28.5.08

Escondidinho de brócolis da Bete

Foi a Sonia quem recomendou esta receita da Bete, fica mesmo muito boa e pode ser feita com vários outros legumes. Um ótimo gratinado, não coloquei, mas deve ficar bom com um queijo ralado por cima...

Escondidinho de brócolis da Bete

 
Ingredientes:

1 pé de brócolis bem lavado e cortado em floretes

para o creme:
 

1 xícara (chá) de leite
1 colher (sopa) de farinha de trigo
1 caixinha de creme de leite de soja (usei creme de leite)
1 cubinho de caldo de galinha light (temperei apenas com sal)

para a omelete:
2 ovos
1 colher (chá) de fermento em pó
1 colher (sopa) de farinha de trigo
sal a gosto

Preparo:
Cozinhe o brócolis no vapor ou em água e sal até que fique macio. Reserve.

Preparo do creme:
Em uma panela misture a farinha de trigo ao leite, junte o caldo de galinha. Leve ao fogo mexendo sempre até virar um creme, retire a panela do fogo e adicione o creme de leite.
Reserve.

Bata as claras em neve adicione as gemas e bata mais um pouco. Adicione a farinha de trigo, fermento e o sal. Reserve.

Pegue um refratário ou uma vasilha que vai ao forno. Unte com margarina, coloque o brócolis já cozido. Por cima coloque o creme e os ovos batidos. Leve ao forno para dourar.


 

26.5.08

Die Verwandlung - Franz Kafka

Quem conhece o blog há algum tempo sabe que ele não foi nomeado em homenagem ao escritor Franz Kafka, mas inspirado no título de um romance do escritor japonês Haruki Murakami.

Talvez decepcione algumas pessoas, mas tenho que confessar que Franz Kafka nunca foi um de meus escritores favoritos, li O Processo e achei aquela história angustiante e opressiva. Nunca fui além de algumas páginas de O Castelo e devo ter lido a Carta ao pai algum dia, mas não me lembro de nenhuma frase.

Die Verwandlung, ou A metamorfose, foi uma agradável surpresa. Resolvi ler a versão bilíngue, alemã-italiana, de O. e gostei bastante da história. Se há algo que admiro em Kafka é a simplicidade e objetividade de sua escrita, características que tornam as situações que ele narra ainda mais bizarras.

Ao contrário do que imaginava, Gregor Samsa, o personagem principal de A metamorfose, não se transformou em uma barata como li em alguns lugares no passado. O primeiro parágrafo diz claramente que Gregor Samsa acordou e descobriu que se transformara em um "inseto monstruoso", ponto.

Li quase tudo em alemão, às vezes dava um olhada na versão italiana, mas descobri que preciso melhorar muito meu vocabulário nessa última língua...


24.5.08

Grandma's gingersnaps

Receita que encontrei no Allrecipes. Gostei bastante desses biscoitos, eles ficam bem crocantes e podem ser conservados por bastante tempo. Algumas pessoas talvez os achem meio duros, mas prefiro biscoitos assim a biscoitos macios. (Visitei a Sonia e levei alguns, ela tinha acabado de fazer um tratamento odontológico, espero não ter causado nenhum estrago!).

O aroma é muito bom e seu aspecto é esse mesmo, as bolinhas vão ficando achadas enquanto assam e com essas "rachaduras".




Grandma's gingersnaps

 
3/4 x de manteiga
1 x de açúcar (usei demerara)
1 ovo
1/4 x de melado
2 x de farinha
1 c sopa de gengibre em pó
1 c chá de canela em pó
2 c chá de bicarbonato de sódio
1/2 c chá de sal
1/2 x de açúcar para decorar (usei demerara)

Preaqueça o forno à 175 C.
Bata a manteiga e 1 x de açúcar até que a mistura fique homogênea. Adicione o ovo e o melado até que fique tudo bem misturado. À parte, combine a farinha, gengibre, canela, bicarbonato e sal. Junte os ingredientes secos à mistura de melado e mexa até obter uma massa uniforme. (Atualização: se ela ficar muito mole para trabalhar, adicione um pouco mais de farinha).
Faça bolas pequenas com a massa e passe-as pelo açúcar restante. Coloque as bolinhas em formas não untadas (eu as forrei com papel alumínio) um pouco afastadas umas das outras.
Asse por 8-10 min ou até que os biscoitos fiquem ligeiramente dourados, dependendo do forno. Deixe os biscoitos esfriarem 5 min antes de removê-los, pois eles são moles enquanto quentes.

18.5.08

A moveable feast - Ernest Hemingway

Graças à recomendação feita no post sobre um livro de Scott Fitzgerald, não só descobri que os livros de Ernest Hemingway da biblioteca de casa estavam sendo consumidos pelas traças, mas também li um texto gostoso.

Tinha lido pouca coisa do Hemingway, apenas
O Velho e o mar e O jardim do Éden, ambos quando estava no ginásio, há muito tempo atrás.

A moveable Feast (o título parece ter sido traduzido como Paris é uma festa em português) é uma obra póstuma (como O jardim do Éden) e contém as memórias de Hemingway no começo de sua carreira como escritor em Paris. Nelas, ele conta sua vida com Hadley, sua primeira esposa, e seus encontros com figuras famosas no cenário literário da época, entre elas: Gertrude Stein, James Joyce, Ezra Pound e Scott Fitzgerald. Um dos primeiros encontros com este último, aliás, por pouco não foi o único, pois quando Fitzgerald bebia, parecia ficar insuportável.

Hemingway fala sobre a sua pobreza naquele período com nostalgia: o quarto alugado em um bairro pobre de Paris não tinha banheiro ou sala de banho e às vezes ele pulava uma refeição para economizar. Mas não era bem a idéia de pobreza que conhecemos, pois os Hemingway não abriam mão de ter uma empregada para cuidar do filho e sempre que economizavam algo, passavam férias em algum lugar na Europa.


Devia ser bom ser um escritor promissor em Paris no começo do século passado, entrar em cafés onde havia sempre um conhecido disposto a pagar um bebida, escutar os garçons perguntarem se o trabalho tinha sido bom naquele dia, observar os pescadores ao longo dos rios, acreditar no próprio talento e, mesmo que ele ainda não fosse reconhecido, sentir que a vida ainda era boa...


Eis o começo de um dos capítulos:


“Quando a primavera chegava, mesmo a falsa primavera, não havia problemas exceto o de onde ser mais feliz. A única coisa que poderia estragar um dia eram as pessoas, e se você pudesse evitar compromissos, cada dia era ilimitado. As pessoas eram sempre as limitadoras da felicidade, com exceção daquelas poucas que eram tão boas quanto a própria primavera.”


15.5.08

Banana pudding

Receita do Bill Granger que a Valentina preparou, que a Miki repetiu e agora eu também! Muito gostoso logo que sai do forno e ótimo para esses dias mais frios, dá uma bela esquentada no estômago!

Acho sobremesas assim muito divertidas, pois você prepara uma massa à base de farinha e depois joga uma calda por cima que acaba se incorporando à massa e os sabores se misturam dando um resultado final muito bom!


* Quentinho é bem mais gostoso, depois de ficar na geladeira a massa endurece.


Banana pudding

Para o pudding
125g de farinha de trigo
3 colheres (sopa) niveladas de fermento em pó
125g de açúcar cristal
1 ovo batido
1 banana bem madura amassada (quanto mais madura, mais saborosa a sobremesa ficará)
250ml de leite em temperatura ambiente
1 colher (chá) de essência de baunilha
50g de margarina derretida e esfriada

Para a "crosta"
100g de açúcar mascavo
2 colheres (sopa) de Karo (ou mel)
150ml de água fervente

Modo de fazer

 
Pré-aqueça o forno a 180ºC.


Peneire a farinha de trigo e fermento numa vasilha grande e acrescente o açúcar, mexendo levemente. Reserve.


Misture o ovo, a banana amassada, o leite, a baunilha e a margarina derretida até ficar com uma mistura homogênea. Despeje com cuidado sobre a mistura seca reservada e mexa bem com uma colher para incorporar os ingredientes.


Nesse ponto, você pode fazer de duas maneiras: ou usar um pirex grande e deitar a mistura toda nele ou pequenas xícaras de porcelana ou cerâmica ou ainda ramequins e fazer porções individuais. Se esse também for o seu caso, não encha muito mais do que 2/3 da xícara/ramequim, pois o fermento começa a agir e não sobrará espaço para a calda.

Parta, então, para a etapa da crosta: coloque a água em uma panela pequena e quando ela estiver fervento, adicione os demais ingredientes, mexendo bem. Deixe no fogo mexendo ocasionalmente. Assim que ferver, verta gentilmente sobre a massa.


Ajeite as xicrinhas/ramequins em uma assadeira e leve ao forno por aproximadamente 30 ou 40 minutos. O centro tem que ficar firme. Ele é tudo o que importa. Se ainda estiver em 'erupção' como um pequeno vulcão é porque não está pronto.

14.5.08

Polenta cremosa com cream cheese

Receita da Elise do Simply Recipes, um acompanhamento salvador para aquelas ocasiões em que é preciso fazer algo rápido e sem muito trabalho. Eu usei cream cheese light e achei que o seu sabor não ficou muito pronunciado, imagino que com o normal deva ficar mais gostoso.

Polenta cremosa com cream cheese

4 x de água
sal a gosto
1 x de milharina (ou a farinha para polenta de sua preferência)
4 c sopa de manteiga
1 x de cream cheese

Aqueça a água temperada com um pouco de sal e deixe ferver. Adicione a milharina/polenta rapidamente até que incorpore bem. (Na verdade eu já misturo a água com a milharina, levo ao fogo e fico mexendo até engrossar por medo de que se formem grumos. Como vêem não tenho muita experiência com polentas...).

Abaixe o fogo, adicione a manteiga e cozinhe misturando de vez em quando por cerca de 30 min.
Para finalizar, adicione o cream cheese e mais sal, caso necessário.
Se preparar com antecedência, deixe esfriar, cubra e deixe na geladeira. Reaqueça no microondas por cerca de 5 min. Misture bem antes de servir.

10.5.08

Até 10

O questionário é do Zero Hora, de Porto Alegre, mas como o Daniel, eu também resolvi responder.

1 - Qual o seu começo de livro inesquecível?
O de
Snow Country de Yasunari Kawabata, talvez não com essas exatas palavras, mas a imagem que ficou da frase: "o trem emergiu no país da neve sob o céu da noite”.

2 - Qual foi o livro da sua infância?
Vários:
Os colegas, de Lygia Bojunga Nunes, todos os infantis do Monteiro Lobato, Os contos de Andersen, Contos e lendas do Brasil...

3 - Qual o livro que mais o perturbou?
Recentemente,
The woman in the dunes, de Kobo Abe.

4 - Qual o livro que você mais releu?
E o vento levou, da Margaret Mitchell e vários do José de Alencar, entre eles, O tronco do ipê.

5 - Que livro considerado clássico você abandonou antes do fim?
Muitos.

6 - Que livro você acredita que deveria ser conhecido por um maior número de leitores e não é?
Tantos livros
de autores japoneses, difícil citar...

7 - Cite um título de livro inesquecível.
Havana para um infante defunto, de Guillermo Cabrera Infante, e Tender is the night de Fitzgerald.

8 - Que livro prometia uma coisa pelo título e, ao ler, você percebeu que era outra coisa?
A wild sheep Chase, do Haruki Murakami... Cidades invisíveis de Italo Calvino...

9 - Que livro você gostaria de ter escrito?
Vários, mas por alguma razão, sempre me lembro com ternura de
A cor púrpura, de Alice Walker.

10 - Que livro você está lendo agora?
Die Verwandlung, do Franz Kafka (finalmente), A moveable Feast de Ernest Hemingway e A ditadura derrotada de Elio Gaspari.

Frango Thai

Vi esta receita no Caderno Paladar do Estadão da semana passada. Era de uma coluna dedicada às receitas preparados pelas cozinheiras de famílias tradicionais, esta foi preparada por Gilda Maria Vieira. Como quase não comemos carne vermelha, preciso variar sempre as receitas de frango aqui em casa. É uma receita gostosa, eu não tinha a geléia de tangerina pedida, para dar um toque adocicado, adicionei um pouco de mel, talvez geléias de damasco ou laranja também fiquem boas. Fiz metade da receita.

Frango Thai

 
1 kg de sobrecoxa de frango sem pele cortada em cubos
2 vidros de leite de coco
1 cebola grande ralada
2 dentes de alho
1 c sopa de pasta de curry (usei uma quantidade um pouco menor de curry em pó, era o único que tinha)
3 folhas de limão kafir (usei folhas de limão)
1 colher (sopa) de gengibre ralado
3 colheres de manteiga
2 colheres (sopa) de geléia de tangerina
2 xícaras de água

Preparo

Numa panela refogue a cebola na manteiga. Quando a cebola estiver dourada, junte o frango, o alho e a água. Deixe cozinhar. Acrescente o gengibre, as folhas de limão kafir, a pasta de curry e, em fogo baixo, cozinhe até a carne ficar macia. Quando a carne estiver no ponto, adicione o leite de coco e deixe reduzir bem o molho até que ele engrosse. Mexa de vez quando para a carne não grudar no fundo da panela. Junte a geléia, desligue o fogo e misture bem. Sirva com arroz branco.

Dica da Gilda:

As folhas do limão Kafir são muito utilizadas na culinária do Sudoeste Asiático. Extremamente aromáticas, podem ser encontradas em lojas de produtos orientais na Liberdade.

6.5.08

Torta de maçã

Receita da Luciana. É praticamente um clafoutis, aquela sobremesa que fica entre uma torta e um pudim, muito boa! Eu não polvilhei com o glaçúcar, preferi usar canela e, como podem notar, minhas fatias de maçã não estavam finas como deveriam, O. diz que eu sou a reencarnação da avó dele, pois como ela, eu corto aquilo que deveria ficar em pedaços pequenos em pedaços enormes e sirvo coisas gostosas em porções minúsculas, calúnia!

Minha sugestão é morna com uma bola de sorvete. ;)

Torta de maçã

6 maçãs pequenas
1 limão (o sumo)
2 ovos
100g de farinha de trigo
100g de margarina (usei manteiga)
1 colher (chá) de fermento em pó
250gr de açúcar
1 colher (sobremesa) de glaçúcar (não usei, polvilhei com canela)
100ml de leite
1 colher (chá) de essência de baunilha


Descasque as maçãs, corte em fatias bem finas e coloque na água com o sumo do limão. Misture à parte a farinha de trigo, o fermento, o açúcar, os ovos, o leite, a essência de baunilha e a margarina derretida. Bata bem até formar um creme claro. Escorra as maçãs, aperte bem para tirar toda a água e misture aos outros ingredientes. Unte uma forma de aro removível (usei uma forma redonda normal). Coloque a massa na forma e leve ao forno até dourar. Espere esfriar um pouco e polvilhe com o glaçúcar.

Notas da Luciana:
Prefiro polvilhar o glaçúcar somente na hora de servir.
Pode ser servida quente ou fria.
Sirva acompanhada por uma bola de sorvete de canela ou creme.


Quem disse que as traças não são cultas?

As traças finalmente devem ter terminado de digerir o Hegel que atacaram há alguns anos e decidiram que Hemingway seria a sobremesa.

(Que ódio! Fui pegar um livro do Hemingway que recomendaram e senti um pozinho cair da estante.
O velho e o mar e Por quem os sinos dobram foram as vítimas. Se eu não aparecer muito por aqui esta semana é porque estarei dando uma geral na biblioteca.)