Como repito sempre, estou ficando velha. Fomos dar uma volta pelo Rio Grande do Sul esses dias e, uma semana antes da viagem, já andava meio estressada em ter que fazer as malas, ir ao aeroporto e pegar estradas desconhecidas. Queria terminar de ler algumas coisas e já sentia saudades da rotina. Além disso, assim que voltássemos, começaríamos uma pequena reforma em casa, o que sempre me deixa antecipadamente inquieta. Mas fomos. E foi interessante, passamos alguns poucos dias em Gramado e terminamos em Bento Gonçalves para conhecer o Vale dos Vinhedos. Primeira vez no estado e a impressão geral foi muito boa. Os gaúchos são gentis e corteses. A zona rural é polvilhada de adoráveis casinhas de madeira colorida e até pudemos usar agasalho pela manhã e à noite.
Gramado é o que Campos do Jordão ou Monte Verde gostariam de ser. Uma cidade limpa, com casinhas pitorescas, aparentemente segura e com boa infraestrutura para receber o turista. E aí é que mora o perigo. Tive a impressão de que há duas Gramados, a dos turistas e aquela dos moradores. Uma é cheia de lojinhas com preços pouco convidativos e roupas "made in China" de cores berrantes e brilhos; lojas de chocolate onde vale mais a pena parar para beber ou comer uma sobremesa engordativa enquanto se observa o movimento da avenida do que comprar o chocolate propriamente dito (não gostei de nenhum dos que provei); e vários restaurantes pretensiosos com preços mais pretensiosos ainda (onde o fondue suíço quase sempre é feito com queijos bem locais).
E a Gramado das ruas tranquilas e preguiçosas onde uma das melhores coisas para se fazer é acordar cedo, tomar o café e caminhar pela cidade antes das lojas abrirem, observar as construções, olhar os objetos decorativos kitsch nas vitrines, respirar o ar fresco e pensar na vida.
Muitos restaurantes servem "sequências" ou, como conhecemos no sudeste, o rodízio. Há de grelhados, fondues, pizzas... Acho que a melhor opção para comer é entrar em um boteco qualquer e pedir um prato "à la minuta", um prato feito. Há boas cervejas em todos os lugares.
Gramado me pareceu um bom destino para famílias com filhos pequenos ou pessoas idosas. Mas paga-se por tudo. Claro. Há até um
parque com neve onde é possível brincar de esquiar. Ele foi inaugurado no final do ano passado, mas só passamos pela sua frente.
Devo dizer que voltamos cansados de ir de um lado para o outro, foi um dos passeios em que mais usamos o carro. Dividir a estadia entre dois lugares também cansou, quase sempre dormimos mal nas primeiras noites em um lugar novo e não tivemos tempo de nos adaptar a nenhum deles.
Na volta, um fato triste. Um ciclista fora atropelado na rodovia antes de Porto Alegre e ainda estava na pista sendo fotografado pela polícia científica. O corpo estava coberto, mas havia o sapato caído e a bicicleta amassada... Uma vida que se extinguira. Depois li que ele tinha vinte e seis anos e tentara atravessar a rodovia empurrando a bicicleta apesar de haver uma passarela naquele trecho.
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Av. Borges de Medeiros |
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Igreja em frente da rua coberta |
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"Fonte do amor eterno" ao lado da igreja (Imitação daquela famosa ponte francesa?) |
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Zebras ou Girafas? |
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Coelhos, havia vários em vários lugares |
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Bibelôs |
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Agora sim, girafas. Quero um cabideiro assim! |
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Realmente gostei destas corujas |
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Zebras louras, todo mundo precisa de uma! |
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Cortina divertida |
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Folhas bonitas |
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Janelas |
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Praça simpática na frente de um café de aparência igualmente simpática na rua Garibaldi |
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Uma das grandes pechinchas que encontrei na cidade |
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