22.11.10

Dentro do ônibus VII

Eles sempre sobem no ônibus quando eu me levanto para descer. O filho entra primeiro e a mãe vem em seguida, já procurando um banco vazio para o garoto que tem problemas motores.  Estão indo ou voltando da escola, vejo pelo uniforme e pela mochila que a mãe carrega.

Às vezes, nós nos desencontramos e aí fico pensando se tudo está bem, se o menino foi para a escola e se o dia transcorreu sem incidentes. É um alívio revê-los. A mãe está sempre preocupada em não perder o filho de vista apesar do espaço limitado, o filho parece ignorar o que há ao redor, como todos os adolescentes.

Gostaria de sorrir para a mãe um dia desses, mas não sei se ela entenderia que meu sorriso é um aplauso silencioso.

7 comentários:

Quéroul disse...

:ó)

Valentina disse...

Karen querida, que poético. sorria para ela.x

Croquete disse...

Acho que um sorriso sincero é sempre simpático.
Vale tentar.

Karen disse...

Obrigada pelo encorajamento, meninas!

Letrícia disse...

Que lindo, Karen. Fiz força para conter uma lágriminha aqui.

Beijo!

ameixa seca disse...

Não há nada mais bonito que um sorriso :) Deu vontade de chorar. Ser mãe é a única profissão da qual nunca será possível obter aposentadoria :)

Karen disse...

Ameixa seca, ser mãe é sinônimo de abnegação, não é mesmo?