20.6.14

Arroz doce com açúcar mascavo


Não é minha sobremesa preferida, mas achei gostosa. Melhor morno, logo após ser feito, achei que o arroz absorveu muito líquido depois de esfriar, se preferir com mais caldo, adicione mais leite.



Arroz doce com açúcar mascavo

(Para 2  pessoas)

1/2 xícara de arroz arbório (próprio para risoto)
1 c sopa de manteiga
2 x de leite integral
1/3 x de creme de leite
1/4 x de açúcar mascavo
1/2 c chá de extrato de baunilha (usei um pedaço de canela em pau, cozinhei com o arroz e retirei ao final)


Derreta a manteiga em uma panela em fogo médio/baixo. Adicione o arroz e refogue por alguns minutos até que os grãos fiquem um pouco translúcidos.

Em outra panela, misture o leite e o creme de leite e aqueça. Junte essa mistura à panela de arroz, meia xícara de cada vez, mexendo até que a maior parte do líquido tenha sido absorvida antes de adicionar mais. Deve levar cerca de 15-18 minutos para que todo o leite seja absorvido pelo arroz. Adicione o açúcar mascavo e o extrato de baunilha. Mexa por mais dois minutos para que o líquido se reduza um pouco.

Retire do fogo e deixe esfriar. Se for guardar, cubra a superfície com filme plástico para que o creme não forme uma película.

16.6.14

Frango assado com capim-limão


Outro prato vietnamita muito simples e gostoso. É a segunda vez que preparo, minha muda de capim-limão tem sofrido com isso, preciso providenciar outra logo, logo...

Vai muito bem com as berinjelas ao vapor.

Fiz metade da receita usando sobrecoxas, mas é possível usar um frango inteiro em pedaços. Como de hábito, usei só o molho de soja, pois ainda não me acostumei com o nuoc mam. Daqui, visto aqui.




Frango assado com capim-limão


8 pedaços de frango (coxas e sobrecoxas)
2 bulbos de capim-limão fresco (parte branca, cerca de 15 cm a partir da raiz)
opcional: 1 pimenta dedo de moça sem sementes picada ou 1/2 c café de pimenta calabresa
2 dentes de alho amassados e picados
1 echalota picada (ou um pedaço de cebola)
1 c sopa de nuoc mam, molho de peixe, (substituí por molho de soja)
2 c sopa de molho de soja
1 c sopa de vinagre de arroz
1 c sopa de açúcar mascavo (eu costumo usar mais para ficar mais agridoce)
4 c sopa de água
pimenta do reino a gosto
1 c sopa de coentro picado (esqueci)


Limpe o frango, retire o excesso de gordura, seque com papel toalha e reserve.

Lave os bulbos de capim-limão, remova as primeiras camadas de folhas mais duras e empregue a parte mais clara, pique muito bem. Em um recipiente, misture o nuoc mam, o molho de soja, o açúcar, o vinagre e a água. Junte o capim-limão picado, a echalota, o alho e a pimenta dedo de moça. Misture e tempere o frango com essa marinada. Deixe tomar gosto na geladeira por ao menos 2 horas.

Preaqueça o forno à 240°C. Coloque os pedaços de frango em um refratário com a pele voltada para cima. Tempere com pimenta do reino, coloque no forno e abaixe a temperatura do forno para 210°C. Asse por cerca de 40 minutos regando com o molho a cada 15 minutos (precisei de 1 hora no meu forno). Adicione mais água caso necessário (o fundo queimou um pouco no meu caso). Salpique o coentro e sirva. 


9.6.14

Berinjela cozida no vapor com molho de cebolinha e gengibre


Prato tão bom! Berinjela preparada assim é muito gostosa e tão simples! Estou louca para testar várias receitas vietnamitas deste blog. Vietnã, outro país para minha lista...




Berinjelas cozidas no vapor com molho de cebolinha e gengibre

2 ou 3 berinjelas grandes
1 pedaço de gengibre descascado (cerca de 5 cm) e picado
2 dentes de alho descascados
pimenta dedo de moça sem sementes fatiada a gosto (eu não tinha)
3 cebolinhas picadas
6 c sopa de óleo
1 boa pitada de sal para o óleo de cebolinha
2 c sopa de nuoc mam (molho de peixe) ou shoyu
2 c sopa de açúcar mascavo
1 c sopa de água 


Lave, descasque e pique as berinjelas em fatias grandes de cerca de 5 cm e depois corte-as em 4 pedaços. Deixe de molho em água salgada por 10-15 minutos. Escorra e cozinhe no vapor por 15 min.

Soque o alho com o gengibre em um pilão (se usar pimenta dedo de moça, adicione algumas fatias). Em outro recipiente, dissolva o açúcar na água com o molho de peixe/shoyu. Junte ao gengibre, alho e pimenta socados. Misture.

Faça o óleo de cebolinha: coloque a cebolinha picada em uma tigela, aqueça o óleo e derrame-o ainda quente sobre a cebolinha. Tempere com sal e reserve.

Coloque os pedaços de berinjela ainda quentes sobre um refratário. Regue com o molho de gengibre e depois com o óleo de cebolinha. Deixe na geladeira por 1-2 horas antes de servir.


26.5.14

Naporitan Pasuta


Ou "pasta napolitana". Japoneses são criativos na cozinha. E têm uma grande fixação por ketchup e maionese que usam em várias receitas. Esses ingredientes se popularizaram depois do final da segunda guerra, como esta versão de massa feita com ketchup no lugar do molho de tomate que, de "napolitana", deve ter só o nome. Acreditem se quiser, o prato tem cara de junk food, mas é bom, muito bom. Vi a receita na NHK. O original se chama "Espaguete Napolitano" e leva salsichas, mas usei a massa que tinha (talharim) e substituí a salsicha por um pouco de bacon. Prato caseiro japonês.



Naporitan Pasuta

200g de espaguete (ou outra massa comprida)
1 c sopa de óleo
1 dente de alho fatiado
200 de cebola em fatias grossas
80g de shimeji (não usei)
sal a gosto
80g de salsichas picadas (ou bacon)
40g de ervilhas frescas ou congeladas
120g de ketchup
2 c sopa de vinho tinto
pimenta do reino a gosto
20g de manteiga

Cozinhe a massa de acordo com as instruções da embalagem, escorra, junte um pouco de óleo e misture para que ela não grude. Reserve enquanto prepara o molho.

Em uma frigideira ou panela antiaderente, refogue o alho no óleo, junte as cebolas, o shimeji, tempere com um pouco de sal, coloque a salsicha, as ervilhas e o ketchup. Adicione os ingredientes um de cada vez permitindo que eles "fritem" um pouco, não é necessário misturar continuamente. Junte o vinho e, agora sim, misture um pouco mais para que tudo seja envolvido pelo ketchup. Tempere com pimenta do reino a gosto, coloque a massa cozida e envolva-a com o molho. Junte a manteiga para finalizar, mexa e pronto.

26.4.14

Oniguiri com wakame, gergelim e umeboshi


Esses dias tenho levado oniguiris (os bolinhos de arroz japonês) para o almoço antes da aula. Às vezes faço a refeição dentro do ônibus mesmo (desde que ninguém se sente do meu lado e durma, afinal, são duas horas de viagem) e eles são uma boa opção, pois não fazem sujeira e não têm cheiro forte.

Essa versão é do livro Simply Onigiri. Ele traz várias ideias de como preparar bolinhos diferentes, mas, basicamente, basta juntar algum ingrediente ao arroz, ou recheá-lo, e modelá-los. Para finalizar, é só envolver com uma folha de nori.



Preparo do arroz (método do livro)


(Não sigo todos esses passos à risca, mas achei que poderia ser útil para quem não tem muita experiência com o arroz japonês)

Coloque a quantidade de arroz (arroz japonês, glutinoso) a ser usada em um recipiente e junte água suficiente para cobrir os grãos. Misture várias vezes com uma das mãos sem apertá-los para que não se quebrem. Escorra. Sem adicionar água, faça movimentos circulares com a mão (cerca de dez vezes), adicione água e escorra. Repita esse último procedimento até que a água torne-se quase transparente. 

Após lavar o arroz, coloque em uma peneira, cubra com um pano úmido e deixe descansar por 30 minutos. Os grãos absorverão a água e ficarão maiores. 

Para cozinhar, meça o arroz, coloque-o na panela e adicione uma medida e meia do volume de arroz de água. (Por exemplo, se tiver 1 xícara de arroz lavado, você precisará de 1 xícara e meia de água). Tampe e leve ao fogo médio, espere ferver. Abaixe o fogo e cozinhe por cerca de 15 minutos. Retire do fogo e deixe descansar com a panela tampada por 10 minutos. Destampe e misture o arroz com uma espátula. Cubra levemente com um pano úmido e coloque a tampa, deixe assim até o momento de usar.




Oniguiri com wakame, gergelim e umeboshi

 (Para 8 oniguiris)

6 c sopa de wakame
480g de arroz japonês cozido
2 c sopa de gergelim tostado
sal a gosto
umeboshis sem caroço picados a gosto

Coloque o wakame em um saco tipo ziplock e use um rolo ou as mãos para esmigalhá-lo. (Tive que tostar meu wakame em uma frigideira para que ele ficasse crocante e quebradiço). Misture o wakame esmigalhado ao arroz cozido quente. Cubra o recipiente com um filme plástico e deixe descansar por 5 minutos. Adicione o gergelim tostado, o umeboshi, sal a gosto e misture com cuidado. Umedeça as palmas das mãos, pegue uma porção de arroz com a espátula, molde o oniguiri no formato desejado e envolva com um pedaço da folha de nori cortado no tamanho que achar apropriado. (Ainda não tinha usado o nori quando tirei as fotos). Repita o procedimento até que a mistura de arroz acabe.


Minhas orquídeas estão em flor outra vez


23.4.14

Pickles de legumes bem simples

 

Receita vietnamita. Ela é bem simples e rende um gostoso pickles agridoce que pode ser conservado na geladeira por até dez dias. (Comi tudo sozinha em dois!).

Daqui, visto aqui.



Pickles agridoce de legumes 


Para um vidro grande de legumes variados (cenouras, pepino, couve-flor, nabo, etc., limpos e cortados em fatias ou palitos)

Marinada:
1 x de vinagre de vinho branco ou arroz

1 x de açúcar (usei orgânico por isso o líquido ficou um pouco mais escuro)
1,5 x de água

1 c café de sal


Coloque o vinagre, a água e o açúcar e leve ao fogo, espere ferver. Retire do fogo, junte o sal, misture e espere esfriar.
Coloque os legumes preparados em um vidro grande (ou dois médios como eu, ou tupperwares), cubra com a marinada, tampe e deixe na geladeira por no mínimo uma noite antes de consumir.

Na receita original o sal é juntado aos legumes ao invés de colocado na marinada. Eles então ficam em repouso por 10 minutos antes de serem espremidos para retirar o excesso de líquido. Você também pode colocar dentes de alho inteiros descascados ou pimenta dedo de moça sem sementes fatiada ou inteira, como preferir, para dar um sabor diferente.


18.4.14

Bolo de chocolate (em forma de cupcake)


Receita postada pelo Richie, que faz sobremesas arrasadoras, esta não é exceção, fez muito sucesso blogosfera afora e achei que era uma boa época para testá-la. 

Fiz metade da receita da massa e assei em uma forma de muffin de seis buracos. Deu certinho, só devia ter untado melhor porque ela cresceu um bocado e grudou um pouco no fundo. Também fiz metade da receita de glacê, usado só na cobertura. Ficou gostoso, a massa é ótima, mas achei o glacê meio enjoativo, gosto mais de glacês à base de cream cheese. (De qualquer forma, bolo de chocolate nunca foi meu favorito).


Uma de nossas últimas aquisições. Um moedor de café manual para fazer par com nossa cafeteira retrô. Usava um moedor elétrico de lâmina que também serve para moer temperos para moer os grãos de café, mas era difícil acertar a moagem com ele. O manual exige paciência e trabalho braçal, mas cumpre o serviço. Quanto à máquina de espresso, ela é bonita, mas o café é apenas razoável, está longe de produzir a crema dos meus sonhos... rs

Passo a receita do bolo inteiro e uma trilha sonora para o final de semana, acho que já postei Cigarettes and Chocolate Milk do Rufus Wainwright antes, mas vira e mexe, gosto de ouvi-la outra vez:






Bolo de Chocolate

[rende um bolo de duas camadas com 20cm de diâmetro e 10cm de altura. Você vai precisar de 2 fôrmas redondas de 20cm de diâmetro].

Para a massa:
1 e 3/4 xícaras de farinha de trigo;
2 xícaras de açúcar;
3/4 de xícara de cacau em pó de boa qualidade;
2 colheres de chá de bicarbonato de sódio;
1 colher de chá de fermento em pó;
1 colher de chá de sal;
1 xícara de buttermilk*;
1/2 xícara de óleo vegetal;
2 ovos;
1 colher de chá de extrato de baunilha;
160ml de café espresso quente [ou um café forte, feito com café solúvel].


Para o recheio e cobertura:
240g de chocolate meio amargo picado (use um chocolate de boa qualidade com alta porcentagem de cacau)
300g de manteiga [sem sal] em temperatura ambiente;
1 gema de ovo grande [como a cobertura não é cozida e gema crua pode não ser legal, você pode trocar por 3 colheres de sopa de leite, ou creme de leite fresco];
1 e 1/2 colheres de chá de extrato de baunilha;
1 e 1/2 xícaras mais 2 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro peneirado;
1 e 1/2 colheres de sopa de café solúvel;
3 colheres de sopa de água quente.



Preparando a massa:
Corte 2 círculos em papel manteiga, de 20cm de diâmetro cada. Unte as fôrmas com manteiga. Forre o fundo de cada uma com os círculos de papel manteiga e unte o papel manteiga. Enfarinhe as fôrmas, tirando bem o excesso. Reserve.
Preaqueça o forno a 170 graus.
Em uma tigela grande misture bem, com um fouet ou na batedeira em velocidade baixa, a farinha, o açúcar, o cacau, o bicarbonato, o fermento e o sal. Em outra tigela misture o buttermilk, o óleo, os ovos e a baunilha. Incorpore, aos poucos, a mistura de líquidos à mistura de sólidos, sem bater. Adicione o café quente e mexa até incorporar.
Divida a massa nas duas fôrmas preparadas e asse por 35 minutos, até que enfiando um palito no centro ele saia limpo.
Deixe os bolos descansarem dentro da forma por 30 minutos, então vire-os e deixe que esfriem completamente. Retire com cuidado o papel manteiga.


Prepare o recheio:
Derreta o chocolate em banho-maria ou no micro-ondas. Mexa para uniformizar e espere chegar na temperatura ambiente. Reserve.
Na batedeira, em velocidade média, bata a manteiga até que ela fique clara e cremosa. Adicione a gema, a baunilha e bata por 1 minuto, lembrando de raspar as laterais da tigela. Em velocidade baixa adicione o açúcar de confeiteiro peneirado e bata por mais 1 minuto.
Em uma tigelinha, dissolva o café solúvel na água quente.
Incorpore aos poucos o chocolate derretido e o café dissolvido no creme de manteiga.


Montando o bolo:
Sobre o prato de servir coloque um dos bolos, com o lado reto [onde estava o papel manteiga] para cima. Com uma espátula distribua um terço do creme e cubra com o outro bolo, esse com o lado arredondado para cima. Cubra as laterais e o topo com o restante do creme.
Deixe gelando por pelo menos 1 hora antes de cortar. Ah, e se você fizer na véspera, mantenha na geladeira, mas retire 1 hora antes de servir.


*Sempre que faço manteiga retiro o buttermilk e congelo - é esse que uso nessa receita. Porém existem métodos caseiros de se preparar buttermilk:

_para 1 xícara de leite adicione 4 colheres de chá de suco de limão ou vinagre branco. Deixe descansar em temperatura ambiente por 10 a 15 minutos, até ficar com a aparência de leite talhado;
_ em uma xícara de medida coloque duas colheres de sopa de iogurte ou coalhada, e complete até a medida de 1 xícara com leite.

16.4.14

Quiabo com vinagrete de cebola roxa


Quiabos limpos cozidos no vapor até ficarem macios, mas ainda firmes, e um vinagrete feito com cebola roxa, suco de limão, azeite e sal. 

9.4.14

Bolo integral de bananas, aveia e ameixas secas


Entrei na quarta semana após a fratura na clavícula e finalmente sinto que estou melhorando, a amplitude dos movimentos do braço aumenta pouco a pouco. É tão frustrante não conseguir levantá-lo ou estendê-lo para onde quero! Dormir só de um lado ou com a barriga para cima também não é nada agradável. Mas bem, estou na fase da resignação, já fiquei com raiva de mim mesma por ter caído por descuido e depois chateada, agora chega. Volto ao médico na próxima semana e veremos se ele me libera da tipoia. 

Até fiz um bolo hoje. Parece que só como bolo de banana, mas deve ser verdade mesmo. Costumo comprar bananas para alimentar os pássaros e, como elas amadurecem ao mesmo tempo, tenho que dar um jeito de acabar com aquelas que sobram.

O bolo é gostoso. Dá para variar bastante.




 Bolo integral de bananas, aveia e ameixas secas
 

6 bananas
3 ovos
1/2 xícara de chá de leite desnatado
1/2 xícara de chá de óleo
1 xícara de chá de açúcar mascavo
6 ameixas secas sem caroço
1 xícara de chá de farinha de trigo integral
1 xícara de chá de aveia
1 colher de sopa de fermento
Canela em pó a gosto



No liquidificador, bata 1 banana, os ovos, o leite, as ameixas e o óleo. Acrescente o açúcar e bata mais um pouco. Em uma vasilha, coloque a farinha de trigo, a aveia e o fermento. Junte a mistura do liquidificador e mexa bem.

Coloque metade da massa em uma forma quadrada untada e enfarinhada, as 5 bananas restantes cortadas em rodelas e salpique com canela. Cubra com o restante da massa e leve ao forno pré-aquecido.

Sugestões: O recheio pode ser uma mistura de banana e maçã.

31.3.14

O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação - Haruki Murakami


Na época do colégio, Tsukuru Tazaki pertencia a um grupo de amigos muito unido em Nagoya, cidade onde cresceu. Três rapazes e duas garotas. Com exceção de Tsukuru, todos os demais possuíam o ideograma de alguma cor em seu sobrenome e algum talento que os distinguia. Kuro era a garota de língua afiada que gostava de escrever; Shiro era a pianista. Ao era o esportista e, Aka, o intelectual. Por isso, Tsukuru não conseguia deixar de sentir que ele era o "incolor" do grupo, sem nada que o distinguisse de alguma forma. Após o colégio, ele é o único que deixa a cidade e vai a Tóquio para prosseguir os estudos, mas ele retorna sempre que há algum feriado para rever os amigos. 

No segundo ano de faculdade, algo inexplicável ocorre, ele retorna para a casa dos pais em Nagoya e nenhum de seus amigos atende suas ligações. Ao final,  Kuro pede que ele pare de ligar, pois nenhum deles iria mais vê-lo. Tsukuru fica chocado e não consegue explicar o motivo desse rompimento repentino de relações. Ninguém lhe explica nada e ele retorna a Tóquio em estado de choque. Ele tenta esquecer o que ocorreu mergulhando nos estudos, termina a faculdade de engenharia e encontra um emprego em uma construtora de estações de trens da capital. Dezesseis anos se passam, mas a dor continua viva. Uma namorada acha que seu passado impede que ele se envolva com outras pessoas e atrapalha seus relacionamentos. Ela o  aconselha a procurar os antigos amigos para pedir explicações e esclarecer esse episódio de seu passado. 

Este é o enredo do último livro de Haruki Murakami, a tradução para o inglês deve sair no segundo semestre.

Pensei em comprar o original, mas o dólar subiu e desisti. Consegui uma tradução em alemão e foi a que li. Demorei para terminar. Achei arrastado, parava, voltava. (Fraturar a clavícula até que me ajudou a colocar algumas leituras em dia). Tinha esperanças de que o livro fosse melhor do que 1Q84, mas Murakami parece ter perdido o seu "jazz". Achei muitas coisas repetitivas, tive a impressão de que ele recolheu alguns pedaços de textos, algumas ideias já usadas aqui e ali, e criou um romance. Ou, como mencionei antes, talvez seja eu que não me identifique mais com os seus protagonistas trintões, solitários, pouco assertivos e que lamentam a perda de algo irrecuperável.

Apesar disso, ainda consegui me identificar com alguns pontos do romance. Também fazia parte de um grupo de amigos, três garotas e dois rapazes, no qual me sentia muito à vontade. Amava cada um deles de uma forma que só é possível na adolescência. Também nos afastamos quando entramos na faculdade. Nós nos víamos cada vez menos até perdermos totalmente contato. Mudamos, fizemos escolhas e seguimos caminhos diferentes. Sobraram lembranças e talvez alguns ressentimentos. Tsukuru, como eu, tem 36 anos quando vai ao encontro dos antigos amigos e descobre o que ocorreu com cada um deles. Às vezes, fantasio como seria o reencontro de nosso grupo... Provavelmente seria estranho. (Se algum de vocês ler este blog, espero que esteja bem e que, na medida do possível, esteja satisfeito com sua vida, pois sei que ela não saiu exatamente como imaginávamos. Saiba, também, que vocês sempre ocuparam um lugar importante em meu coração).

28.3.14

Bolo integral de banana com mel


Receita que estava entre os rascunhos. Bolinho simples de banana e farinha integral. Mel no lugar do açúcar.




Bolo integral de banana e mel

1/3 x de óleo de coco ou outro óleo vegetal
1/2 x de mel
2 ovos
1 x de bananas amassadas
1 c chá de essência de baunilha (não usei)
1/2 c rasa de chá de sal
1/2 c chá de canela em pó
1 3/4 x de farinha de trigo integral (os 3/4 foram de farinha normal, pois a integral acabou)
1 c chá de bicarbonato de sódio
1/4 x de água quente


Preaqueça o forno à 165 C e unte uma forma de bolo inglês.

Misture o óleo e o mel, adicione os ovos e bata bem. Junte a banana, a baunilha, o sal e a canela e, por fim, a farinha. Misture muito bem. Adicione o bicarbonato à água quente em um copo, junte à massa. Misture até incorporar e coloque a massa na forma. (Não sei qual é o efeito de misturar a água e o bicarbonato, se é realmente necessário, mas o bolo cresceu).

Asse por 60-65 minutos ou até que um palito inserido em seu interior saia limpo. Espere esfriar por 5 minutos antes de desenformar e mais 30 min para fatiar.




17.3.14

Frigideria tex-mex de frango, vegetais e queijo


E hoje acordei às 5h30 porque meu novo vizinho fez um galinheiro no quintal e o galo começou a cantar e não parou até o sol nascer. Tomei o café e aproveitei para limpar a piscina em seguida. Ia descer a escada da casa de máquinas quando pisei em falso e fui ao chão como uma fruta madura. Cai de uns dois metros. A primeira coisa que fiz foi checar os machucados, verificar o que doía. Algumas escoriações e um corte entre o polegar e o indicador, até pensei em ligar a bomba e esquecer a queda, mas não conseguia levantar o braço direito, sentia muita dor, esperei um pouco e subi a escada de volta. Tentei agir com normalidade. Lavei a louça devagar, escovei os dentes com a mão esquerda e finalmente pedi para o O. me levar para o hospital. O residente de ortopedia teve dúvidas mortais sobre se havia algo olhando a radiografia, pediu para eu fazer outra e chamou o médico responsável para dar uma opinião. Ele disse que havia uma fratura na clavícula. Não chegou a quebrar e eu mesma tenho minhas dúvidas sobre se o diagnóstico é tão sério. Sei que dói bastante e levantar o braço é terrível. Não preciso de gesso, mas terei que usar uma tipoia durante algum tempo para ficar com o braço imobilizado. Com um opiáceo e dois anti-inflamatórios, até que dá para levar, no entanto, ficarei um pouco afastada do blog.  (E, sim, eu culpo o galo!).


Esta receita estava nos arquivos, da época da minha febre mexicana. Muita boa. É só preparar as tortillas e, como escreve a Neide Rigo,  nhac!




Frigideira tex-mex de frango, vegetais e queijo


2 filés de peito de frango cortados em fatias/pedaços não muito grandes (cerca de 275-300 g)
1 c chá de chili em pó (ou a gosto)
1/2 c chá de cominho em pó
sal e pimenta a gosto
farinha para polvilhar
2 c sopa de manteiga
1 cebola em fatias (usei roxa)
2 cebolinhas fatiadas 
150 g milho congelado (ou enlatado) opcional (não usei)
1 dente de alho picado
1 pimentão vermelho fatiado
1 jalapeno sem sementes fatiado (não usei, pode ser chipotle também)
1 c chá de orégano
50 ml caldo de frango ou água (coloquei apenas uma ou duas colheradas para não secar)
suco de limão gosto
100 g queijo (cheddar ou outro)


Tempere o frango com o chili, sal e pimenta. Passe os pedaços pela farinha.

Aqueça 1 c sopa de manteiga em uma frigideira grande e doure os pedaços de frango por cerca de 2 minutos. Não é necessário que cozinhem completamente. Remova-os da frigideira, coloque sobre um prato e reserve.

Na mesma frigideira, aqueça a manteiga restante e refogue a cebola, o alho e a cebolinha. Junte o milho, o pimentão, o jalapeno e o oregano. Cozinhe por alguns minutos e tempere com sal e pimenta. Devolva os pedaços de frango à frigideira. Deixe cozinhar um pouco e coloque suco de limão a gosto. Adicione o caldo de frango ou água. Misture com cuidado, corrija o tempero caso necessário. Depois que o caldo tiver se reduzido um pouco, distribua o queijo sobre tudo, tampe e cozinhe até que ele derreta. (Ou, se preferir e caso sua frigideira seja apropriada para isso, coloque-a no forno sem a tampa com o grill ligado e deixe o queijo derreter e dourar).

Para servir: 4 tortillas de trigo, limão em pedaços, creme azedo, salsa, guacamole...


10.3.14

Sagu de vinho tinto com creme


E finalmente fiz o sagu com vinho e creme! Foi minha primeira experiência com sagu. Há muitas receitas na internet e fiquei com várias dúvidas sobre qual a melhor forma de preparar essas bolinhas. Em algumas, era preciso fazer um pré-cozimento do sagu e depois lavá-lo em água corrente, parece que isso evitaria que as bolinhas grudassem depois. Em outras, o sagu era cozido já com todos os ingredientes e não havia lavagem alguma. Também havia aquelas feitas na panela de pressão e outras nas quais o sagu ficava de molho em água por algumas horas. Uma levava só vinho, outra misturava suco de uva e vinho. O creme, às vezes, era feito apenas com amido e leite, outras receitas levavam só gemas e algumas pediam leite condensado e creme de leite. Na dúvida, juntei informações daqui e dali e fiz minha própria versão.

Ficou muito bom em termos de sabor, usei uma combinação de suco de uva e vinho, as bolinhas ficaram transparentes e macias, mas o sagu que comi no sul, em geral, tinha mais caldo, achei que as bolinhas absorveram todo ele como pequenas esponjas. Alguém tem dicas de como preparar essa receita? Ou pode me dizer se estou longe do ideal? O creme ficou muito bom, pretendo mantê-lo como está.

Guardei sagu e creme em potes fechados na geladeira e como na sobremesa.




Sagu de vinho tinto com creme

sagu
2 x de sagu (300g)
2 l de água
2 x de vinho tinto seco
2 x de suco de uva natural (aquele de garrafa)
1 x de açúcar (achei a quantidade perfeita, mas se preferir mais doce adicione mais 1/2 x)
5 cravos da índia
1 pau de canela
1 anis estrelado (opcional)

Coloque o sagu e a água em uma panela e leve para cozinhar. Quando levantar fervura, dê uma misturada e desligue o fogo. Misture de vez em quando para que as bolinhas não grudem, faça isso até que o sagu esfrie ou fique morno. Quando isso ocorrer, coloque em uma peneira grande e lave em água corrente para retirar o excesso de amido. Nesse ponto, as bolinhas ainda estarão branquinhas. Em seguida, coloque de volta na panela com os demais ingredientes, leve para cozinhar e, quando começar a ferver, desligue o fogo, tampe e misture de vez em quando. Aos poucos as bolinhas ficarão transparentes e absorverão o caldo.


creme
1/2 l de leite
1/2 x de açúcar
2 c sopa de amido de milho
1 gema passada pela peneira
1 c chá de essência de baunilha (não usei)

Dissolva o amido em um pouco de leite, junte os ingredientes restantes e leve ao fogo para cozinhar. Misture até que o creme comece a ferver e adquira a consistência de mingau mole.

Sirva o sagu frio com colheradas de creme.



7.3.14

Almôndegas recheadas com muçarela de búfala acompanhadas de molho de tomate e pesto


Uma das melhores receitas de almôndegas dos últimos tempos. Bem, devo confessar que raramente faço almôndegas, pois acho seco e sem graça quando é feito no forno, mas gostei destas. Outra receita da Rachel Ray.

Usei um pote daquelas bolinhas de muçarela de búfala fresca no recheio e elas soltaram bastante líquido, talvez ele tivesse evaporado mais se não colocasse as almôndegas tão próximas, mas, ao final, ele se transformou em um caldo bastante saboroso. Quando requentei para a refeição seguinte, ele se reduziu bastante. Usei apenas carne bovina e o pesto pronto que estava perto do vencimento.




Almôndegas recheadas com muçarela de búfala acompanhadas de molho de tomate e pesto


4 fatias de pão amanhecido em pedaços
leite para umedecer o pão
450g de carne bovina moída
450g de carne suína moída
3 dentes de alho picados
2 c sopa de salsinha seca (usei fresca)
3/4 x de queijo parmesão
1 ovo
sal e pimenta a gosto
cerca de 16 bolinhas de muçarela de búfala
2 c sopa de azeite extra virgem + 1/4 x para o molho
2 latas de tomate pelado
1 c chá de raspas de limão (não usei)
1 c sopa de manjericão fresco


Preaqueça o forno à 210C.

Coloque o pão em um recipiente e cubra-a com o leite, reserve.

Em uma tigela grande, combine as carnes moídas, 2 dentes de alho, 1 c sopa de salsinha, metade do parmesão, o ovo e tempere com sal e pimenta. Esprema o pão para retirar o excesso de leite e adicione à mistura de carne. Combine tudo muito bem com as mãos.

Divida a mistura de carne em 16 porções iguais, pegue cada porção e abra-a um pouco sobre a palma da mão. Coloque a bolinha de muçarela em seu centro e feche, envolvendo-a com a carne. Repita o procedimento até que a carne acabe.

Coloque as almôndegas em um refratário ou forma à medida que as modela. Espalhe 2 c sopa de óleo sobre elas e asse por 25-30 minutos ou até que dourem e fiquem firmes.

Enquanto as almôndegas assam. Coloque uma panela no fogo, adicione o tomate pelado e desfaça-os com um garfo ou colher. Tempere com um pouco de sal e pimenta e deixe cozinhar. Enquanto isso, misture 1 c sopa de manjericão, as raspas de limão, 1 c sopa de salsinha, 1 dente de alho, sal, pimenta e 1/4 x de azeite para fazer o pesto.

Depois que as almôndegas estiverem prontas. Retire o molho de tomate do fogo e junte o pesto.

Distribua o molho nos pratos, coloque as almôndegas, polvilhe queijo parmesão e sirva.  (Minha apresentação ficou um pouco diferente...)




5.3.14

Aveia para todas as manhãs



Ainda bem que o feriado acabou. Os vizinhos dos dois lados resolveram baixar por aqui e não vieram sozinhos. As madrugadas foram barulhentas, Carnaval parece excluir a boa educação e o pessoal se comporta como se estivesse em um resort. O. baixou um programa de "soothing sounds" (sons relaxantes) e escolheu uma combinação de chuva e mar para abafar o ruído, até que funcionou, mas, depois de três noites, os sons relaxantes também começaram a soar como barulho e não consegui mais dormir...

Quanto à receita, acho que já disse que gosto de aveia, não disse? Esta é da Joy. Ela usa "steel cut oats" um tipo de aveia cujo grão é quebrado, não prensado ou em flocos como encontramos por aqui. Usei o prensado, a diferença é o tempo de cozimento, bem mais rápido. Se preferir, você pode omitir o açúcar e colocar um pouco de mel na hora de servir.




Aveia para todas as manhãs

3 x de água (720 ml)
1 x de leite (240 ml)
1 x de aveia prensada
1 x de cenouras raladas no ralador grosso
1/2 x de passas (90g)
3/4 c chá de canela em pó
1/4 c chá de gengibre em pó
1/4 c chá de noz moscada moída na hora
3 c sopa de açúcar demerara
1 pitada de sal 
1/2 x de coco ralado em flocos sem adoçar
2 c chá de raspas de casca de laranja


Leve o leite e água ao fogo em uma panela. Espere ferver. Adicione a aveia, as cenouras, as passas, a canela, o gengibre, a noz moscada, o açúcar, o sal e espere levantar fervura outra vez. Deixe cozinhar em fogo baixo até que o líquido comece a engrossar e a aveia fique macia, cerca de 10 minutos. Retire do fogo e adicione o coco ralado e as raspas de laranja. Tampe e deixe descansar por 5 minutos antes de servir. Sirva morna com um pouco mais de leite, caso goste.


3.3.14

Manteiga no pote


Vi a ideia aqui e fiquei curiosa. Exige um pouco de trabalho braçal, mas tem seu lado lúdico. Como tinha uma garrafinha de creme de leite que venceu dois dias atrás, mas ainda estava com boa aparência, resolvi testar.


Pegue um pote de vidro esterilizado, coloque um pouco de creme de leite fresco, daqueles de fazer chantilly, tampe bem e comece a chacoalhar. Nota: deixe uma boa folga no vidro para que o creme possa se movimentar bastante, enchi demais na foto acima. Depois de ficar com os braços cansados, dividi a quantidade entre dois potes e a coisa andou bem mais rápido. (E se tiver medo de que um pouco do líquido  vaze pela tampa, algo que realmente pode acontecer, segure essa parte com um pano de prato).


Quando você estiver se perguntando quanto tempo mais terá que chacoalhar, de repente, a manteiga se separa do leitelho, ou buttermilk, e forma uma pelota.


Como disse, dividi o creme de leite entre dois potes. Aí está o resultado. Agora, basta escorrer e guardar o leitelho para usar em alguma receita, colocar a manteiga em uma tigela com água gelada e lavá-la, descartar a água e repetir o processo algumas vezes, até que a água fique limpa, sem o esbranquiçado do leitelho, pois ele pode azedar a manteiga. Após o banho, você pode adicionar sal e conservar na geladeira. 

Para quem quiser mais detalhes, veja as fotos da Márcia.


14.2.14

Focaccia com ervas e azeite


Feliz Valentine's Day. Acho essa mania de importar datas comemorativas estranha, mas imagino que muita gente goste de usar o Valentine's Day como pretexto para agradar a cara metade, não é mesmo? Bem, desejo-lhes um dia cheio de romance.

Quanto à receita. Não faço focaccia com frequência. É algo bom para comer no mesmo dia, depois começa a endurecer e somos só duas pessoas, já viram, né? No entanto, esta receita me pareceu tão apetitosa que não resisti. Leva uma quantidade generosa de azeite e ervas. Foi fácil preparar e o sabor é muito bom. Apenas achei que as bordas ficaram mais firmes e tenderam mais para um biscoito do que para pão.

Congelei o que sobrou.

Daqui.




Focaccia de ervas e azeite

1/2 x (118 ml) de azeite
2 dentes de alho picados
1 c sopa de tomilho fresco picado (ou 1 c chá de tomilho seco)
1 c sopa de alecrim fresco picado (ou 1 c chá de alecrim seco)
1/4 c chá de pimenta do reino
1 x (237 ml) de água morna
2 c chá rasas de fermento biológico instantâneo seco
1/4 c chá de mel
2 1/2 x (350gr) de farinha
1 c chá de sal

Coloque o azeite, o alho, o tomilho, o alecrim e a pimenta do reino em uma panela ou frigideira pequena ainda fria e cozinhe em fogo baixo, mexendo de vez em quando, até que o azeite fique bem aromático, mas sem permitir que o alho queime. Reserve.

Misture a água morna, o fermento e o mel e um recipiente grande. Mexa e deixe descansar por cerca de 5 minutos. Adicione 1 xícara de farinha e 1/4 de xícara do azeite aromático. Mexa 3 ou 4 vezes para que a farinha fique úmida. Deixe descansar mais 5 minutos. Depois disso, adicione a farinha restante (1 1/2 x) e o sal. Quando a massa se formar, transfira para uma superfície enfarinhada e sove até que ela fique macia e elástica, 10-15 minutos. Transfira para uma tigela untada com óleo, cubra com um pano de prato e deixe crescer por uma hora. Após uma hora, preaqueça o forno a 230C. Espalhe 2 colheres de sopa do azeite aromático sobre uma forma de cerca de 23x33cm.

Coloque a massa sobre a forma e abra com as mãos para que ela cubra toda a superfície da forma. Use os dedos para que sua superfície fique cheia de depressões e espalhe as 2 colheres de sopa de azeite aromático restantes sobre ela. (Veja as fotos aqui para ter uma ideia). Deixe crescer por 20 minutos e asse por 15-20 minutos, ou até dourar.


12.2.14

Salsa mexicana fresca


Continuo com minha fase "mexicana", engraçado como temos fases de comida, não é mesmo? A salsa é um molhinho de tomates e pimenta muito gostoso para acompanhar tacos, burritos ou mesmo nachos (nossos doritos).

Li os comentários da receita e usei o processador para picar tudo, apenas algumas pulsadas, mas se não tiver o aparelho, basta picar tudo muito bem com a faca. Não tinha a pimenta "ancho" e nem a jalapeno, então usei um pedaço de dedo-de-moça só para dar um pouco de "ardor". É uma adaptação, mas ficou boa.

Fiz metade.




Salsa mexicana fresca


6 tomates picados
4 dentes de alho picados
2 pimentas jalapeno sem sementes picadas + duas jalapenos assadas e sem pele picadas
1 pimentão vermelho picado
1/2 cebola roxa picada
2 pimentas ancho secas em pedaços
1 c sopa de azeite
suco de 1 limão
chili em pó, sal e pimenta do reino a gosto
cebolinha, coentro ou salsinha a gosto



Combine todos os ingredientes em uma tigela grande. Conserve na geladeira para que o sabores se intensifiquem por até 12 horas.


10.2.14

Caçarola tex-mex


Outra receita deliciosa da Rachel Ray. Fiz com carne bovina, mas pode ser preparada também com porco ou frango. Uma combinação ótima, um prato completo, um burrito desconstruido. Fiz minhas próprias tortillas usando esta receita

Minhas alterações: usei menos suco de limão e menos cerveja, achei que a quantidade de líquido pedida daria muito caldo e usei menos da metade da lata. Imagino que a ideia deva ser que as tortillas absorvam o líquido, mas preferi que elas continuassem crocantes. E estava sem cheddar, sei que parece estranho, mas usei minas meia cura (e ficou bom!).



Caçarola tex-mex

8 tortillas de trigo cortadas em tiras de 2,5cm
1 c sopa de cebola em pó (não tinha)
1 c sopa de alho em pó
1 c sopa de cominho em pó
1 c chá de canela em pó
1 c sopa de chili em pó (ou a gosto)
1 c chá de orégano
cerca de 800g de filé mignon, ou peito de frango, ou lombo cortado em tiras/fatias finas
sal e pimenta a gosto
4 c sopa de óleo
1 lata de cerveja (usei menos da metade da lata)
2 pimentões vermelhos sem sementes fatiados
2 cebolas roxas fatiadas
3-4 dentes de alho bem picados
1/4 x de coentro
2 limões tahitis
2 x de cheddar ou outro queijo de sua preferência



Preaqueça o forno à 200C.

Distribua as tiras de tortillas sobre uma assadeira grande e asse até que fiquem crocantes.

Misture a cebola e o alho em pó, o cominho, a canela, o chili em pó e o orégano em uma tigela pequena. Tempere a carne com sal e pimenta e depois polvilhe a mistura de temperos sobre ela. Misture bem.

Aqueça duas colheres de óleo em uma frigideira grande. Coloque a carne e doure em fogo alto. Adicione a cerveja e cozinhe por dois minutos para reduzir um pouco.

Enquanto a carne cozinha, aqueça as duas colheres de óleo restantes em outra frigideira e refogue o pimentão, as cebolas e o alho até que comecem a dourar e fiquem macios. Adicione o coentro, o suco de 1 limão e tempere com sal e pimenta. Retire do fogo.

Distribua todos os ingredientes, carne, pimentões, cebolas e tortillas tostadas em um grande refratário. Cubra com o queijo e leve ao forno apenas para que este derreta. Sirva com suco do limão restante, sour cream e salsa.




7.2.14

Frango com quiabo



Bem, é minha versão de frango com quiabo. Procurei algumas receitas e juntei uma dica daqui e outra dali para prepará-la. Em uma delas, o quiabo era picado em rodelas e frito em um boa quantidade de óleo e depois escorrido antes de ser adicionado à panela com o frango. Parece que, assim, o quiabo perderia a baba. Mas como não ligo para a baba do quiabo e não queria fritar nada, fiz da forma que achei mais simples. O resultado ficou bem honesto. Tive vontade de adicionar cerveja no lugar da água que usei na falta de caldo de frango, ou um pouco de cachaça, mas achei que descaracterizaria o prato.

Fiz para duas pessoas. (Considerando as proporções, deveria ter escrito "quiabo com frango"). 



Frango com quiabo

500g sobrecoxa de frango sem excesso de gordura, mas com pele
1 c chá de cúrcuma (açafrão da terra) ou colorau
2 dentes de alho ralado
sal e pimenta a gosto
2 c sopa de óleo
cerca de 300g de quiabo limpo e cortado em pedaços grandes
1 c chá rasa de açúcar
1/2 cebola grande picada
3/4 x água (melhor se for um caldo de frango caseiro)


Tempere o frango com a cúrcuma, o alho, o sal e a pimenta e deixe descansar por cerca de 30 minutos ou mais. 

Aqueça o óleo em uma panela grande e doure o frango dos dois lados retire e, na mesma panela refogue a cebola. Adicione mais óleo caso necessário. (O segredo é dourar bem o frango, sem deixar queimar, e depois ir raspando o resíduo que estiver grudado na panela). Adicione o açúcar, deixe caramelizar um pouco, devolva os pedaços de frango e deixe pegar um pouco do caramelizado. Junte a água, o quiabo e deixe cozinhar até que o frango fique macio e o molho apurado. Corrija o tempero caso necessário e junte mais água/caldo de frango se começar a secar. Sirva com angu.




5.2.14

Bolo de banana e aveia sem farinha


Dias estranhos, não é mesmo? Fevereiro já começou e tenho a sensação de que 2014 será um ano atípico, começamos com esse verão terrível, mas ainda há a copa, a eleição... Deve ser só uma impressão derivada dessas noites maldormidas devido ao calor. 

Bem, vamos ao bolo.

Receita da Letícia que repito constantemente, ela leva apenas aveia, sem farinha. Quase sempre uso a aveia prensada, mais grosseira do que aquela em flocos, então o bolo fica mais "rústico", mas adoro. Costumo substituir as castanhas-do-pará por qualquer tipo de nozes ou castanhas que tiver, literalmente raspo todos os fundos de potes e pacotes (outro dia usei restos de amendoim, sementes de abóbora e nozes). A versão da foto foi feita com o resto de um pacote de coco ralado que tinha aberto. Ficou gostoso, apenas a massa ficou ligeiramente mais quebradiça. Quando uso castanhas, amendôas ou nozes, como tenho preguiça de processar para obter a farinha, bato no liquificador junto com os líquidos. A Letícia usa um mixer de mão, eu prefiro bater os líquidos (e "nuts") no liquidificador, juntar a aveia e o fermento e misturar com uma colher. Rápido.



Bolo de banana e aveia sem farinha

3 bananas maduras
1 ½ xícara de aveia em flocos
¾ de xícara de açúcar mascavo claro
½ colher (sopa) de fermento químico
½ xícara de óleo de canola
2 ovos
1 pitada de sal
50g de farinha de castanha-do-pará (+ 15g para a cobertura)


Comece ligando o forno a 180ºC. Unte e enfarinhe uma forma de bolo inglês média ou, se preferir, duas pequenas.

Em uma tigela, acomode as bananas em pedaços, o ovo e o óleo. Com o mixer, bata até obter uma mistura homogênea. Acrescente o açúcar e o sal e bata novamente. Some a aveia, 50g de farinha de castanha-do-pará e o fermento, mexendo delicadamente com uma colher de pau. (Minha versão: bato tudo no liquidificador, menos a aveia e o fermento que junto no final e misturo com uma colher de pau).

Deite a massa na forma previamente preparada. Numa tigelinha, misture a farinha de castanha-do-pará restante com um pouquinho de açúcar mascavo. Espalhe sobre a massa e leve ao forno até que o bolo passe no teste do palito. Desenforme quando ele estiver frio.


3.2.14

Pão de queijo da Romilda



Que calor é esse, hein? Sei que não dá vontade de ligar o forno ou ficar do lado do fogão esses dias, mas...

Vi a receita no Come-se, da Neide Rigo. Ela a obteve diretamente de uma produtora de queijo canastra lá de Minas e tive que testar. Já nem sei quantas receitas de pão de queijo já coloquei aqui no blog (para encontrá-las, basta usar a caixa de pesquisa aí ao lado), confesso que não sou fiel a nenhuma em particular, todas têm suas pequenas diferenças e o resultado sempre é muito gostoso.

Nota: usei água morna e não precisei adicionar mais para dar o ponto. Se fizer a receita outra vez, provavelmente dobre a quantidade de queijo. Talvez o canastra tenha um sabor mais pronunciado, infelizmente, ainda não tive a oportunidade de experimentar, sei que usei um minas meia-cura de supermercado e mal dava para sentir o seu sabor. Cresceu bem, é do tipo que fica mais aerado por dentro e com a casca mais grossa.

Fiz bolinhas pequenas que encheram uma assadeira grande, assei algumas no dia e congelei o resto.
  



Receita de pão de queijo - adaptada da receita da Romilda pela Neide Rigo


500 g de polvilho azedo
1/2 xícara de leite
1/2 xícara de água
1/2 xícara de óleo (ou manteiga, ou banha)
1/2 colher (sopa) de sal
3 ovos
Mais ou menos 1 xícara de soro morno ou água morna
100 g de queijo canastra ralado grosso (usei minas meia cura)


Ligue o forno bem quente. Coloque o polvilho numa bacia. Leve para ferver o leite, a água, o óleo e o sal. Quando o escaldo ferver, despeje sobre o polvilho e mexa com uma colher. Espere esfriar um pouco para começar a amassar. Vá juntando os ovos aos poucos e sovando com uma só mão (se você meter as duas mãos na massa liguenta, vai inutilizar as duas para pegar os outros ingredientes). Amasse bem e vá juntando soro ou água aos poucos até a massa ficar numa consistência que grude no dedo seco quando encostado a ela. Junte o queijo e misture bem. Unte a mão limpa com óleo e tente moldar uma bolinha. Se ela ficar intacta, ainda cabe mais líquido. Se ela se assentar ligeiramente na palma da mão, está boa. Lave as mãos, unte com óleo e ajeite a massa na bacia. Unte a superfície com óleo, faça uma cruz e está pronta pra modelar. (Não fiz essa parte). Faça bolinhas do tamanho que quiser, retirando porções com uma colher e moldando com as mãos untadas. Coloque em forma sem untar e leve ao forno quente. Deixe assar por cerca de meia hora ou até que fiquem corados. 



31.1.14

Mojito para o happy hour (ou qualquer hora)


Pagar R$ 20,00 por um mojito em um restaurante? Dois ou três mojitos praticamente pagam uma garrafa de rum! Depois é só arrumar gelo, limão, hortelã e água com gás. Faça o happy hour em casa!

Não usei o açúcar. Preparei um xarope simples com uma xícara de açúcar e meia xícara de água. Levei ao fogo até que fervesse e o açúcar se dissolvesse, juntei um ramo de hortelã, esperei murchar. Retirei do fogo, esperei esfriar e coei. Usei colheradas desse xarope para adoçar.

Também fiz uma versão com abacaxi e mel que ficou ótima (admito que exagerei na quantidade de abacaxi, se fizer, use cerca de meia fatia).

Daqui.




Mojito

10 folhas de hortelã frescas
1/2 limão tahiti cortado em 4
2 c sopa de açúcar, ou a gosto (usei o xarope simples mencionado acima)
1 x de cubos de gelo
45ml  de rum
1/2 x de água com gás


Coloque as folhas de hortelã e 1 pedaço de limão em um copo grande. Amasse um pouco com um socador ou colher para liberar um pouco de suco e aroma de hortelã. Junte mais dois pedaços de limão e o açúcar e amasse um pouco mais. Encha o copo com gelo, coloque o rum e finalize com a água com gás. Misture, prove e adicione mais açúcar caso deseje. Enfeite com o pedaço de limão restante.


Acho que exagerei no abacaxi...


29.1.14

Frango ao estilo marroquino com limão siciliano e azeitonas


Ótima receita de frango do livro Look Cook da Rachel Ray, estou gostando muito dele, o número de receitas é grande, há sugestões de acompanhamento e fotos, realmente prático. Fiz três receitas dele e ficaram todas ótimas.

O que fiz diferente: tinha apenas quatro sobrecoxas, então reduzi bastante as proporções e, como tinha uma bandeja de champignons frescos prestes a vencer na geladeira, eu os cortei ao meio e adicionei à panela para dar mais volume e compensar a quantidade menor de frango. Também não coloquei o suco de limão no final, provei e achei que estava bom sem ele.

Pitacos: O limão dá um pouco de amargor ao prato e também um pouco de acidez, nem todos gostam, mas achei o sabor muito bom. Funcionaria também com um frango inteiro em pedaços, se utilizá-lo, talvez seja necessário estender o tempo de cozimento e adicionar mais água/caldo até que ele fique macio.


 

Frango ao estilo marroquino com limão siciliano e azeitonas

2 limões sicilianos
2 c sopa de azeite
1 kg de coxas e sobrecoxas de frango sem osso limpas e cortadas em pedaços
sal e pimenta a gosto
1 cebola grande fatiada
4 dentes de alho grandes amassados
2 folhas de louro
2 c chá de cúrcuma em pó
2 c chá de coentro em pó
2 c chá de cominho em pó
1 pedaço de canela em pau (usei um pouco de canela moída)
2 x de caldo de frango (prefiro usar água a usar o tempero pronto)
1 x de azeitonas verdes sem caroço (usei em rodelas)
um bom punhado de folhas de hortelã fresca picada
2 punhados de salsinha picada

Corte um dos limões em fatias finas.

Aqueça o azeite em uma panela, quando ele estiver bem quente, adicione os pedaços de frango e tempere com sal e pimenta, doure por 3-4 minutos. Adicione a cebola, o alho, as fatias de limão e o louro. Cozinhe, mexendo com frequência, por 6-7 minutos. Junte os temperos, o caldo de frango (água no meu caso) e as azeitonas. Cozinhe por 5 minutos para reduzir o líquido. Retire do fogo, descarte as folhas de louro e o pedaço de canela em pau, junte o suco do limão restante, a hortelã e a salsinha. Sirva com arroz ou couscous.



27.1.14

Panquecas feitas com dois ingredientes


Receita curiosa de panqueca. Leva apenas ovo e banana na proporção de uma banana bem madura amassada para cada  ovo. Misture os dois e frite em frigideira antiaderente com um pouco de óleo/manteiga/gordura de sua preferência. Na receita original, recomenda-se óleo de coco. Como comprara um vidro e ele estava mofando na despensa, usei-o, mas não é necessário. (Aliás, óleo de coco é estranho, endurece quando esfria e fica líquido quando a temperatura sobe, não tem muito sabor e, além disso, tem cheiro de sabão de coco).

Não é muito fácil virar para dourar do outro lado, a massa é frágil, por isso, as panquecas devem ser pequenas para facilitar.

Usei banana nanica. O sabor é bom, adocicado na medida certa, mas, se quiser, coloque um pouco de mel por cima na hora de servir. Boa para quem está fugindo dos carboidratos ou quer algo mais saudável.

Daqui.