23.2.07

Torta de fubá e cobertura de ratatouille


Assim como a Ana, que passou a receita, eu também adorei esta torta, especialmente a massa que pretendo usar em outras tortas salgadas de agora em diante. Ela é leve, nutritiva, com pouca gordura e gostosa. Com os legumes então, perfeita!

Como a Ana, eu também preparei a massa sem o processador e ela ficou boa, só tive que adicionar um pouco mais de água para dar o ponto.


Torta de fubá e cobertura de ratatouille

Massa:
2/3 x de fubá
1/3 x de farinha de trigo integral
1/4 c chá de sal
2 c sopa de manteiga à temperatura ambiente
2 c sopa de óleo de canola
3 c sopa de água


Recheio:
2 c sopa + 1 c chá de azeite
1/2 cebola pequena em fatias finas (cerca de 1/3 x)
Cerca de 1/3 de uma berinjela em fatias finas
1 zucchini, fatiada
3 tomates médios em fatias finas
1/4 c chá de sal
1/4 c chá de pimenta do reino moída
90 g de mussarela ralada no ralador grosso
1/4 x de folhas de manjericão picadas
1/4 x de queijo parmesão ralado


Prepare a massa:

Preaqueça o forno à 180C. Combine o fubá, farinha integral e sal em um processador. Pulse para incorporar. Adicione a manteiga e o óleo e pulse cerca de 20 vezes, até que a mistura fique empelotada. Adicione a água e pulse até obter uma bola. Retire a massa do processador e forre uma forma para torta (a minha tinha 22cm diâmetro). Cubra a massa com uma folha de papel alumínio e coloque arroz, feijões ou outro grão para fazer um peso e evitar que a massa forme bolhas enquanto assa. (Os grãos não podem ser cozidos depois, mas você pode guardá-los para a próxima vez). Asse por 10 min. Retire do forno, remova o papel alumínio com os grãos e retorne a massa para o forno, asse por mais 5 min, ou até que ela perca a umidade. Retire do forno e deixe esfriar. (Serei sincera, eu pulei a parte dos grãos, só levei para assar até que a massa não estivesse mais crua).

Recheio: 
Aumente a temperatura para 200C. Aqueça 1 c chá de azeite em uma panela antiaderente e refogue a cebola até que fique macia. Com um papel absorvente, unte uma forma grande com óleo. Arrume as fatias de berinjela, zucchini e tomate em uma única fileira, pincele com o azeite restante (eu coloquei um pouco de óleo e misturei com as mãos, minha fileira não ficou muito arrumada). Tempere com sal e pimenta. Asse os vegetais até que fiquem macios, mas sem dourar, cerca de 15 minutos. Retire do forno e deixe esfriar.

Abaixe a temperatura para 180C. Arrume as fatias de berinjela em 2 camadas no fundo da forma com a massa, cubra com 1/3 da mussarela e com um pouco do manjericão. Adicione o zucchini e a cebola refogada, cubra com mais 1/3 da mussarela e com o manjericão. Coloque os tomates, a mussarela restante e polvilhe o parmesão. Asse por 25 - 30 minutos, ou até que o queijo derreta e os vegetais murchem um pouco mais. Retire do forno, deixe esfriar por 5 min. Sirva morno.

Dance, dance, dance - Haruki Murakami

"My peak? Would I even have one? I hardly had had anything you could call a life. A few ripples. Some rises and falls. But that's it. Almost nothing. Nothing born of nothing. I'd loved and been loved, but I had nothing to show. It was a singularly plain, featureless landscape. I felt like I was in a video game. A surrogate Pacman, crunching blindly through a labyrinth of dotted lines. The only certainty was my death.
No promises you're gonna be happy, the Sheep Man had said. So you gotta dance. Dance so it all keep spinning."

Um hotel misterioso em Sapporo no qual vive um homem vestido com uma fantasia de carneiro, um ser primordial, mortes banais ou misteriosas, um ator, algumas prostitutas, uma garota de 13 anos e sua família, este é o universo de Dance, Dance, Dance, história narrada por um homem de 34 anos que trabalha como free lancer para jornais, revistas, etc.

Simpatizei com ele, quando ele diz que seu trabalho é "escavar neve cultural", algo sem sentido, sem paixão, achei que aquilo era uma boa descrição para o que tenho feito até agora. Eu não diria neve, mas capim, eu faço montes de capim pesquisando o século XVIII, capim histórico. Algo não menos inútil.



22.2.07

Salmão Teriyaki

Mais uma da querida Elvira! Ficou tão boa! O adorou. Como eu não tenho uma grelha ou panela apropriada, usei uma frigideira comum, dourei levemente de todos os lados e coloquei no forno para terminar de cozinhar o interior do filé de salmão, pincelando com a mistura de shoyu de vez em quando.

Salmão teriyaki

- 4 pedaços de filé de salmão com 125 g cada um
- 125ml de molho de soja
- 3 colheres (sopa) de saquê (ou xeres seco, vinho do porto branco seco...)
- 2 colheres (sopa) de açúcar
- 3 colheres (chá) de maisena
- água

Lavar os filés de salmão e secá-los com papel absorvente. Colocá-los num prato fundo.
Misturar o molho de soja com o saquê. Dissolver o açúcar na mistura. Adicionar a maisena previamente diluída num pouquinho de água e misturar.
Regar o peixe com a mistura, deixando os filés bem untados de marinada. Deixar repousar por 30 minutos.
Aquecer uma grelha. Grelhar os lombos de salmão por aproximadamente 10 minutos de cada lado, pincelando de tempos em tempos com a marinada.
Servir com arroz branco e salada (cenoura ralada, couve roxa...).

19.2.07

Arroz con Pollo (Arroz com frango)

Aqui vai uma receita para que vocês não achem que não falo mais sobre comida!

Receita da Elise, do Simply Recipes. Como gosto de pratos com um pé no México! Preciso ir para lá algum dia e me deleitar com a culinária local. Usei arroz integral e, apesar da receita pedir os pedaços com a pele, preferi sobrecoxas sem pele e sem osso. A receita pode variar bastante, se quiser adicione ervilhas, pimentão vermelho ou mesmo apimentar mais o prato. Acho que um pouquinho de colorau não seria má idéia...


Arroz con Pollo 

 
para o frango
3 c sopa de azeite
1 frango em pedaços (cerca de 1,4kg) ou coxas e peitos sem desossar e com a pele
1/2 x de farinha para empanar
Sal
pimenta do reino moída
páprica

Para o arroz
2 c sopa de azeite ou mais, caso necessário
1 cebola picada
1 dente de alho picado
2 x de arroz
3 x de caldo de frango (verifique qual é a quantidade de líquido necessária para o cozimento do arroz)
1 c sopa bem cheia de extrato de tomate ou 1 x de tomates frescos ou cozido escorridos (usei meia lata de tomate pelado)
1 pitada de orégano
1 c chá de sal

 
Aqueça 3 c sopa de azeite em uma frigideira ou panela grande em fogo médio. Coloque a farinha em um prato fundo junto com o sal, pimenta do reino e páprica, misture bem, empane levemente os pedaços de frango com essa mistura e coloque-os na frigideira. Frite de cada lado por alguns minutos, o suficiente para que eles fiquem corados. Use uma espátula para retirar os pedaços de frango, reserve.

Adicione o arroz à panela e mais um pouco de azeite, caso seja necessário. Mexa para envolver o arroz com a gordura, mexendo menos em seguida para que o arroz fique ligeiramente corado. Mexa apenas para corar por igual (cuidado para não queimar). Adicione a cebola e o alho. Refogue, mexendo sempre até que a cebola murche, cerca de 4 minutos.

Coloque os pedaços de frango sobre o arroz com a pele para cima. Em outro recipiente, misture o caldo de frango, o tomate, sal e o orégano. Derrame sobre o arroz com o frango. Deixe cozinhar em fogo baixo com a panela tampada por 20-25 min, dependendo do tipo de arroz e das instruções de sua embalagem, ou até que o arroz e o frango estejam cozidos. Misture o arroz com um garfo. Adicione mais sal e pimenta, caso deseje.


10.2.07

Trecho de um artigo do Woody Allen

Clique na foto para ampliar

Assinamos a revista Piauí e estamos contentes com ela. Há bastante coisa para ler e ela segue um estilo parecido com o da revista New Yorker, na verdade, ela costuma traduzir artigos que foram publicados nessa revista há algum tempo, caso deste aqui do Woody Allen que achei impagável, não sei se o artigo foi cortado, mas todos os trechos são hilários. O título é "Assim comia Zaratustra", se você conhecer um pouco de Nietzsche e de história da filosofia, vai achar ainda mais engraçado, selecionei alguns trechos:


"Nenhum filósofo chegou perto de solucionar o problema da culpa e do peso até que Descartes separou mente e corpo, de tal modo que o corpo podia se empanturrar à vontade, enquanto a mente pensava: "E daí? Não sou eu." A grande questão da filosofia perdura: se a vida não tem sentido, o que se pode fazer com a sopa de letrinhas? Foi Leibniz quem primeiro disse que a gordura consistia em mônadas. Leibniz fazia dieta e exercícios, mas nunca chegou realmente a se livrar de suas mônadas - ou, pelo menos, não daquelas que aderiram às suas coxas. Spinoza, por outro lado, jantava frugalmente porque acreditava que Deus existia em tudo, e é intimidador abocanhar um pãozinho judaico se a gente acha que está lambuzando de mostarda a Causa Primeira de todas as coisas."

A dieta de Nietzsche:

Café da manhã
suco de laranja
2 fatias de toucinho
profiteroles
mariscos assados
torrada, chá de ervas

O suco de laranja é o próprio ser da laranja manifesto e com isso quero dizer que é a sua natureza genuína, aquilo que lhe confere a sua "laranjidade" e impede que tenha o paladar de, digamos, salmão escaldado ou cereais moídos. Para os devotos, a idéia de qualquer outra coisa que não cereal no café da manhã gera sobressalto e pavor, mas com a morte de Deus tudo é permitido, e profiteroles e mariscos podem ser comidos à vontade, e até asinhas de galinha fritas com molho picante e queijo.

Almoço
1 tigela de espaguete com tomate e manjericão
pão branco
purê de batatas
torta de chocolate com recheio de geléia de damasco e cobertura de chocolate

Os poderosos sempre almoçam comidas gordurosas, bem condimentadas, com molhos pesados, enquanto os fracos ficam beliscando germe de trigo e tofu, convictos de que seu sofrimento lhes renderá uma recompensa na vida após a morte, onde costeletas de cordeiro na grelha fazem o maior sucesso. Mas se a vida após a morte é, como eu sustento, uma eterna recorrência desta vida, então os mansos terão de jantar eternamente pratos de baixas calorias e frango grelhado sem pele.

Jantar
Bife ou salsichas
batatas douradas
lagosta à termidor
sorvete de creme batido ou bolo em camadas

Está é uma refeição para o Super-Homem. Deixe que os encucados com a angústia dos altos triglicerídios e da gordura trans comam para agradar ao seu pastor ou nutricionista, mas o Super-Homem sabe que a carne marmorizada e queijos cremosos com sobremesas gordurosas, e, ah, sim, muita, muita fritura, é aquilo que Dionísio comeria - se não fosse o seu problema de refluxo.

Bolo de chocolate e zucchini

Levei este bolo para o encontro na casa da Miki na segunda-feira passada, como iria sair do interior e almoçar em São Paulo, não podia preparar nada que tivesse calda, creme, etc, pois poderia estragar dentro do carro. Escolhi essa receita por curiosidade, já tinha visto inúmeras receitas de bolo de chocolate e zucchini e todas eram muito elogiadas. Encontrei este bolo no blog da Elise, o Simply Recipes. Gostei muito! O bolo é extremamente fofo, não é doce e o zucchini praticamente desaparece, sobram apenas o chocolate e as nozes. Eu não coloquei a calda por cima, deve ficar ainda melhor!

A receita rendeu 6 muffins e um bolo em forma de bolo inglês, use uma forma redonda grande, pois o bolo cresce bastante.

Bolo de chocolate e zucchini

2 1/2 x de farinha
1/2 x de cacau em pó (não use achocolatado)
2 1/2 c chá de fermento em pó
1 1/2 c chá de bicarbonato de sódio
1 c chá de sal
1 c chá de canela em pó
3/4 x de manteiga à temperatura ambiente
2 x de açúcar
3 ovos
2 c chá de essência de baunilha
2 c chá de raspas de casca de laranja
2 x de zucchini ralado no ralador grosso
1/2 x de leite
1 x de nozes picadas grosseiramente

Preaqueça o forno à 180C.
Misture a farinha, o cacau, fermento, bicarbonato, sal e canela, reserve.
Na batedeira, bata a manteiga e o açúcar até que fiquem bem misturados. Adicione os ovos um a um, batendo bem após cada adição. Com uma colher, adicione a baunilha, raspas de laranja e o zucchini.
Adicione os ingredientes secos e o leite, misture bem, e coloque as nozes por último.
Coloque a massa em uma forma redonda untada e enfarinhada. Asse por 50 min (verifique se está assado aos 45 min) ou até que um palito inserido no centro do bolo saía limpo. Deixe esfriar por 15 min na forma, desenforme e deixe esfriar completamente.
Cubra com a seguinte calda: Misture 2 x de açúcar de confeiteiro, 3 c sopa de leite e 1 c chá de essência de baunilha. Bata até que fique homogêneo.