30.9.10

Somos todos habitantes da Terra - Agnes Chan



Este livro era parte do meu "dever de casa", foi emprestado por minha professora de japonês. Ela sempre diz que preciso ler para aumentar o vocabulário e me acostumar com as expressões novas. É o tipo de livro autobiográfico com um quê de autoajuda. Ele é voltado para os adolescentes e, talvez pela língua materna da autora não ser o japonês, achei o texto bem fácil de ler.

A autora se chama Agnes Chan, ela nasceu em Hong Kong em 1955, virou cantora ainda na adolescência e seguiu carreira no Japão. No livro, ela conta alguns episódios de sua vida e as lições que aprendeu com outras pessoas. Ela começa descrevendo uma vila chinesa onde foi atuar em um filme sobre Marco Polo e expressa seu choque com a pobreza do lugar, no entanto, a alegria e a hospitalidade dos habitantes fazem com que ela deixe de ver apenas esse aspecto negativo. Em seguida, ela vai  até a Etiópia para participar de uma campanha de ajuda humanitária, entrevista o Papa, estuda no Canadá... O livro segue assim, a história de uma garota que começa a ver o mundo com mais cores além da cor-de-rosa e escreve suas reflexões.

As partes de que mais gostei foram aquelas mais pessoais, quando ela conta como passou a ser ignorada por suas amigas quando iniciou a sua carreira de cantora e ficava a maior parte do tempo estudando sozinha na hora dos intervalos. (Crianças conseguem ser muito cruéis quando querem). Uma coisa que chamou a minha atenção foi o fato de ela estudar em escolas de elite em Hong Kong, onde estudavam filhos de diplomatas e estrangeiros, isso parece ter sido uma prática muito comum nos anos 70,  pais faziam grandes sacrifícios pela educação dos filhos. O irmão de Alex Law, no filme que comentei aqui, também estudava em um colégio assim, e o pai dele tinha uma pequena sapataria de bairro. Não sei se essa prática ainda é comum por lá.

Também gostei do trecho em que a Agnes descreve o nascimento do primeiro filho, suas dúvidas, inseguranças e, algo que nunca ouvi ninguém dizer antes, que quando recebeu o bebê logo após o parto, ainda sujo de sangue, teve vontade de lambê-lo até deixá-lo limpo. Algo bem animal, instintivo. Sempre tive vontade de perguntar para uma mãe se não sentiu vontade de fazer algo parecido, mas tenho medo de ser mal-intrepretada. (A minha mãe fez cesarianas, então, não é a mesma coisa). Fiquei pensando se é assim mesmo, ainda tenho minhas reservas em relação à maternidade, mas quando tenho "vislumbres" dela por meio de relatos de outras pessoas, sei que é uma experiência única.

Agnes Chan teve uma vida bastante interessante, virou cantora cedo, atuou e, quando teve vontade, foi estudar psicologia infantil no Canadá, voltou para o Japão, casou, teve três filhos, conseguiu conciliar carreira com família, cantou, atuou, escreveu livros, fez doutorado nos EUA e ainda virou embaixadora da Unicef. Não é pouco para uma mulher em uma sociedade machista como a japonesa nos anos 70/80.


Para quem tiver curiosidade, aqui está uma canção interpretada por Agnes Chan no começo da carreira (vozinha e estilo de menina bem comportada):


29.9.10

Escondidinho de carne com couve-flor


Uma daquelas receitas inventadas em um momento de inspiração e com um resultado muito bom, o mérito é todo da Verena. Eu fiz várias alteraçõezinhas: temperei a carne com um pouco de curry, não usei molho barbecue, nem tomate. Adicionei um resto de creme de leite ao purê de couve-flor, não usei o bacon e polvilhei só um pouco de parmesão. Também não coloquei a carne entre camadas de purê, espalhei -a no refratário e cobri com todo o purê.

Variações possíveis: reforgar a carne com vários outros temperos e ingredientes e fazer um purê de couve-flor usando uma base de molho branco, ou só misturando um pouco de creme de leite e um pingo de leite, ou usar requeijão ou cream cheese, etc.

Como a Verena, eu preferi apenas desmanchar a couve-flor cozida deixando o purê mais "pedaçudo", mas você pode bater tudo no processador para ficar mais homogêneo se quiser.




Escondidinho de carne moída com purê de couve-flor

(Publico como está no blog da Verena, minhas alterações estão no comentário acima)

Purê de couve-flor

Cozinhe metade de uma couve-flor grande (ou uma média) no vapor até ficar macia mas não molenga.  Retire da vaporeira (ou da água se cozinhar por imersão) e coloque numa tigela. Com as pás da batedeira faça um purê, ou use espremedor de batatas, ou pique na faca mesmo.

Coloque o purê numa panela, leve ao fogo médio/baixo, junte um pouco de manteiga (uma colher de sopa cheia) e sal. Acrescente um pouco de leite e misture para que fique homogêneo.  Caso goste, pode acrescentar pimenta do reino.  

À parte doure duas colheres (de sopa) de bacon picado com um pouco de azeite. Deixe ficar crocante. Misture no purê. Reserve.

Carne moída: 

Numa panela doure uma cebola pequena picadinha e dois dentes de alho espremidos com um pouco de azeite. Coloque 250g de carne moída (patinho, acém, paleta…) e deixe dourar bem no fogo médio.  Quando a carne estiver bem bronzeada corrija o sal e acrescente um tomate cru picadinho (sem sementes).  Deixe pegar gosto e por último coloque cheiro verde picadinho. Eu gosto de usar uma colherinha (de café) de molho barbecue para dar um gostinho, mas isso é gosto daqui de casa. 

Montagem do prato: unte um refratário com manteiga e depois farinha de rosca. Coloque uma camada de purê de couve-flor e a carne moída. Cubra com o restante do purê e por último coloque 1/4 xícara de queijo muçarela e 1/4 xícara de queijo gruyére. Ou o queijo que lhe agradar mais, lembre-se apenas que deve derreter fácil. Polvilhe orégano.
 
Leve para gratinar e sirva com salada verde e arroz.

27.9.10

Salada de trigo em grão com pimentão e cenoura


Receita da Ina Garten. É uma forma diferente de preparar uma salada de trigo em grão. Eu geralmente cozinho os grãos e misturo com o que estiver na geladeira: tomates, queijo branco, nozes, cenouras, etc., e tempero como uma salada normal, mas gostei muito desta versão. As cebolas refogadas, o pimentão vermelho, a cenoura e o vinagre balsâmico dão um toque adocicado muito agradável à salada. Sem falar que o efeito visual é muito bonito.



Salada de trigo em grão com pimentão e cenoura

1 x de trigo em grão
sal e pimenta do reino a gosto
1 cebola roxa picada (usei a cebola branca mesmo)
6 c sopa de azeite de boa qualidade
2 c sopa de vinagre balsâmico
3 cebolinhas picadas 
1/2 pimentão vermelho picado (eu apenas fatiei)
1 cenoura ralada

Deixe o trigo de molho de véspera e cozinhe até que os grãos fiquem macios (siga as instruções da embalagem). Escorra e reserve.

Refogue a cebola em 2 c sopa de azeite até que fique transparente, cerca de 5 min. Desligue o fogo e adicione as 4 c sopa de azeite restantes e o vinagre balsâmico.

Misture o trigo, a cebola refogada, a cebolinha, o pimentão, a cenoura e tempere com sal e pimenta do reino a gosto. Deixe a salada descansar por cerca de 30 min para que o trigo absorva os temperos. Sirva à temperatura ambiente.


24.9.10

Pollo borracho (revisited)


Uma de minhas receitas de frango preferidas. Frango bêbado, do blog da Val. Desta vez, usei 1/2 x de conhaque e completei o resto com água, pois a tequila, ingrediente original, está pela hora da morte e nem todo mundo tem uma garrafa dando sopa por aí. Ficou igualmente bom.



23.9.10

Partidas, encontros e desencontros


Muita gente falou muito bem do filme japonês A Partida e finalmente consegui assistir à gravação com o O.

Falar o quê? O filme é muito bom, levou o Oscar de melhor filme estrangeiro e mereceu. Ele conta a história de um homem que volta para sua cidade natal no interior do Japão e começa a trabalhar para uma empresa que realiza um tipo de preparação dos cadávares antes da cremação. É um ritual muito bonito que eu desconhecia.

Filme sensível, bom de se ver.



O curioso caso de Benjamin Button também já passou na tv várias vezes, mas só agora eu assisti. A história de alguém que "envelhece ao contrário". Também ganhador de vários prêmios. Uma novidade foi saber que a história é baseada em um conto do Scott Fitzgerald, isso eu ignorava completamente.

Bom para uma tarde preguiçosa, o final começa a se alongar um pouco. Fiquei com a sensação de ser meio no estilo de Forrest Gump ou O homem bicentenário. História longa, morte de pessoas queridas, encontros e desencontros do par romântico, lições de vida, etc. Velha fórmula do bolo infalível.


22.9.10

Clafoutis de peras e mel


Estou virando a "louca do mel", tenho utilizado muito este ingrediente nos últimos tempos. 

Clafoutis é uma sobremesa que consiste basicamente  em uma porção de alguma fruta à qual se adiciona uma massa mais líquida feita com farinha, leite e ovos. É outra daquelas sobremesas indecisas, fica entre um bolo e um pudim. O ideal é comer o clafoutis ainda quente/morno, pois se ele esfriar ou ficar na geladeira, a massa endurece e já não é mais tão interessante.

Outra receita de minha atual paixão, a Canadian Living, , achei leve, com sabor agradável. Minhas peras é que não colaboraram muito, de sete, quatro estavam estragadas, com interior duro e escurecido. Acabei completando a quantidade com uma maçã. A receita original pede "maple syrup",  mas substitui por mel e achei que ficou ótimo, ele deu um perfume e um sabor especiais à massa.



Clafoutis de peras e mel

4 peras firmes (mas não duras)
2 c sopa de suco de limão
2/3 x de farinha
1/2 x de açúcar
1 1/2 x de leite
4 ovos
3 c sopa de mel
1 c chá de essência de baunilha
2 c sopa de manteiga c/ sal (ou sem sal + uma pitada de sal) em cubinhos
1 c chá de açúcar de confeiteiro (não usei)

Descasque e retire as sementes das peras. Corte em fatias e misture com o suco de limão. Distribua em um refratário com capacidade para cerca de 2 litros e reserve.

Em uma tigela, misture o açúcar com a farinha. Bata o leite, ovos, mel e baunilha em outro recipiente e depois adicione à mistura de farinha. Mexa até que fique bem homogêneo. (Demorou um pouco para que as gruminhos de farinha se desfizessem e pensei em usar o liquidificador em certo momento, talvez faça isso na próxima vez). Derrame a mistura sobre as peras, distribua os pedaços de manteiga por cima e leve para assar à 190C, até que as peras fiquem macias e o creme cresça e doure, cerca de 45 min.

Para finalizar, polvilhe a açúcar de confeiteiro e use a função  "broiler" do forno para dar uma caramelizada na superfície do clafoutis. (Não fiz isso porque o broiler do meu forno é absolutamente inútil, acho que um maçarico de cozinha faria um serviço mais decente.

Deixe esfriar por cerca de 15 min antes de servir. É normal que o clafoutis murche depois de retirado do forno.

13.9.10

Cenouras assadas com mel


Mesmo princípio do preparo da batata-doce (abóbora também é outra opção): lavar algumas cenouras, (descascar se quiser), cortar no sentido do comprimento, colocar em um refrátario, adicionar um fio de óleo ou azeite, uma pitada de sal, pimenta do reino, mexer para distribuir os temperos e assar até que  as cenouras fiquem macias. A Ana coloca um pouco de mel um pouco antes de terminar de assar, eu já coloco depois de retirar do forno. Não sei  se faz  diferença, mas colocando o mel no final, ainda é possível retirar um pouco das cenouras para quem não gosta de sabores adocicados (o que acho um pecado!).

11.9.10

conserva de rabanetes


Algo que minha mãe faz desde que eu me conheço por gente, sem receita, sem medidas. As únicas coisas que modifiquei nos últimos tempos foram a espessura das fatias e a forma de servir. Passei a fatiar os rabanetes no fatiador de legumes (como é o nome daquilo?) para ter fatias bem finas e, na hora de servir, eu retiro da conserva e espremo bem com as mãos para retirar o líquido, polvilho gergelim e pronto. 

O preparo não tem segredo, limpo e lavo os rabanetes, fatio e coloco em um tuppeware com vinagre, açúcar e uma pitada de sal. Geralmente, a mistura chega até a metade ou um terço da quantidade de rabanetes do recipiente, mas o importante é que o sabor esteja de acordo com o seu paladar, eu gosto de algo bem agridoce. De um dia para outro é melhor, mas costumo deixar só algumas horas na geladeira. Há quem não goste do aroma da conserva (que é meio forte, diga-se de passagem), mas é só deixar bem fechado e abrir o tuppeware na privacidade da cozinha.

8.9.10

Crumble de maçãs e aveia


Gosto muito de crumbles, não há nada mais simples de preparar, e como também adoro aveia, dá para imaginar o quanto gostei desta receita, não é mesmo? Ficou muito boa, na verdade a receita é para um crumble de peras com um pouquinho de maçãs, mas fiz só com as maçãs. Acho que dá para variar infinitamente as frutas, usar maçãs, peras, bananas, pêssegos, etc. Fiz metade e rendeu bem.




Crumble de maçãs

8 x de maçãs descascadas, sem sementes, em cubos pequenos (na receita original, a proporção era de 6 x de pera + 2 x de maçãs)
2 c sopa de farinha
2 c sopa de açúcar
2 c sopa de suco de limão
1/4 c chá de canela em pó

Misture todos os ingredientes, coloque em refratário grande, cubra com a farofa e asse à 180C até que as frutas fiquem macias e a cobertura doure, cerca de 1 hora.

Para a farofa
1 x de aveia em flocos
1/2 x de açúcar
1/3 x de farinha
1 pitada de noz moscada
1/3 x de manteiga derretida

Misture os ingredientes secos, adicione a manteiga e mexa até que fique com a consistência de uma farofa ligeiramente úmida.

6.9.10

Das guerras e dos povos


Gosto de livros de história, apesar de eles reforçam aquela sensação de que o ser humano é uma criatura que destrói, transforma e consome tudo o que estiver ao seu alcance e depois se entredevora. Enfim, uma aberração.

Li uma resenha de The Arabs de Eugene Rogan na The economist do começo do ano e fiquei com vontade de lê-lo. É um livro muito bom para ter uma ideia da configuração daquilo que chamamos de "mundo árabe".  Ele começa com a dominação otomana, segue por todo o período em que a região é  dividida em "protetorados" da França e da Inglaterra, narra as lutas pela independência, a criação de Israel e chega aos tempos atuais, quando vemos os primeiros indícios de que o rancor contra a opressão do ocidente começa a se transformar no confronto entre o Islã e a "depravação" ocidental.

The fate of Africa, de Martin Meredith, fornece um panorama da história do continente africano: as lutas contra o colonizador europeu, as inúmeras guerras civis entre facções e etnias financiadas pelos americanos ou russos no cenário da guerra fria, as várias guerras pelo poder e pelo controle dos recursos minerais., os conflitos raciais, tribais, e toda a barbaridade cometida em nome disso. Quem lê diz: "Mas esse continente nunca irá para frente!". De qualquer maneira, acho que todo o dinheiro que a China e países como o Brasil estão injetando lá dentro pode trazer mais infraestrutura e ajudar a melhorar a vida da população, mesmo que a maior parte ainda fique na mão de algumas poucas pessoas.

The ethnic cleansing of Palestine, de Ilan Pappe, é uma acusação contra os abusos que teriam sido cometidos por Israel no período da guerra pela independência em 1948. O autor mostra como a expulsão dos palestinos daquilo que seria o território de Israel teria sido um ato premeditado e não uma circunstância da guerra. Para "expurgar" o país da presença palestina, vilas inteiras  teriam sido destruídas e muitas pessoas mortas pelo exército israelense. Para corrigir uma injustiça cometida contra os hebreus  em um passado longínquo, uma outra teria sido perpetrada. Segundo o autor, a solução do conflito entre israelendes e palestinos só seria possível após o reconhecimento dos erros mútuos. 

Os dois primeiros livros são enormes e não dá para digerir tudo de uma vez, o último se concentra no período da criação do estado de Israel, em cada um deles há um desfile de atrocidades, lutas e injustiças. Leituras edificantes? Não sei se poderia classificá-las dessa forma, são mais socos no estômago. Entretanto, não podemos simplesmente ignorar acontecimentos negativos. Depois de ler coisas assim, eu sempre me refugio na arte, - literatura, música, pintura, etc. -, uma outra obra humana, para mim, a única coisa  capaz de nos redimir. 

4.9.10

Tofu com oyster sauce


Prato bem japonês do livro de receitas japonesas (claro!). Para quem gosta de tofu, gengibre e sabores adocicados. 

Eu detestava tofu, mas agora não dispenso um bom prato feito com ele.

"Oyster sauce" ou "molho de ostras" costuma ser vendido em lojas de produtos japoneses ou supermercados, comprei um que vem em uma garrafa. Sobre as tais "ostras" do molho, está escrito que ele contém "extrato de ostras" dentre alguns outros ingredientes, o que isso significada na prática, procuro não imaginar. Em termos de sabor, ele parece uma mistura de molho de peixe, shoyu e molho de yakisoba.

 Tofu com oyster sauce

1 bloco de tofu firme
1/2 cebolinha daquelas grossas (apenas a parte branca) fatiada
um punhado de ervilha torta rapidamente cozida em água fervente (não usei)
1 dente de alho picado
1 pedaço de gengibre (+ou- do tamanho do alho) picado
3 c sopa de oyster sauce
2 c sopa de saquê
1/3 x de água
1 c sopa de shoyu
1 c chá de açúcar
1 c chá de amido de milho dissolvido em um pouco de água
sal e pimenta do reino
óleo

Coloque o tofu sobre uma peneira para que o excesso de líquido escorra, (forre o fundo com papel absorvente para um melhor resultado), espere uns 20 min e corte-o em fatias de cerca de 8mm.

Aqueça um pouco de óleo em uma frigideira antiaderente e frite os pedaços de tofu dos dois lados tomando cuidado para que eles não se desfaçam. Retire e reserve.

Limpe a frigideira previamente usada com papel absorvente, aqueça 2 c sopa de óleo e adicione o oyster sauce dissolvido em duas c sopa de água, o saquê, o alho e o gengibre. Deixe aquecer um pouco e junte a água (1/3 x), o shoyu, o açúcar, o tofu frito e a pimenta do reino. Verifique o tempero e adicione sal se necessário. Deixe cozinhar em fogo baixo por cerca de 2-3 min e adicione a cebolinha e a ervilha torta. Assim que ferver, adicione a amido e espere o molho engrossar.


2.9.10

Bolo gelado de abacaxi



Receita do Pecado da Gula servida em um almoço de família. Deliciosa como era de se esperar! Esta receita e a do bolo de coco são para guardar e repetir sempre.

Quando fiz o bolo, tive um pequeno problema "técnico", ou melhor, de compreensão da receita. A Akemi escreveu que podemos usar a receita de pão-de-ló que quisermos, mas como eu sou meio inexperiente  em matéria de pão-de-ló, (na verdade, minhas experiências nunca foram muito boas), usei a receita passada por ela, mas não atentei para o fato de que as medidas eram para MEIA receita, ou seja,  caso usasse MEIO abacaxi. 

Depois de picar um abacaxi "jumbo" inteiro, fiz a massa e comecei a cobrir os pedaços de fruta, rapidamente, notei que havia mais abacaxi do que massa, dei uma "esticada" nela para cobrir o que desse e assei assim mesmo. Depois confirmei com a Akemi que deveria ter dobrado a receita da massa. Apesar de mais fino, o bolo ficou ótimo. Segundo ela, é até melhor ter menos massa para que o abacaxi  e o creme sobressaíam.

Fica o aviso. Se preparar a receita da massa (só da massa, certo?) abaixo e usar um abacaxi grande inteiro, dobre as medidas.

Rende bastante, de preferência, use uma forma funda.



Bolo gelado de abacaxi

1 abacaxi picado
6 colheres (sopa) de açúcar

1 massa de pão-de-ló de sua preferência (segue receita abaixo)

Creme:
1 lata de leite condensado
2 latas de leite de vaca
2 gemas
2 colheres (sopa) rasas de amido de milho
algumas gotas de extrato de baunilha

coco ralado para polvilhar



Forre o fundo de uma assadeira com o abacaxi picado e polvilhe açúcar sobre ele. Dependendo da acidez ou doçura do abacaxi, coloque mais ou menos açúcar.

Bata uma massa de pão-de-ló e despeje sobre o abacaxi. Bata o fundo da assadeira para tirar bolhas de ar e leve ao forno preaquecido para assar.

Retire o bolo do forno e vá preparar o creme. 

Coloque todos os ingredientes do creme numa panela e leve ao fogo para engrossar. Fica um creme ralinho.
Despeje o creme sobre o bolo assado e polvilhe coco ralado por cima. Espere esfriar, cubra com filme plástico e leve à geladeira de um dia para o outro.

Sirva decorado com cerejas ao marasquino e folhas de hortelã.

* A Akemi fez meia receita que rendeu uma assadeira de 18x24cm.


Receita para a massa (para 1/2 receita do bolo de abacaxi): 3 ovos, 100g de farinha de trigo, 100g de açúcar, 30g de manteiga sem sal, 15ml (1 c sopa) de leite e algumas gotas de extrato de baunilha.

Derreta a manteiga com o leite e a baunilha no microondas ou banho-maria. Bata os ovos com o açúcar até formar uma mistura fofa e clara, cerca de 15 minutos. Peneire a farinha e misture com delicadeza. Antes que a farinha seja toda incorporada, despeje a mistura líquida derretida e ainda quente sobre a massa. Termine de misturar com colher de silicone até a massa ficar lisa e brilhante. Despeje sobre o abacaxi e leve ao forno preaquecido a 180oC por cerca de 25 a 30 minutos. Faça o teste do palito.