doces e de polvilho que atraíam as mãos por alguma força desconhecida... Um pão tão bom feito por ela mesma (trouxe um para casa e ele já está sendo consumido!), geléia de uvaia, uma mousse de tomate seco deliciosa (Sonia, quero a receita!) e uma torta de maracujá bem gostosa (comida às pressas antes de sair correndo). Fui comendo e conversando, ou melhor, ouvindo, pois sou melhor ouvinte do que falante, e o tempo foi passando... A Sonia é uma mulher maravilhosa, muito simpática, hospitaleira e calorosa. Poderia ter passado a tarde em sua casa aconchegante. Nem deu para ver direito as coisas lindas em tear que ela vende em sua lojinha/casa. Mas não deixei de fazer minhas comprinhas (como é possível ver pelas fotos acima), preciso voltar para apreciar tudo mais demoradamente. Saí com tantos agrados que fiquei até sem graça! Tinha levado apenas uma caixinha de biscoitinhos (receita a ser postada depois).


Detalhe da sacola em que a Sonia coloca seus produtos (clique nas fotos para ampliar)


Ganhei um vidro de frutas em conserva e uma geléia de pitanga


Vejam o detalhe da fruta esculpida, não é lindo? Acho que nem vou conseguir comer!

26.10.06

Frango com Sag

Receita do blog da Miki, o Cabeça Gorda, como ela explica, "sag" é espinafre na culinária indiana. Tinha congelado um maço de espinafre antes de ir para Fortaleza e resolvi colocá-lo em uso para desocupar espaço no freezer. Adoro pratos cheios de especiarias, acho que dá uma levantada na moral e não me decepcionei com este aqui, a combinação de sabores é perfeita! A Miki tinha escrito que o espinafre soltava muito líquido, para dar uma engrossada no molho, há dois truques: 1- você pode polvilhar o frango cortado com um pouco de farinha antes de cozinhá-lo, ou, 2- você dissolve um pouco de maisena em um pouco de água e acrescenta ao molho no final do cozimento. Usei a segunda opção, poderia ter engrossado mais, mas preferi assim. Também omiti os 100ml de água da receita original. Ficou delicioso com um arroz japonês integral.


Frango com Sag

2 colheres (sopa) de manteiga (usei óleo de canola)
2 cebolas cortadas fininhas
2 dentes de alho socados (usei fatiados)
1 colher (sopa) de sementes de mostarda
2 colheres (chá) de coentro em pó
2 colheres (chá) de gengibre em pó (usei um pedaço de gengibre fresco bem pequeno picadinho)
1 colher (chá) de chilli em pó
1 colher (chá) de açafrão em pó (usei açafrão da terra/cúrcuma)
1 kg de coxas de frango sem pele nem osso, cortadas em pedaços grandes (usei peito em cubos, dei uma temperada com sal antes)
125 ml de iogurte natural
500 g de espinafre novo (usei talos e tudo)
sal a gosto

Aqueça o óleo em uma panela grande e refogue ligeiramente o alho e a cebola. Os legumes não devem mudar de cor, apenas ficar transparentes. Agregue as especiarias e sal a gosto até que estejam fragrantes, mexendo sempre.
Acrescente o frango e mexa bem para que ele fique impregnado da mistura. No fogo moderado, refogue por cerca de 10 minutos, mexendo freqüentemente até que o frango tenha mudado de cor de todos os lados.
Adicione metade do iogurte, cozinhe por mais 5 minutos, mexendo quando necessário até que todo o iogurte seja absorvido.
(Eu não li a receita direito e não dividi a quantidade de iogurte, coloquei tudo na panela!).
Adicione o espinafre, mexa bem para misturar, tampe e cozinhe em fogo baixo por mais 10 minutos ou até que o espinafre tenha murchado e que o frango esteja macio quando testado com um garfo.
Revise os temperos, adicione um pouco de maisena dissolvida em água para engrossar o molho caso necessário, e sirva quente, regado com o restante do iogurte.
Eu fiz metade da receita.

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Miki's recipe, as she explains on her blog, "sag" is spinach in the Indian cuisine. I had frozen some spinach before travelling two months ago and decided to cook it now to have some room in my freezer. I love spicy dishes, somehow I feel that they make me feel more energetic. I wasn't disappointed by this dish, a perfect combination of flavours!

Chicken with Sag

 
2 tbsp butter (I used canola oil)
2 thinly sliced onions
2 cloves garlic, minced
1 tbsp mustard seeds
2 tsp ground coriander
2 tsp ground ginger (I used fresh)
1 tsp chilli
1 tsp turmeric
1 kg deboned and skinned chicken thighs cut into big chunks (I used chicken breasts)
125 ml yogurt
500 g spinach
salt to taste

Heat oil in a large saucepan and sautée garlic and onion until translucent. Add the spices and salt until they are fragrant, stirring constantly.
Add the chicken and stir well to coat the pieces with the spice mixture. Cook for 10 minutes, until they are browned on all sides.
Add half the yogurt, cook for 5 minutes, stirring when necessary, until the yogurt is absorbed.
Stir in the spinach and cover. Cook over low heat for 10 minutes or until the spinach wilts and the chicken softens.
Taste the seasoning, and if the sauce is too liquid, add 1 or 2 tbsp of a mixture made with cornstarch dissolved in some water to thicken it. Serve hot with remaining yogurt and rice.

20.10.06

Bolo de mamão, aveia e nozes

Queria um bolo para usar um pedaço de mamão que tinha sobrado na geladeira. Sabe quando você compra um mamão e ele fica amarelo, mas continua meio duro e sem gosto, como se não tivesse amadurecido direito? Pois esse foi o caso desse mamão, comemos o que deu. Achei uma receita de bolo que adaptei tanto que prefiro nem dar a versão original, ele virou uma criação minha e fiquei muito orgulhosa com o resultado. Ele ficou muito macio e úmido, com gostinho de aveia e especiarias.


Bolo de mamão, aveia e nozes

110g de farinha
100g de farelo de aveia (ou aveia em flocos finos)
1/2 c chá de sal
200g de açúcar mascavo
1 c chá de bicarbonato de sódio
250ml (1 xícara) de mamão bem amassado
1/2 x de óleo de canola
2 ovos
1/2 x de nozes picadas
1/4 c chá de canela em pó
1/4 c chá de noz moscada em pó
1/4 c chá de cravo em pó (ou allspice)

Peneirar os ingredientes secos em uma tigela, em outra, misturar os ingredientes líquidos. Adicione essa mistura aos ingredientes secos, misture tudo muito bem. Coloque as nozes, mexa e despeje em uma forma de bolo inglês untada. Asse até que um palito inserido no meio do bolo saía limpo. Desenforme e sirva depois de frio.


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I can say that this cake is (kind of) my creation and i'm very proud of it. It turned out very moist and delicious.


Papaya, oats and nut cake

 
110g flour
100g oat bran
1/2 tsp salt
200g dark brown sugar
1 tsp baking soda
250ml (1 cup) mashed papaya
1/2 c canola oil
2 eggs
1/2 c chopped walnuts
1/4 tsp cinnamon
1/4 tsp ground nutmeg
1/4 tsp ground cloves (or allspice)

Sift all the dry ingredients into a bowl. In another bowl, combine the liquids and eggs. Add this mixture to the dry ingredients and stir well. Stir in the wanuts. Pour the mixture into a greased loaf pan. Bake 50-60 minutes until a straw poked in the very center of the loaf comes out clean. Let it cool before serving.




9.10.06

Muffins de centeio com banana e maçã

(Nota: Eu tinha escrito farinha de cevada, mas é farinha de CENTEIO, acho que escrevi certo só em um lugar, não sei onde estou com a cabeça!)

Fiquei procurando receitas para usar minha farinha de centeio e achei esta aqui em um suplemento do jornal "The Guardian", não conhecia o suplemente e gostei bastante, há receitas para todos os gostos divididos por chefs. Também gostei bastante do resultado da receita, eu fiz, como sempre, algumas modificações, tinha uma banana sobrando e acabei colocando junto com a maçã, cuja quantidade considerei mínima. Não usei manteiga, mas cerca de 60ml de óleo de canola e também não coloquei o golden syrup (pode ser substituído por mel, melado ou karo) e achei que não faltou doçura. A receita é para um bolo, mas assei em forminhas de muffins para poder congelar. Descobri que a banana extra tornou a massa um pouco mais úmida do que tinha imaginado e tive que tomar cuidado para desenformar os muffins, mas estavam deliciosos! A farinha de centeio também me surpreendeu, o sabor não é muito diferente da farinha integral.


Muffins de centeio com banana e maçã

1 maçã média (cerca de 125-150g) /(Coloquei uma banana extra)
canela para polvilhar
75g de amêndoas em lascas
150 g de farinha de centeio
2 c chá de fermento em pó
75g de manteiga sem sal (substituí por cerca de 60ml de óleo de canola)
50g de golden syrup (aqui pode ser substituído por mel, melado ou karo. Eu o suprimi.)
100g de açúcar mascavo
75ml de leite
1 ovo
açúcar demerara (opcional)

Unte uma forma de bolo inglês (cubra o fundo com papel manteiga para facilitar) e preaqueça o forno à 170C.
Descasque, retire as sementes e corte a maçã em pedaços de 1cm, polvilhe com canela e reserve.
Moa 50g das amêndoas (reserve o resto para polvilhar no final), junte à farinha e ao fermento.
Aqueça a manteiga, o golden syrup e o açúcar mascavo em uma panela em fogo baixo até que o açúcar dissolva (sem ferver ou aquecer demais, eu não fiz essa parte, pois não usei manteiga e não coloquei o golden syrup ou qualquer outro substituto). Retire do fogo, adicione os ovos batidos e misture aos ingredientes secos. Misture a massa às maçãs e derrame tudo no forno. Dê leves batidas na forma para que não ser formem bolhas na massa. Polvilhe com as lascas de amêndoas restantes e um pouco de açúcar demerara. Asse por 35-40min ou até que inserindo o palito, ele saía limpo. Corte depois de frio.



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I was looking for a recipe to use some rye flour I had left and found this one here. I liked the recipe, but changed it a little. I added a banana to it and substituted the butter for canola oil (about 60ml). The golden syrup was gone too and I think that the muscovado sugar gave it all the sweetness that it needed. I baked the cake in muffin tins because i wanted to freeze some of them. The muffins turned out great and the rye flour was just as good as whole wheat flour.

22.9.06

Birchermüsli

Não tenho cozinhado grande coisa desde que voltei de Fortaleza, os três dias sem pisar na cozinha parecem ter durado uma eternidade e arrefeceram meu entusiasmo pelas panelas. Acho que voltei para o estágio em que estava quando me casei, quando preferia estar fazendo outras coisas a cozinhar. Mas deve passar logo, tem que passar, afinal, a comida não se faz sozinha!

Contrariando meus hábitos, comprei um livro de culinária! Eu já o estava namorando há um ano, eu o vi pela primeira vez em uma livraria de SP, fomos a um lançamento de um livro no qual O tinha um artigo e, enquanto ele papeava com seus conhecidos, eu fiquei percorrendo as prateleiras. Ele se chama Fazenda Pinhal: Caderno de receitas e histórias de família. A autora, Helena Carvalhosa, é proprietária da Fazenda que, hoje, é um hotel-fazenda em São Carlos e faz parte da Associação Roteiros de Charme. Não conheço, mas parece um bom local para relaxar. As receitas são simples, foram contribuições de hóspedes, e são interessantes porque estão impressas da forma como cada um as escreveu no caderno de visitas.


Fiz esta aqui para comer no café da manhã, é bem gostosinha, deve fazer um bem danado para a saúde e para a beleza! rs


Birchermüsli (Do Caloca Fernandes)

1 c sopa de aveia em flocos
3 c sopa de água
1 maçã ralada com casca
2 c sopa de iogurte natural (ou 2 c sopa de leite evaporado)
1 c sopa de mel
1 c sopa de suco de limão

Na véspera, deixe a aveia de molho na água em uma tigela. Na manhã seguinte, adicione os demais ingredientes e misture. Se quiser, coma salpicado com frutas secas, como passas, damascos picados, amêndoas torradas....


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Sorry people, I haven't been cooking much lately. I've bought a cookbook and hope it'll inspire me. This is a simple breakfast dish, it is written that it can do wonders for your health if eaten everyday!

Birchermüsli (Caloca Fernandes recipe)
1 tbsp oats
3 tbsp water
1 small grated apple
2 tbsp natural yoghurt
1 tbsp honey
1 tbsp lemon juice

Soak oats in water in the night before. The following morning, stir in all the remaining ingredients. Serve sprinkled with raisins, apricots, berries, nuts....

20.9.06

Fortaleza 5 - Mercado Central

Interior do Mercado Central


Para alívio de todos aqueles que já devem estar cansados de ler sobre minhas andanças em Fortaleza, este é meu último post sobre a cidade (há outros no blog Nos quatro cantos do mundo). O Mercado Central fica perto do centro (como o nome diz) e é enorme, quatro andares (+ o estacionamento) ligados por escadas e rampas onde você encontra vários boxes vendendo de tudo. No primeiro andar concentram-se as lojinhas de itens da culinária local como castanhas de caju torradas, glaçadas, cruas, salgadas ou não; vidros de cachaça com cajus inteiros dentro da garrafa ou lagostas, rapadura, etc. Os preços variam, as castanhas de caju "tipo exportação" são as mais caras, mas são graúdas, nunca tinha visto castanhas tão bonitas e custando cerca de metade do preço do que pago em SP. Se você levar castanhas "machucadas", um pouco quebradinhas, irá pagar ainda menos pelos pacotes de 500g ou 1kg. As castanhas do Pará, apesar de não serem encontradas em todas as lojas, também são bem mais bonitas e baratas do que aqui no sudeste. 

Em nome da curiosidade, comprei uma garrafa de cajuína, uma bebida não alcóolica e não fermentada feita com caju, o vendedor disse que eu deveria bebê-la bem gelada. Deixei-a algumas horas no frigobar do hotel e experimentei. O aroma é forte e um pouco desagradável, mas o sabor é muito bom, suave e doce, apesar de não levar açúcar. A cajuína também não leva nenhum outro tipo de aditivo ou corante químico e se estivesse à venda por aqui eu a compraria sempre! Vi sorvetes de massa feitos com frutas da região e mesmo de tapioca em uma sorveteria lá dentro, mas não experimentei. Ainda no primeiro andar, você também encontra descansos de mesa feitos com palha (acho que é palha) de todos os tamanhos e artigos como colares de semente, brincos e bolsas.

No estacionamento, há barraquinhas que vendem enfeites de casca de coco e outros balangandãs.
Não resisti e comprei alguns colares e brincos de resina e sementes por R$5,00 e R$3,00.

Nos andares superiores, há lojas abarrotadas de roupas, toalhas e caminhos de mesa, panos de prato e os mais variados artigos de cama, mesa e banho bordados, feitos no tear ou de renda. Há lojas com artigos de couro (de jegue, segundo os vendedores me informaram) por preços bons e bolsas de palha muito bonitas.
Os preços não variam muito, mas é bom andar bastante para não fazer o que eu fiz, logo no primeiro andar, fiquei olhando uns caminhos de mesa, perguntei o preço para o vendedor e ele me disse um valor, fiquei em dúvida e ele o baixou um pouco mais, porque, dizia, ele já estava de saída e precisava fechar as contas... Acabei achando que era um bom negócio e fiz a compra, à medida que ia subindo para os andares superiores, descobri que o mesmo artigo custava menos em todas as lojas, faltou pouco para eu voltar e fulminar o espertalhão!

Não sei se os vendedores agem da mesma forma com todos, mas me sentia uma turista em um mercado árabe, todos procuravam mostrar seus produtos e me convencer a entrar em suas lojas, cansei de dizer "Não, obrigada!". Chegou uma hora em que eu já nem olhava para os lados. Como nos mercados árabes, quando perguntava por um preço e recusava a oferta, os vendedores faziam alguma proposta "irrecusável".
De qualquer forma, se for a Fortaleza, não deixe de ir ao Mercado Central, vale a pena! Vá ao Centro Cultural Dragão do Mar que também fica perto e, se ainda der tempo e não estiver cansado, passe pela ponte dos Ingleses. Da Avenida Beira Mar, é possível pegar o Circular e ver tudo andando um pouco ou fazendo visitas em etapas. Se tiver coragem, e eu não recomendo, vá de moto-táxi, é mais barato do que o táxi comum!


Cajuína



Castanha do Pará e de caju

19.9.06

Fortaleza 4 - Restaurantes

As escolhas de restaurantes em Fortaleza foram quase todas baseadas em sugestões de conhecidos e guias de viagem e acho que elas não foram de todo más. Tivemos várias boas surpresas.

No primeiro dia, após descobrirmos que a comida do hotel não era a melhor opção, decidimos nos aventurar por restaurantes próximos, pois não tínhamos tempo para ficar indo para locais mais afastados. À noite, a professora que nos ciceroneava pela cidade nos levou para jantar no restaurante La France. Você entra em um salão cheio de quadros nas paredes e se senta em uma das várias mesas de madeira. Pedimos um "peixe à belle meunière", ele veio bem temperado com limão e grelhado em uma mistura de ervas e manteiga, acompanhado de batatas cortadas bem fininhas e fritas até ficarem crocantes. Estava bom, apesar de achar que havia um pouco mais de óleo na refeição do que estou acostumada a comer. Nossa cicerone gosta muito desse restaurante e acho que é uma boa opção, ele está fora da rota dos turistas e os pratos servem duas pessoas por bom preço.


Outro restaurante que ficava próximo do hotel (apenas dois quarteirões) era o Cemoara, no Guia 4 Rodas de 2005, constava que ele era o melhor restaurante de pescados da cidade. Confiando nessa avaliação, liguei para o número do guia para saber qual o horário de funcionamento e o número foi parar em uma cantina com o mesmo nome, alguém me informou que o restaurante havia sido dividido em dois (cantina e pescados) e me passou o número do outro estabelecimento. Confirmei que o restaurante funcionava na hora do almoço e fomos lá. Ele fica no saguão do hotel Mercure e, apesar de não ser grande, é bem arrumadinho. Os garçons são super simpáticos e ficamos papeando um pouco, éramos praticamente os únicos comensais da casa. Pedimos um carpaccio de salmão como entrada (muito bom!), e continuamos com um Filé de beijupirá à Delícia (um peixe local grelhado e coberto com uma banana e bechámel, muito bom, se você entrar em outro restaurante e ler "peixe à Delícia", experimente!) e um salmão com molho de laranja. Ambos os pratos eram bem feitos, mas não sei se o restaurante merecia a estrela do Guia. A carta de vinhos é divertida, eles trazem um carrinho onde estão expostos todos os vinhos da casa com os respectivos preços, você escolhe e eles trazem uma garrafa da adega climatizada. O dono do restaurante é português e importa os vinhos diretamente de Portugal, havia muito pouca coisa da América do sul, uma pena. (Vi uma garrafa de Pera Manca por R$750,00!). Bebemos uma garrafa de Chardonnay chileno que estava mais em conta, mas bem esquecível (já nem lembro o nome), como não íamos beber tudo, perguntamos se eles poderiam guardar o que sobrasse para quando voltássemos ao restaurante e eles disseram que sim. Ah! O pessoal era tão atencioso! Acho que decidimos retornar por isso. Voltamos lá na noite seguinte para comer lagosta e terminar nossa garrafa! Li que ela era mais barata naquela região, mas eu não achei. O diferencial do restaurante, segundo o maître, era que a lagosta deles era grande, eles não compravam lagostas menores do que as especificadas por um determinado padrão. Você tinha a opção de pagar pelo peso (cada 100g) ou o valor do prato, escolhemos a primeira opção e dividimos o rabo de uma lagosta em dois pedaços, o de O virou uma "lagosta ao molho Thermidor" e o meu foi grelhado e servido com batatas coradas. Não era uma quantidade fenomenal, mas estava bom. (O não gostou muito do prato dele, achou salgado). Comemos crepes suzettes de sobremesa. Eles fazem a calda de laranja na hora, em um fogareiro no meio do restaurante, muito gostoso.


Para aliviar o nosso bolso e voltar à nossa dieta, almoçamos em um restaurante natureba por quilo chamado Gergelim (outra sugestão de nossa cicerone), ele fica meio escondido em uma avenida movimentada, você pode comer no salãozinho climatizado com mesas de granito bruto (a superfície delas é irregular, há uma certa dificuldade em manter os pratos e copos em uma posição estável) ou do lado de fora, no pequeno jardim arborizado dos fundos. Há opções de saladas e pratos quentes feitos com soja, peixe e frango. Gostei bastante do lugar, a lista de sucos é enorme e eles preparam a mistura que você quiser, O pediu um suco de aipo, cenouras e pepinos eu fiquei no de melancia. As sobremesas também são pagas por quilo, são quase todas light, há salames de chocolate, cheesecakes (não gostei), bolo de frutas e um tiramisú de tofu fantástico! Ele não tinha gosto nenhum de tofu e era melhor do que muitos tiramisús que já provei, fiquei tão impressionada!


O último restaurante da lista é o Pulcinella, onde jantamos em nosso último dia em Fortaleza, prometi a mim mesma que se voltasse algum dia (e pretendo voltar!), iria comer lá mais uma vez! Apesar do restaurante ser italiano, ele não tem nada de uma cantina, muito sofisticado, com uma decoração de bom gosto. Ar condicionado no salão e mesinhas, à noite, do lado de fora (e muitos seguranças ao redor do restaurante). Além de pratos de massa muito criativos, há opções igualmente interessantes de carne, aves (até avestruz!) e peixes. Como tínhamos comido um sanduíche à tarde, escolhemos pratos leves. Havia uma mesa com antepastos a quilo, mas ficamos em uns pasteizinhos de salmão de entrada e espaguete integral com brócolis, tomates secos e camarões. Os pasteizinhos eram redondinhos e massudos, (lembravam aquelas massas fritas feitas com pinga) bem crocantes e recheados com uma porção de salmão. Eu gostei, O esperava pasteizinhos com massa fina, de feira. O espaguete estava muito bom. Só o O leu a carta de vinhos e disse que ela precisava melhorar, só vi as garrafas nas prateleiras e aquelas que estavam expostas eram as de marcas mais populares.


Bem, não comi a famosa caranguejada! Fiquei na vontade, o maître do Cemoara nos disse que todas as quintas é dia de caranguejada na cidade e se você for até as barracas da Praia do Futuro à noite, vai ouvir o "toc, toc, toc" dos martelinhos quebrando as cascas dos bichos logo que chegar. Para não dizer que fui a Fortaleza e não passei pela praia do Futuro, eu peguei um táxi e pedi para ser levada até a barraca do "Chico do Caranguejo"! A praia fica meio afastada da cidade e, para quem estava esperando uma área tão urbanizada quanto a Avenida Beira Mar, foi uma surpresa e tanto ver uma praia cercada por terrenos quase vazios (a imaginação da gente prega peças!). As barracas são enormes e com boa infraestrutura. O taxista disse que não havia quase ninguém na praia naquele horário (16:00hs) e que o pessoal das barracas estava se preparando para receber gente para o forró da noite. Acabei pedindo para ele me levar de volta sem descer do táxi. Achei que era um programa meio furado ficar por ali sozinha. Se ainda tivesse alguém para me acompanhar, teria descido, andado pela praia e dividido alguns caranguejos. Também não tinha como avisar O sobre onde estava, o celular da Vivo não funciona em Fortaleza, vivíamos marcando nossos encontros pelo relógio. Para banhos de mar, fui informada, aquele é dos melhores locais e devo concordar


E assim, após nossas incursões gastronômicas, retornamos para casa falidos!

16.9.06

Fortaleza 2 - O hotel

Av. Beira Mar de frente para hotel


Idem


Ficamos hospedados em um hotel chamado Olympo, na praia do Meireles, a localização é ótima, pois fica na praia logo na frente da Av. Beira Mar, onde há um calçadão que vive cheio de gente fazendo caminhadas e correndo de um lado para o outro. A opção não foi nossa, como há um convênio entre o hotel e a universidade, não tivemos opção. O primeiro quarto em que entramos, ficava no terceiro andar voltado para um outro prédio e para o exaustor da cozinha e, além do barulho, havia o cheiro de comida sendo feita (peixe frito naquele momento). Pedimos para mudar e fomos encaminhados para um quarto no primeiro andar, ele parecia não ter sido reformado como o anterior, mas ficava voltado para o mar e não havia (tanto) barulho, não gostei do guarda-roupas, parecia que alguém havia deixado roupas molhadas na prateleira superior e o cobertor que estava por lá cheirava à coisa molhada que não havia secado direito, apesar disso, não pedimos para mudar de quarto, sabe-se lá onde iríamos parar. Acho que não recomendaria o hotel para ninguém, talvez haja quartos melhores, mas tenho minhas dúvidas. No último dia, eu saí cedo para assistir à uma conferência e quando voltei pouco antes do almoço, havia uma bandeja com meio hambúrguer e algumas fritas em uma bandeja no chão do corredor, alguém devia ter pedido o prato para o serviço de quarto e deixado do lado de fora para ser retirado depois, vocês acreditam que ele continuava por lá até às 17:00hs? Já havia uma mosca rondando, foi quando O foi avisar a recepção que logo algumas baratas iam passar e levar tudo. A internet lá era um roubo: R$ 5,00/15min, andando 5 min havia um internet café que cobrava R$6,00/hora, vi por menores preços perto da universidade, mas aí ficava fora de mão. O uso do cofre também era cobrado, ele ainda funcionava com o uso do "trancão" e não de modo automático, eu tinha que andar com a chave de um lado para o outro e se a perdesse ainda pagaria R$100,00. Pouco prático.

Recebemos "vales" da universidade para comermos no hotel, mas só o usamos no primeiro dia, assim que chegamos, sem almoço e cansados. O pediu um prato de peixe ao molho de manga com arroz e batatas no menu à la carte. Não minto se disser que o peixe não tinha gosto nenhum! Estava lamentável, decidimos não voltar mais lá, pois, se o menu à la carte era assim, imaginamos que o bufê do almoço e do jantar não deveria ser melhor. Devolvemos os "vales" e ficamos comendo aqui e ali. Acho que foi a melhor coisa que fizemos. Um outro dia, quando voltávamos do nosso almoço, encontramos outros professores comendo no restaurante do hotel e o prato de penne que dois deles pediram parecia o macarrão que serviam na merenda escolar da minha época de primário, uma massa corada com extrato de tomate, não havia molho em lugar algum. Um professor português que tinha se aposentado em Portugal e estava dando aulas como convidado em uma universidade da Paraíba olhava para aquilo e dizia, com aquele sotaque maravilhoso, "vocês não vão conseguir chegar à metade do prato! Está horroroso!" e, olhando para seu próprio prato de salmão com batatas e arroz, dizia resignado "Está horrível, no primeiro dia ainda estava bom, mas hoje, está horrível!" (Ele falava sério, não gostaria de convidá-lo para uma refeição, pois ele dizia exatamente o que pensava, sem dó nem piedade! rs) Quando fomos comer em outro restaurante, ele pediu um prato de bacalhau a Gomes de Sá e disse que devolveria o prato se não estivesse bom. Acho que nós ainda nos sentimos meio constrangidos em agir dessa forma, mas ele está certo, não está? Se pagamos, se nos garantiram que o que pedimos vai estar ótimo e se o prato nos desaponta, temos que reclamar! Felizmente o bacalhau estava bom e não precisamos ver o simpático garçom levar o bacalhau de volta. 
O café da manhã do hotel, entretanto, era muito bom. Havia uma mulher preparando tapiocas na hora e cada um podia escolher o recheio: queijo, presunto, manteiga, leite condensado... Havia bolos de batata-doce (não gostei), milho, fofo e macaxeira, e ainda pão de queijo e arroz doce. Encontrei até um sapoti entre as frutas e tratei de experimentá-lo. Ele lembra um kiwi sem os pelinhos e mais arredondado na forma, por dentro, ele é meio marrom-alaranjado com sementes achatadas, compridas e pretas. Sua consistência lembra um pouco a do caqui maduro um pouco mais granulosa. Seu sabor é suave, mas não consegui lembrar de nada com que pudesse compará-lo.
Minha opinião: acho que há hotéis mais interessantes nos arredores.

*Escrevo mais sobre Fortaleza também no blog coletivo Nos quatro cantos do mundo.

5.9.06

Balzac e a costureirinha chinesa

Vi um filme muito bonito nesse final de semana, chama-se "Balzac e a costureirinha chinesa", ele é baseado em um romance autobiográfico do autor-diretor Dai Sijie. A história se passa na China comunista dos anos 70. Dois rapazes, Luo e Ma, são mandados para um vilarejo em uma região montanhosa linda e miserável para serem educados de acordo com os princípios maoístas, pois seus pais são considerados reacionários e inimigos do comunismo. Seus dias são dedicados a carregar estrume de porco para fertilizar as plantações e a trabalhar em uma mina.

É ali que eles conhecem a costureirinha que decidem instruir por meio de livros de Balzac e Flaubert roubados de um outro jovem que também está no vilarejo para ser reeducado. Ao final, são essas leituras de livros proibidos que vão decidir muito do destino dos personagens.


Logo no início do filme, quando o chefe do vilarejo verifica a bagagem dos dois em busca de materiais proibidos pelo regime, ele encontra um livro de culinária. Ele pede para que Luo leia um pedaço para ter uma idéia do conteúdo e a receita é mais ou menos a seguinte:


100g de carne de frango, gengibre, 10 nozes... Alguém pergunta se no lugar das nozes poderia usar amendoins... O chefe bufa, pega o livro e joga no fogo, dizendo: "Ninguém será corrompido por seu frango burguês!" O violino de Ma só não vai para o fogo porque Luo é mais esperto e diz que Ma irá tocar uma música chamada "Mozart está pensando em Mao". Hahaha! Sei que situações desse tipo não devem ter sido nada engraçadas, mas o filme é assim... Simples, belo, comovente...

As mil e uma noites

"Ora, naquela noite, a mãe de Hassan tinha preparado uma refeição excelente. Primeiro, ela lhes serviu galettes grelhadas na manteiga, recheadas de carne moída e de piñolis; depois, um capão bem gordo, cercado por quatro grandes frangos; depois, um ganso recheado de passas e pistaches, e, finalmente, um guisado de pombos. E tudo aquilo era, de fato, agradável ao paladar e aos olhos. Logo, sentando-se diante dos pratos, os dois comeram com grande apetite e Abul-Hassan escolhia os pedaços mais delicados para servir ao seu hóspede. Quando eles tinham terminado de comer, o escravo lhes trouxe o jarro e a bacia, e eles lavaram as mãos enquanto a mãe de Hassan retirava os pratos de comida para servir os pratos de frutas repletos de uvas, tâmaras, marzipam e todos os tipos de coisas deliciosas. E eles comeram até ficarem satisfeitos para, em seguida, começarem a beber."


História do rapaz adormecido que foi despertado - As mil e uma noites, 623a. noite.


Voltei a ler
As mil e uma noites, estou na noite número 629. Tinha deixado o livro de lado por quase 2 anos, estou no segundo volume de quase 1000 páginas. No começo havia a novidade, aquele mundo mágico que trazia Bagdá para perto de você, mas depois de quinhentas noites, as histórias começam a ficar repetitivas e não dá mais para lê-las de um trago só. Aos poucos é melhor. Ainda não cheguei em "Ali Babá e os 40 ladrões" ou em "Aladdin e a lâmpada mágica".

O que é interessante é descobrir como as histórias chegam até nós em versões deturpadas, elas estão longe de ser contos infantis ou doces. Elas tratam abertamente de sexo e de todos os outros prazeres humanos.
As mil e uma noites celebram a vida e não deixam nada de fora.

4.9.06

Pão integral

Achei esta receita aqui. Os ingredientes dos pães que faço não variam muito, sempre uso farinha de trigo integral e grãos, mas a quantidade dos ingredientes faz bastante diferença no produto final. Adorei a textura destes pães, eles são macios e crescem bastante. Nota 10 com louvor. Amassei por 10 minutos na máquina de pão, mas não é preciso, foi preguiça mesmo, a massa é super manuseável. Modelei os pães, deixei crescer um pouco e assei. CORREÇÃO: Fiz 1/3 da receita e adicionei sementes de linhaça e girassol, mas nem é necessário, pois o pão já super nutritivo.


Pão integral

3x de água morna
1x de óleo
3 ovos
1 c sopa de sal
1 x de açúcar mascavo
1 x de farelo de trigo
1 x de gérmen de trigo
2 x de farinha de trigo integral (fino)
2 x de aveia em flocos ou farinha de aveia
2 c de chá de fermento biológico instantâneo seco
Aproximadamente 1 kg de farinha de trigo

Misture o óleo, os ovos, o sal e o açúcar mascavo. Mexa e coloque o farelo de trigo, o gérmen de trigo e a água morna. Misture e acrescente o fermento, o trigo integral e a aveia. Misture novamente e coloque trigo até ficar uma massa dura. Sove bem, por cerca de 10 min. Leve para crescer por aproximadamente 1 ou 2 horas. Divida a massa em três partes. Enrole o pão e coloque em assadeiras de bolo inglês untada com óleo e deixe crescer por mais 1 ou 2 horas, até que cresça bastante. Leve para assar em forno médio por cerca de 40 min.
Nota: Se usar a máquina para amassar coloque os ingredientes na ordem sugerida pelo fabricante.


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I've found this recipe here (in Portuguese). Even if the main ingredients i use when I make bread don't change much, (I always use whole wheat flour and grains) their quantities are never the same and it makes a big difference when it comes to texture. I loved the texture of these breads, they were soft and delicious. I kneaded the dough for 10 minutes in the bread machine, (but you can knead it as you are used to), shaped and let them rise before baking. CORRECTION: I made 1/3 of the recipe and added linseeds and sunflower seeds, but it is optional, the bread is great the way it is.


Whole wheat bread

3 cups warm water
1 cup oil
3 eggs
1 tbsp salt
1 cup dark brown sugar
1 cup wheat bran
1 cup wheat germ
2 cups whole wheat flour
2 cups oats or oat flour
2 tsp active dry east
About 1 kg flour

Combine oil, eggs, salt and sugar. Add wheat bran, wheat germ and warm water. Stir well. Add east, whole wheat flour and oats. Combine everything well and add the flour little by little until you are able to work with the dough. Knead for some minutes (the longer the better). Allow it to rise for about 1 to 2 hous. Divide the dough into three balls. Shape each of them and put in greased loaf pans. Leave them to rise for 1 to 2 hours. Bake at 190C for about 40 min.
N.B.: If you use the bread machine add the ingredients in the order recommended by the manufacturer.


2.9.06

Bolo de cenoura com nozes e passas

Esta receita está em uma daquelas coleções que contém receitas "ultra-secretas" de grandes redes de restaurantes dos Estados Unidos. Este bolo é de um café chamado Mimi. Fiz algumas alterações, mas gostei muitíssimo dele. (Assei em forminhas de muffins, porque assim posso congelar)

Bolo de cenoura com nozes e passas

1 1/2 de farinha (substituí metade da farinha normal pela farinha integral)
1 c chá de canela
1 c chá de fermento em pó
1 c chá de bicarbonato de soda
1 c chá de sal
1 x de óleo de canola (coloquei 3/4 x)
1 x + 2 c sopa de açúcar (coloquei apenas 3/4 x de açúcar mascavo)
3 ovos
1/4 x de melado
1/2 c chá de essência de baunilha
1 x de cenoura ralada no ralador grosso
1 x de passas
3/4 x de nozes picadas

Preaqueça o forno à 200C.
Misture a farinha, o fermento, o bicarbonato e o sal e uma tigela.
Em outro recipiente, coloque os ovos, a baunilha, o óleo, o açúcar e o melado, misture tudo muito bem com um mixer ou com uma batedeira (não usei). Adicione a cenoura e mexa. Adicione as passas e as nozes. Coloque os ingredientes secos e misture bem. Coloque a massa em duas formas de bolo inglês (20cm) untadas. Asse por cerca de 60 min ou até que inserindo um palito, ele saía limpo.

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This is one of those recipes which is supposed to be a version of a famous recipe from some famous restaurant or eating place in the EUA. This cake is supposed to be from Mimi's Café, i don't know the place, but i liked it.

Carrot cake with nuts and raisins

1 1/2 cups all-purpose flour (I substituted half the flour with whole wheat flour)
1 teaspoon cinnamon
1 teaspoon baking powder
1 teaspoon baking soda
1 teaspoon salt
1 cup vegetable oil (I used only 3/4 c)
1 cup plus 2 tablespoons granulated sugar (I used 3/4 c dark brown sugar)
3 eggs
1/4 cup molasses
1/2 teaspoon vanilla extract
1 cup shredded carrot
1 cup raisins
3/4 cup chopped walnuts

Preheat oven to 350 degrees.
Combine flour, cinnamon, baking powder, baking soda, and salt in a large mixingo bowl. In another bowl, combine oil, sugar, eggs, molasses, and vanilla with an electric mixer. Add shredded carrot and mix. Add raisins and walnuts and mix well by hand.
Pour flour mixture into the other ingredients and stir until combined.
Pour batter into two ungreased 8-inch loaf pans (i used muffin tins because it would be easier to freeze). Bake for 60 min, or until done.

23.8.06

Frango Bêbado/ Pollo borracho



Valentina você não quer se casar comigo? Eu deixo meu marido, você deixa seu namorado e poderemos passar o resto de nossas vidas cozinhando, testando receitas, procurando temperos diferentes e viajando, que acha? Eu prometo arranjar um emprego!

Brincadeiras à parte, adorei este prato! Não posso prepará-lo com frequência porque senão a tequila vai sumir rápido e quando O for fazer uma margarita não vai achar mais nada, mas vale a pena. Os sabores finais são muito bons! Receita do Trembom.




Frango bêbado/Pollo borracho

1/2 x de passas claras
1/2 x de sherry seco (ou conhaque) aquecido
1/2 x de farinha de trigo
1/4 c sopa de sal
1/4 c sopa de pimenta do reino clara moída na hora
1 frango pequeno cortado em 6 ou 8 pedaços (geralmente uso coxas e sobrecoxas)
1/2 x de óleo
1 cebola média cortada fininha
3 dentes de alho grandes amassados
1/2 x de amêndoas sem casca
1/2 x de azeitonas verdes recheadas com pimentão (ou sem o pimentão)
1 c sopa de maisena dissolvida em uma parte do caldo de frango (usei farinha)
1 1/2 x de caldo de frango (usei água)
1 x de tequila
1/3 a 1 x de vinagre de vinho branco
1 c sopa de açúcar

Coloque as passas de molho no sherry por aproximadamente 20min, reserve.

Pegue um prato raso grande e ponha a farinha de trigo nele juntamente com o sal e a pimenta branca. Misture bem. Revista os pedaços de frango com essa mistura temperada e reserve.

Preaqueça o forno à 180C. Pegue uma frigideira grande, esquente o óleo e doure os pedaços de frango por una 10 min ao todo. Transfira-os para uma forma refratária. 

Retire o excesso de gordura da frigideira deixando somente o equivalente a 2 colheres de sopa. Jogue a cebola e alho e refogue bem por aproximadamente 1 minuto, até que a cebola fique transparente e o alho dourado – não deixe o alho queimar. Fique mexendo constantemente, sempre procurando desgrudar qualquer pedaço de frango que tenha grudado na frigideira. Quando o alho e a cebola estiverem no ponto jogue as amêndoas e cozinhe, mexendo sempre por uns 2 minutos. Em seguida acrescente as azeitonas e as passas com todo o excesso de sherry que não tenha sido absorvido pelas passas. Mexa bem tudo por uns 2 minutos.

Ponha o caldo de galinha na frigideira junto com a tequila e dê uma mexida. Deixe levantar o ponto de fervura, sempre mexendo e tendo o cuidado de desprender tudo do fundo da panela. Depois ponha 1/3 xícara de vinagre assim como o açúcar, mexendo bem e provando para ver se esta do seu gosto. Deve ficar levemente acídico. Acrescente mais vinagre se preferir – mas o faça gradualmente até que fique do seu gosto. 

Jogue o amido de milho dentro e mexa. Quando ferver diminua a temperatura e deixe engrossar – uns 10 minutos aproximadamente. Derrame o molho sobre os pedaços de frango reservados. Cubra com papel alumínio e deixe no forno por mais ou menos 25 minutos ou até que o frango esteja bem cozido. Sirva com arroz branco.


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Valentina, would you marry me? I'll leave my husband, you could dump your boyfriend and we would spend the rest of our lives together cooking, testing recipes, looking for new spices in the grocery stores and travelling, what do you say? I promise to find a job!

I'm just kidding, but wouldn't it be a nice life? I've loved your Pollo borracho! I can't prepare it often because my husband wouldn't like to see his tequila vanish, but in my opinion, it is better than his margaritas! The original recipe is here.


Drunk Chicken/Pollo borracho

1/2 c golden raisins (mine were dark ones)
1/2 c dry sherry (or brandy), warm
1/2 c flour
1/4 tbsp salt
1/4 tbsp white pepper, freshly ground
1 chicken, cut into 6-8 pieces
1/2 c oil
1 medium onion, finely chopped
3 large garlic cloves, crushed
1/2 c blanched almonds
1/2 c pepper-stuffed green olives
1 tbsp cornstarch dissolved in some of the chicken stock (I've used flour)
1 1/2 c chicken stock (i used water)
1 c tequila
1/3 to 1 c white wine vinegar
1 tbsp sugar

Soak the raisins in the warm sherry for about 20min, reserve.
Combine flour, salt and pepper in a large bowl or dish and coat the chicken pieces with it. Preheat oven to 180C. Heat the oil in a large skillet and brown the chicken pieces on all sides, about 10 min. Place them in a baking dish and reserve. 

Remove oil from the skillet leaving about 2 tbsp of it. Add onion and garlic and saute for 1 minute, until the onion is translucent – don't let the garlic burn. Scrap bottom to remove the brown bits from it. Stir in the almonds and cook for 2 minutes. Then, add the olives and raisins with the sherry. Cook and stir for 2 minutes.
Pour in the chicken stock and the tequila. Bring the mixture to the boil, stirring. Add 1/3 c vinegar and the sugar, stir and check seasoning, if you want you can add more vinegar until it is to your taste. Add the cornstarch dissolved in some chicken stock. When it starts to boil, lower the heat and let it thickens, about 10 minutes. Pour this mixture over the reserved chicken pieces. Cover the baking dish with foil and bake in the oven for about 25 minutes or until the chicken is done. Serve with white rice.