29.11.11

Creme de abacate com tâmaras e mel


Vi uma sobremesa feita com abacate no blog da Luna e me lembrei de uma receita que costumava fazer há algum tempo. Na versão original, não havia mel, ela era adoçada apenas com tâmaras, muitas. Mas depois que queimei um liquidificador, não a preparei mais. As tâmaras vendidas por aqui não são muito suculentas, são mais secas e duras, o que exige um liquidificador mais poderoso, e o meu não era. Tentei no processador, mas também não deu muito certo. Mas quem mandou botar um monte de tâmaras inteiras no copo e esperar que o aparelho triturasse tudo, não mesmo? (Talvez picá-las e deixá-las de molho em água quente por algum tempo resolva esse problema, mas gosto mais da minha versão atual).

Adaptei a receita ao meu gosto e desisti de usar um montão de tâmaras, uso apenas umas 5 ou 6 tâmaras sem caroços já picadinhas que coloco no liquidificador (ou processador de alimentos) com a polpa de 1/2 abacate médio (ou um avocado, aqueles pequenos), cerca de 1 c sopa de suco de limão e mel a gosto. Bato apenas até que o abacate fique cremoso sem me preocupar mais em triturar tão bem as tâmaras. Fica bom, os pedacinhos de tâmara quebram a homogeneidade do creme. 





28.11.11

Tortilla de patatas (ou omelete de batatas)


Sem segredos aqui. É exatamente isso, uma omelete feita com batatas e cebolas, prato típico da Espanha. As batatas deveriam ser cortadas em fatias não muito grossas e fritas em uma quantidade considerável de óleo junto com as cebolas, escorridas e misturadas aos ovos batidos, mas como sempre procuro evitar fazer frituras para não ter que limpar a cozinha inteira, lavar os óculos e os cabelos, resolvi fazer a tortilla à minha maneira.

Descasquei duas batatas médias, fatiei, temperei com sal e pimenta, coloquei em uma assadeira, juntei um pouco de azeite e misturei com as mãos para que o azeite envolvesse todas as fatias. Levei ao forno e esperei que as batatas ficassem macias, retirei e reservei.

Refoguei uma cebola pequena com um pouco de óleo em uma frigideira e juntei as batatas assadas, corrigi o tempero e depois juntei a três ovos batidos (adicione mais sal, caso ache necessário), coloquei a mistura em uma frigideira antiaderente com um pouco de óleo e deixei fritar. Quando a parte inferior ficou dourada (verifique com uma espátula), "deslizei" a tortilla com cuidado para um prato, coloquei outro prato sobre a tortilla e virei para que a parte crua ficasse na parte debaixo do outro prato, "deslizei" a tortilla de volta para a frigideira e fritei o outro lado.

É bem simples. Minha tortilla não ficou gordinha como deveria, para isso, precisaria ter usado uma frigideira menor ou dobrado a receita (geralmente 5-6 ovos é a quantidade tradicional). Se quiser, adicione bacon, presunto ou outros ingredientes de sua preferência.

Corte a tortilla em pedaços e sirva. (Achei ainda melhor depois de fria).



26.11.11

Salada de beringela com tahine


Esses dias há sempre beringelas à venda no site de orgânicos e acabo comprando. Por isso, ultimamente tenho publicado várias receitas feitas com elas.

Esta é minha versão de baba ganoush. Coloco umas duas beringelas médias lavadas sobre uma assadeira, levo para assar e vou virando de vez em quando até que elas fiquem cozidas e macias. Retiro a pele e amasso um pouco a polpa, adiciono uma colher de sopa de tahine, azeite, um dente de alho picado, suco de limão e sal. Estava sem salsinha, mas ela pode ser usada para finalizar. Simples, ótima com pão pita.

.

25.11.11

Mingau de arroz integral com passas


Arroz-doce sempre foi algo de que nunca gostei muito, era uma das poucas coisas que deixava passar na merenda escolar, e olha que eu raramente deixava algo passar, comia até mesmo aquelas sopas nas quais encontrava algum caruncho uma vez ou outra. Desde muito nova, sempre considerei carunchos fatos da vida. Eles eram afastados com a colher e ignorados.

Quanto ao arroz-doce, acho que o associo aos pratos salgados e nunca consegui aceitar a ideia de consumi-lo como uma sobremesa. Mas descobri que se os grãos não estiverem inteiros, minha aversão praticamente desaparece. Gosto de bolos com farinha de arroz e agora descobri que posso preparar minha própria versão de arroz-doce, ou mingau de arroz. E ela é bem simples. Adoro creminhos e mingaus são comfort food para mim. 

Adocei com duas colheres de sopa de açúcar demerara, ficou pouco doce e completei com um fio de mel na hora de comer. Se quiser, adoce menos ou nem adoce e use só mel.



Mingau de arroz integral com passas

1 x de arroz integral cozido (só em água, sem temperos)
2 x de leite
canela em pó a gosto
1-2 c sopa de açúcar demerara (ou adoce na hora de comer apenas com mel)
raspas de casca de limão a gosto (usei só a pontinha de uma colher)
1 punhado de passas 
mel a gosto

Bata o arroz com o leite, a canela e o açúcar no liquidificador até que não haja mais grãos visíveis. Coloque a mistura em uma panela, adicione as raspas de casca de limão e as passas. Cozinhe em fogo baixo mexendo sempre até que comece a ferver. Deixe cozinhar mais 2-3 minutos. Desligue e sirva com mel. A mistura fica com uma consistência mais firme à medida que esfria.


24.11.11

Salada tunisiana de tomates, pimentão e atum



Esta salada é muito gostosa e serve como uma refeição leve junto com alguns pedaços de pão pita. Mais do que uma receita, é uma ideia. Você pode adicionar as quantidade de cada ingrediente de acordo com suas preferências e também variar o tempero. Não usei o suco de limão, apenas azeite e sal. Também adicionei alguns dentes de alho assados picados.

Como não gosto de retirar as cascas dos legumes sobre a chama do fogão, coloquei os pimentões sobre uma assadeira e fui virando até que todos os lados estivessem macios. As peles dos tomates também não precisam necessariamente ser retiradas sobre a chama do fogão.






Salada de tomates, pimentão e atum

2 pimentões vermelhos ou verdes (usei só vermelhos)
2 tomates médios
3 ovos cozidos descascados e fatiados
200g de atum conservado em água escorrido
2 c sopa de alcaparras escorridas
3 c sopa de azeite
3 c sopa de suco de limão (não usei)


Coloque o pimentões sobre a chama do fogão ou no broiler e deixe a pele chamuscar de todos os lados. Coloque em um saco de papel, feche e deixe descansar por 10 minutos. Descasque os pimentões e retire as sementes, corte em fatias.

Preaqueça o broiler. Coloque os tomates em uma assadeira. Deixe os tomates sob o broiler até que as peles comecem a rachar e ficar com pontos escuros. Vire de vez em quando, asse por cerca de 4 minutos.  Deixe esfriar, corte em pedaços.

Coloque pimentões, tomates e ovos sobre um prato. Distribua o atum e as alcaparras. Misture o suco de limão e o azeite, tempere com sal e pimenta. Derrame o molho sobre a salada e sirva.



23.11.11

Respiração artificial - Ricardo Piglia



Este foi um livro que chegou a mim por meio deste blog, ou melhor, foi uma leitora deste blog com quem passei a trocar e-mails que me enviou uma cópia da obra. Ela mora na Bolívia, gosta muito de ler e está me introduzindo aos autores em língua espanhola e à literatura russa. Nunca tinha lido nada de Ricardo Piglia, confesso que sou muito ignorante em relação aos escritores dos países vizinhos. Uma vergonha, mas, para minha defesa, (ou não), também conheço pouquíssimos escritores brasileiros contemporâneos.

Este é o primeiro romance de Piglia, ele se passa nos anos setenta e se divide em duas partes, a primeira é constituída por cartas trocadas entre um homem na casa dos trinta anos chamado Emilio Renzi (o segundo nome e o segundo sobrenome do próprio autor) e seu tio, Marcelo Maggi, professor de história em uma pequena cidade na fronteira da Argentina com o Uruguai. Nas cartas, o tio procura esclarecer alguns episódios de sua vida e conta que está escrevendo um livro sobre o patriarca da família da ex-esposa. As cartas ao sobrinho remetem às cartas desse personagem que tomou parte da vida política da Argentina e a um passado ainda mais longínquo nos idos do século XIX.

Na segunda parte do livro, Emilio vai ao encontro desse tio que nunca viu antes. Ao chegar na cidade, onde deve passar apenas uma noite, ele é recebido por um amigo de Marcelo. Enquanto esperam o retorno deste último, que partiu em uma viagem misteriosa, ambos conversam sobre os mais variados assuntos: história, arte, literatura, filosofia, vida.

É um romance "intelectual", os personagens estão sempre expondo ideias, os diálogos são quase curtos ensaios. Kant, James Joyce, Franz Kafka, entre outros escritores e filósofos são mencionados nas conversas. O livro é interessante e revela um autor muito culto e de reflexões profundas. Espero ler mais obras de Ricardo Piglia, foi uma feliz descoberta. Cheguei a muitos autores e livros por meio de pessoas que conheci pelo caminho, essas amizades virtuais, de papel ou de carne, sempre me enriqueceram, sou grata por isso.


Eis um trecho de uma das cartas:

"... no fundo, nada de extraordinário pode nos acontecer, nada que valha a pena contar. Quero dizer, na realidade, é certo que nada ocorre. Todos os acontecimentos que uma pessoa pode contar sobre si mesma não passam de obsessões. Porque, no máximo, o que alguém pode chegar a ter na vida senão duas ou três experiências? Duas ou três experiências, não mais (às vezes, inclusive, nem isso). Não há mais experiência (ela existia no século XIX?), só há ilusões. Todos inventamos histórias diversas (que no fundo são sempre a mesma), para imaginar que algo ocorreu em nossas vidas. Uma história ou uma série de histórias inventadas que no final é a única que realmente vivemos. Histórias que contamos a nós mesmos para imaginar que temos experiências ou que algo ocorreu em nossas vidas, algo que tenha sentido."

.

22.11.11

Salmão assado com laranja e mostarda


Fiz uma receita de lombo há algum tempo temperado com mostarda tipo dijon, alho, alecrim, sal, pimenta e um pouco de suco de laranja na hora de assar e a Georgia do Saia Justa comentou que ela costumava preparar salmão da mesma forma, resolvi experimentar e não é que fica muito bom?

O salmão assa bem mais rápido do que o lombo, não cheguei a cobrir o refratário com papel alumínio e assei até que a quantidade de caldo diminuísse. Você também pode usar o mesmo princípio do molho do lombo, levar a assadeira ao fogo depois de retirar o salmão assado, adicionar vinho branco à assadeira, deixar reduzir e engrossar com um pouco de manteiga e farinha, dá um molho muito gostoso.

Costumo assar postas menores, ideais para duas pessoas, mas uma posta grande pode ser usada.


 .

17.11.11

Bolo rápido de maçã



Outro bolo simples. A massa fica pronta rapidinho e não leva gordura, o que a torna um pouco "diferente", mais elástica e seca do que aquelas que levam manteiga ou óleo, mas o resultado é interessante (e, depois de algum tempo, viciante).

Daqui.





Bolo rápido de maçã

3 ovos
200g (1x) de açúcar
120g (1x) de farinha
1 c chá de fermento em pó
2 maçãs descascadas em fatias

Bata os ovos por um minuto até que a mistura fique esbranquiçada e leve. Adicione o açúcar e bata mais um minuto. Junte a farinha e o fermento. Bata mais um minuto. Coloque metade da massa em uma forma untada e enfarinhada não muito grande (cerca de 22 cm de diâmetro), distribua as fatias de maçã e cubra com o restante da massa. Asse à 180°C por cerca de 40 min.

Se quiser, finalize polvilhando com açúcar de confeiteiro ou açúcar com canela. A massa também pode ser perfumada com baunilha.

.

15.11.11

Moussaka


Eu chamo de lasanha de beringela e usei uma receita com esse nome já publicada aqui como base. Fiz algumas alterações inspirada na receita do restaurante Acrópoles de SP (nunca provei) que leva batatas e algumas especiarias no tempero.

Substituí o molho branco por uma mistura bem prática, pois basta bater tudo no liquidificador sem precisar ficar na frente do fogão. Ela é bastante líquida, mas fica firme enquanto assa e se combina com os demais ingredientes.




Moussaka

3 beringelas grandes
2-3 batatas grandes em fatias finas
3 colheres (sopa) de azeite 


Cobertura de carne moída

500 g de carne moída
1 cebola picada
2 dentes de alho amassados
1 lata de tomates pelados

1 pitada de açúcar
1/2 c chá de canela em pó
1/4 c chá de cravo em pó (ou 2-3 cravos da índia)
sal e pimenta a gosto

Cobertura de queijo

2 ovos inteiros
250 g de queijo mussarela (ou meia cura) cortado em pedaços
1 colher (sopa) rasa de farinha de trigo ou amido de milho
1 3/4 xícaras (chá) de leite
sal, se necessário 

parmesão ralado a gosto

Corte a beringela com casca em fatias (cerca de 1 cm) no sentido do comprimento e deixe de molho em água com sal. Escorra e coloque em uma assadeira grande junto com as fatias de batata. Adicione o azeite e misture com as mãos para que ele envolva os legumes. Leve ao forno até que eles fiquem macios, mas ainda continuem firmes. (Eles terminarão de cozinhar no final). Reserve.

Refogue a carne moída até perder a cor. Adicione a cebola, o alho, os tomates pelados, tempere com o cravo, a canela, o sal e a pimenta. Deixe cozinhar por cerca de 15 minutos.

Bata os ovos, a mussarela, o amido ( ou a farinha de trigo) e o leite no liquidificador. Tempere com sal.

Faça camadas com a beringela, a batata, a carne moída e a mistura do liquidificador, repetindo as camadas até que os ingredientes acabem. (Costumo finalizar com a mistura de queijo). Salpique parmesão ralado e leve ao forno médio por cerca de 30 minutos.


.

14.11.11

Nocturno de Chile - Roberto Bolaño

Roberto Bolaño não é um autor "fácil", você precisa querer ser conquistado por sua escrita (ao menos comigo é assim). Detetives Selvagens foi o primeiro livro dele que li e, depois de passar pelas cinquenta primeiras páginas, fui conquistada. No fim, foi um dos melhores romances deste ano.

Nocturno de Chile é outro tipo de besta, é uma história curta, quase conto, narrado por Irrutia Lacroix, um padre em seu leito de morte. De forma quase delirante, surreal, ele relembra alguns momentos de sua vida que se cruzam com a história do Chile: seu encontro com um crítico literário que admira e também com Neruda; seus próprios passos no mundo literário chileno, como crítico e poeta; sua ida à Europa; o golpe militar que derruba Allende e as aulas de marxismo que dá para Pinochet e a junta militar; as noites passadas em uma casa com outros membros da elite artística em cujo sotão são torturados opositores do regime.

Não há julgamentos, mas as imagens da América Latina que Bolaño nos apresenta são lúcidas e eloquentes.

.

13.11.11

Leques de beringela


Receita inspirada em uma recomendação da Georgia. Uma forma gostosa e diferente de preparar beringela. Dá um ótimo acompanhamento e está aberta a várias combinações de ingredientes.



Leques de beringela


Fatie beringelas pequenas no sentido do comprimento em várias camadas começando pelo lado mais gordinho sem terminar de separar as fatias. Coloque fatias de tomate e queijo (usei um queijo de búfala mais firme) entre cada fatia de beringela, fixando tudo com palitos de dentes ou espetos e coloque em um refratário. Espalhe cebola e tomate fatiados a gosto ao redor das beringelas, junte algumas azeitonas verdes picadas (ou alcaparras), regue com azeite, tempere com sal, pimenta e orégano (ou outras ervas) e junte cerca de 100ml de água (ou 100ml de água + um cubo de caldo de carne ou legumes). Cubra com papel alumínio e asse por cerca de 1 hora.


.

10.11.11

Batata-doce assada com curry


Simples. Basta enfiar uma batata-doce esquecida em algum lugar e já com brotos em um pedaço de terra. Esquecê-la novamente e, quando voltar a encontrá-la, testemunhará a multiplicação das batatas-doces. 

Brincadeiras à parte, foi assim que obtive as batatas desta receita. Mas você não precisa fazer isso, basta comprá-las, descascá-las, fatiá-las, temperá-las com curry em pó e sal a gosto, envolvê-las com um pouco de azeite e assá-las até que comecem a dourar. ;)

(Se quiser, adicione outros temperos como cominho, páprica ou pimenta de caiena. Acho que coloquei pouco curry ou ele estava velho, pois o sabor ficou bem fraco).


.



9.11.11

Carne louca desfiada



Outra receita de um piquenique.

Tenho uma receita de carne louca de que gosto muito, nela, os ingredientes não são cozidos e a carne é fatiada, parece mais uma salada. Mas ter uma receita preferida não impede que eu teste (e aprove) outras. Esta também é bem boa.



Carne louca desfiada

Para cozinhar a carne
4-5 c sopa de azeite
1 cebola picada 
Alguns dentes de alho picados
1,5 kg de lagarto, ou patinho, ou coxão duro
2 cenouras cortadas em rodelas
1 copo de vinagre
1/2 litro de caldo de carne, ou água quente e 1 cubinho de caldo (ou apenas água, não costumo usar caldos industrializados) 
louro, algumas folhas
Cheiro-verde, sal e pimenta-do-reino a gosto


Para o molho
azeite q.b.
cebola fatiada (opcional)
pimentões verdes e vermelhos fatiados
1 copo de vinho branco
azeitonas picadas (podem ser verdes ou pretas)
salsinha picada a gosto

Coloque o azeite, a cebola e o alho na panela de pressão. Refogue a carne, coloque a cenoura. Junte o vinagre e o caldo, o louro, o cheiro verde, sal e pimenta. Tampe e deixar cozinhar no fogo baixo durante uma hora. Abra, verifique se a carne está molinha - se não estiver, coloque um pouco mais de água quente ou caldo (caso necessário) e deixe cozinhar. Verifique o sal e temperos. Quando a carne estiver bem macia, quase desmanchando, tire da panela e desfie. Deixe o caldo da carne na panela mesmo. Em uma frigideira, coloque o tanto de azeite suficiente pra refogar a cebola, os pimentões e deixe dourar. Coloque o vinho branco, as azeitonas e a salsinha. Coloque a carne desfiada de volta na panela de pressão (onde o caldo foi deixado), mexa um pouco, coloque o refogado da frigideira por cima, mexa bem. Deixe cozinhar um pouco para tomar gosto. Verifique o tempero e veja se é preciso acrescentar mais alguma coisa. Depois coloque em um recipiente e deixe macerar algum tempo antes de servir (fica melhor quando se faz no dia anterior).